Boletim Focus do Banco Central do Brasil - 28/03/14
2014 | Unidade de Medida | Projeção Anterior | Projeção Atual | Diferença | Tendência Acumulada |
IPCA | % | 6,28 | 6,30 | 0,02 | Alta (4) |
IGP-DI | % | 7,03 | 7,03 | 0,00 | Estável (1) |
IGP-M | % | 6,81 | 7,18 | 0,37 | Alta (6) |
IPC-Fipe | % | 5,89 | 5,95 | 0,06 | Alta (1) |
Taxa de Câmbio | R$ / US$ | 2,49 | 2,46 | (0,03) | Baixa (1) |
Taxa Selic | % | 11,25 | 11,25 | 0,00 | Estável (1) |
Dívida Líquida | % | 34,75 | 34,70 | (0,05) | Baixa (1) |
PIB | % | 1,70 | 1,69 | (0,01) | Baixa (1) |
Produção Industrial | % | 1,41 | 1,38 | (0,03) | Baixa (6) |
Conta Corrente | US$ Bilhões | (75,00) | (75,00) | 0,00 | Estável (1) |
Balança Comercial | US$ Bilhões | 4,71 | 4,25 | (0,46) | Baixa (5) |
Investimento Estrangeiro | US$ Bilhões | 55,40 | 59,00 | 3,60 | Alta (1) |
2015 | Unidade de Medida | Projeção Anterior | Projeção Atual | Diferença | Tendência Acumulada |
IPCA | % | 5,80 | 5,80 | 0,00 | Estável (1) |
IGP-DI | % | 5,50 | 5,50 | 0,00 | Estável (18) |
IGP-M | % | 5,50 | 5,50 | 0,00 | Estável (11) |
IPC-Fipe | % | 5,00 | 5,00 | 0,00 | Estável (4) |
Taxa de Câmbio | R$ / US$ | 2,55 | 2,55 | 0,00 | Estável (1) |
Taxa Selic | % | 12,00 | 12,00 | 0,00 | Estável (7) |
Dívida Líquida | % | 35,00 | 35,00 | 0,00 | Estável (15) |
PIB | % | 2,00 | 2,00 | 0,00 | Estável (5) |
Produção Industrial | % | 3,00 | 3,00 | 0,00 | Estável (2) |
Conta Corrente | US$ Bilhões | (73,50) | (75,30) | (1,80) | Baixa (3) |
Balança Comercial | US$ Bilhões | 10,00 | 10,00 | 0,00 | Estável (4) |
Investimento Estrangeiro | US$ Bilhões | 55,00 | 55,00 | 0,00 | Estável (4) |
Inflação
De acordo com o Boletim Focus, o mercado financeiro continua não acreditando que o governo será capaz de domar a inflação. Pela quarta vez consecutiva, os principais analistas financeiros do país pioraram suas avaliações sobre o crescimento dos preços ao consumidor brasileiro.
O mercado agora estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, alcançará 6,30% de crescimento em 2014, ficando muito próximo do teto da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central do Brasil (BC) para o ano. Em 2010, a variação dos preços ao consumidor atingiu 5,91% de alta, passando para 6,50% em 2011, para 5,84% em 2012 e para 5,91% em 2013.
Para 2015, os especialistas consultados pelo BC para elaboração do relatório de mercado, continuaram apostando em uma inflação anual de 5,80% — a mesma projeção realizada no relatório anterior.
Sobre os demais índices inflacionários avaliados pelo Boletim Focus, a piora das projeções dos analistas também foi bastante acentuada.
Segundo o relatório, o IGP-M crescerá neste ano 7,18%, ante 6,81% estimado anterioriormente. Sobre o IPC-Fipe, a diferença entre uma semana e outra foi um pouco menor (0,06%): de 5,89% aferido no relatório do dia 21 de Março para 5,95% apurado na última semana.
A única exceção ficou por conta da inflação medida pelo IGP-DI, cujo relatório atual prevê um crescimento nos preços dos produtos e serviços aferidos pelo indicador de 7,03%, a mesma projeção do último relatório.
Taxa de Juros
O relatório de mercado do Banco Central divulgado nesta segunda-feira mostra que a expectativa sobre a variação da taxa básica de juros brasileira em 2014 manteve-se estável em 11,25% ao ano. Para o final de 2015, os analistas mantiveram estável, pela sétima semana consecutiva, a projeção de crescimento dos juros para 12,00% ao ano.
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o Bacen tem que calibrar a taxa sellic (taxa básica de juros) para atingir as metas de inflação estabelecidas previamente, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a inflação tem de ficar em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Taxa de Câmbio
Na edição atual do Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a cotação do dólar no fim de 2014 caiu de R$ 2,49 para R$ 2,46 — projeção bastante condizente com a queda recente da cotação da moeda norte-americana nos últimos dois meses. Para o fechamento de 2015, a estimativa dos economistas para a taxa de câmbio entre dólar americano e real brasileiro permaneceu estável em R$ 2,55.
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, a previsão dos economistas voltou a piorar depois de uma semana estável: de 1,70% estimado na última semana para 1,69% no relatório atual. O crescimento previsto para 2014 segue abaixo do estimado no orçamento federal – de 2,5%.
Para 2015, a perspectiva de expansão da economia brasileira, feita pelos analistas do mercado financeiro, ficou inalterada em 2,00% de alta.
Produção Industrial
Outro indicador seriamente depreciado pelos economistas consultados pelo Banco Central foi a Produção Industrial. A estimativa dos analistas foi alterada de 1,41% para 1,38% na semana passada. Foi a sexta vez consecutiva que o mercado financeiro reduziu a perspectiva de crescimento da indústria para 2014.
Para o final de 2015, os economistas mantiveram estável a projeção de crescimento da indústria em 3,00%.
Balança Comercial
A projeção para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2014 caiu de US$ 4,71 bilhões para US$ 4,25 bilhões. Foi a quinta projeção depreciada seguida deste indicador. Para 2015, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 10 bilhões.
Investimento Estrangeiro
Para 2014, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 55,40 bilhões para US$ 59,00 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros ficou inalterada em US$ 55 bilhões.