Mercado de Câmbio Brasileiro em 26 de Março de 2014

O dólar comercial fechou em leve alta de 0,1% nesta quarta-feira, cotado a R$ 2,3084 na venda e a R$ 2,3064 na compra, interrompendo a série de quatro quedas consecutivas. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo arrefecimento das ações do Banco Central (BC) sobre o mercado de câmbio.

Nos últimos quatro pregões, o dólar acumulou desvalorização de 1,82%, movimento estimulado pelo quadro de maior otimismo nos mercados internacionais e ingresso de recursos no Brasil.

Abertura do Mercado de Câmbio

O dólar abriu em baixa de -0,09% nesta quarta-feira, um dia depois de fechar na menos cotação dos últimos quatro meses. Na expectativa de mais uma rodada de oferta de contratos de swaps cambiais pelo Banco Central (BC), a moeda norte-americana abriu a sessão cotada a R$ 2,3075 para venda e R$ 2,3060 para compra. 

Banco Central (BC)

O BC manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em dezembro. Agora, em vez de 10 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares), são ofertados 4.000 contratos diariamente.

Nesta quarta, o BC vendeu, excepcionalmente, apenas 2.400 contratos de swap com vencimento em 1º de dezembro deste ano. O BC também ofertou contratos para 1º de outubro, mas não vendeu nenhum. 

Logo em seguida, no entanto, o BC anunciou outro leilão de swap cambial para ofertar os 1.600 contratos restantes.

Na operação extraordinária, vendeu a oferta integral, todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano. Nesse segundo leilão, o BC também ofertou swaps para 1º de outubro, mas não vendeu nenhum.

O Banco Central também realizou, nesta quarta-feira, mais uma etapa da rolagem dos contratos de swap cambial tradicional que vencem em 1º abril.

Foram vendidos 10 mil contratos com vencimento em 2 de março de 2015. O BC também ofertou swaps para 2 de janeiro, mas não vendeu nenhum. A operação movimentou US$ 493 milhões.

No total, o BC já rolou o equivalente a US$ 6,402 bilhões, ou pouco menos de 65% do lote total que vence no próximo mês, correspondente a US$ 10,148 bilhões. 

A poucos dias do vencimento dos swaps, já circulam no mercado avaliações de que o BC poderia deixar de rolar parte deles. Ainda faltam cerca de 75 mil contratos para serem rolados e o BC tem apenas três dias úteis para fazê-lo. E, mantendo o atual ritmo de oferta, de até 10 mil swaps por leilão, seriam rolados apenas 30 mil.

Zona de Suporte

Os investidores suspeitam que o nível de R$ 2,30 pode se firmar como um piso (zona de suporte) para o dólar neste momento. O próprio Banco Central, sem fazer alarde, vem tentando manter o dólar cotado nesse patamar.

O dólar desvalorizado é bom para quem viaja ao exterior ou compra produtos importados, mas é ruim para as empresas brasileiras. As que exportam ficam com os preços mais caros que a concorrência de outros países. Também é negativo para as companhias brasileiras que só vendem internamente, pois o preço dos produtos importados pode ser menor, gerando concorrência. Isso faz as vendas caírem.

Por outro lado, o dólar caro demais pressiona a inflação, já que grande parte dos produtos é importada.

O Banco Central tenta evitar esses extremos, mantendo o dólar dentro de uma chamada banda informal de oscilação, ou seja, dentro de um limite mínimo e máximo que a cotação pode atingir.

Fechamento do Mercado de Câmbio

A moeda norte-americana avançou 0,1%, a R$ 2,3084 na venda e a R$ 2,3064 na compra, após atingir a cotação de R$ 2,2926 na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,8 bilhão.

Lista Completa de Cotações Intraday