MISTER_ SHARK
- Dono
- 16930
- 08/07/2010
Amazon se prepara para lançar e-books no Brasil Varejista americana contratou Mauro Widman, um engenheiro que vai desenvolver a plataforma de livros digitais numa versão em português |
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O engenheiro trabalhou no último ano e meio desenvolvendo a plataforma de e-books da Livraria Cultura, uma das maiores redes de livrarias do país, e começou a trabalhar para o varejista americano desde a segunda-feira, 09/01. Widman vai passar o resto do mês de janeiro imerso em uma série de treinamentos na sede da Amazon (Seatle, Estados Unidos). Em fevereiro, a empresa deverá fazer uma apresentação oficial da versão nacional do aplicativo de livros digitais, para iniciar as negociações com as editoras brasileiras. E é aí que o engenheiro Mauro Widman entra em cena. Ao longo de 2011, a Amazon se reuniu com várias editoras brasileiras, mas não conseguiu assinar qualquer acordo. De acordo com fontes ligadas à companhia, o site americano teria feito uma proposta para oferecer livros online com descontos de até 70% - um número que foi considerado alto pelos editores locais. A média oferecia pelos investidores é de, no máximo, 35% para os e-books. Em entrevista para o PublishNews, Widman disse acreditar que, em 2012, as negociações serão bem mais abertas e "devem oferecer condições favoráveis para os editores, em comparação ao que está sendo feito em outras partes do mercado". Além disso, a Amazon movimenta uma equipe de engenheiros locais, que já trabalham para adaptar seu software totalmente para o idioma português. Contudo, ainda não se sabe se a Amazon planeja lançar o Kindle e a livraria virtual brasileira simultaneamente, como aconteceu em países como Espanha e Itália, no ano passado. A empresa estuda se deve iniciar um processo de importação ou fabricar os tablets no Brasil - a segunda opção parece interessante devido à redução de 30% dos impostos sobre itens produzidos no país. A expectativa é de que, caso o Kindle seja comercializado em território nacional, o aparelho se tornará o leitor eletrônico mais barato disponível no mercado, além de impulsionar um aumento significativo na leitura digital. Vale lembrar que muitas redes varejistas já vendem e-books no Brasil, incluindo Saraiva, Cultura, Sabido Gato, Positivo, Leitura e Companhia das Letras. Atualmente, esse tipo de ferramenta representa menos de 0,5% das vendas de livros no país, embora as editoras continuem a investir pesado nesse segmento. |