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A história dos gráficos de candlestick

Os gráficos de candlesticks foram criados na cidade de Sakata no Japão, em meados do século XVII, como uma ferramenta de análise de preços dos contratos futuros de arroz.

Atribui-se a Munehisa Homma a maior parcela da fama pelo desenvolvimento desta técnica de análise e negociação de mercadorias. Dizem que ele foi capaz de executar, consecutivamente, cem operações vencedoras utilizando essa técnica. Em pouco tempo, os gráficos de Sakata (Sakata Charts) tornaram-se popular entre os traders das bolsas de arroz de Osaka. Esta forma de representação gráfica do movimento dos preços dos ativos foi trazida ao ocidente por Steven Nison, operador do mercado de ações de Nova Iorque, no início da década de 1980. Atualmente, grande parte dos traders que atuam nas diversas bolsas de valores e de mercadorias do mundo inteiro utilizam, preferencialmente, a forma de representação gráfica de candlesticks em suas análises técnicas e para execução de seus trades.

 

O Cenário

Toda riqueza do Japão no século XVII girava em torno da negociação de arroz.

Fazendeiros de todo o país enviavam sacas da mercadoria para serem armazenadas nas bolsas de arroz de Osaka e, recebiam em troca, um cupão representativo de seu valor, que poderia ser negociado a qualquer tempo. Uma vez negociado, o cupão dava o direito ao seu comprador de ir até o armazém e retirar a mercadoria ou, de renegociá-lo na bolsa de arroz.

Apenas na bolsa de arroz de Dojima (Dojima Rice Exchange) operavam, diariamente, cerca de 1.300 negociadores (traders) de arroz.

 

O Criador

Atribui-se a Munehisa Homma a maior parcela do desenvolvimento da técnica de negociação de contratos de arroz que, anos mais tarde, tornar-se-ia a representação gráfica e a técnica de negociação mais utilizada entre os traders de bolsas de valores do mundo inteiro: os candlesticks.

Munehisa Homma não via a necessidade de estar presente em Osaka para negociar contratos de arroz. Ele preferia permanecer em Sakata – cidade onde residia – e enviar as suas ordens de compra e venda através de mensageiros.

Para estabelecer o valor de suas ordens de compra e venda de sacas de arroz, o trader Munehisa Homma baseava-se apenas em quatro informações sobre o movimento do dia anterior nas bolsas de Osaka: os valores do primeiro e do último negócio do dia e os preços máximo e mínimo pagos pelos cupões de arroz.

 

A Criação

Munido de quatro informações (preço de abertura, preço de fechamento, preço máximo e preço mínimo) sobre o movimento dos preços dos contratos de arroz no dia anterior, Munehisa Homma desenhava diariamente um retângulo vertical – figura muito semelhante ao formato de uma vela – que, em conjunto com as figuras desenhadas nos dias anteriores, formavam um gráfico representativo do movimento histórico dos preços negociados nas bolsas de arroz de Osaka.

Com o tempo, Munehisa Homma passou a perceber que, dependendo do formato da “vela” que ele desenhava, os preços dos cupões movimentavam-se de determinada maneira. Em outras situações, a combinação de dois ou mais tipos de “vela”, determinavam a direção que o gráfico e, consequentemente, o preço dos contratos de arroz iriam seguir.

 

O Sucesso

Reza a lenda que o trader Munehisa Homma obteve sucesso em cem trades consecutivos realizados nas bolsas de arroz de Osaka. Tal sucesso ocorreu sem que precisasse, nem mesmo, estar presente nas arenas de negociação do velho Japão.

Em pouco tempo, os Gráficos de Sakata (Sakata Charts) – como eram conhecidos originalmente – ganhariam fama e passariam a ser utilizados e, aprimorados, por outros traders que atuavam em Osaka a partir de meados do século XVII.

 

A Fama

A partir da década de 1980, os gráficos que utilizavam desenhos de velas (candles) para representar o movimento da variação dos preços de determinado ativo ganharam fama internacional.

Os agora conhecidos Gráficos de Candlesticks foram trazidos ao ocidente pelo americano Steve Nison, um famoso trader de ações de Wall Street, que obteve grande sucesso ao aplicar a bem sucedida técnica japonesa de trade no competitivo mercado de ações da bolsa de valores de Nova Iorque (NYSE, na sigla em inglês).

Os padrões de candles ficaram famosos no mundo inteiro e passaram a ser utilizados como um alarme antecipado de futuros movimentos de preços, além de servirem como sinalizadores de suportes e resistências ou de níveis de sobrecompra e sobrevenda de qualquer ativo.