De acordo com o Índice de Preços ao Produtor (IPP) elaborado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dezembro de 2016, os preços praticados pelas indústrias extrativas e de transformação no país variaram, em média, 1,28% quando comparados ao mês anterior. Essa oscilação mensal foi 0,48% superior à taxa de 0,80% (dado revisado) registrada em novembro. Com isso, o IPP encerrou 2016 com variação anual acumulada de 1,71%, contra 0,07% (dado revisado) no acumulado dos últimos doze meses até novembro.

Em dezembro de 2016, as quatro maiores variações foram registradas entre os produtos das seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (19,55%), refino de petróleo e produtos de álcool (2,53%), metalurgia (2,20%) e fumo (1,81%). Já as maiores influências, ainda em relação a novembro/2016 (1,28%), vieram de indústrias extrativas (0,60 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,25 ponto percentual), metalurgia (0,16 ponto percentual) e veículos automotores (0,06 ponto percentual).

O indicador acumulado no ano atingiu 1,71%, contra 0,42% em novembro de 2016. As maiores variações percentuais foram: indústrias extrativas (34,37%), outros produtos químicos (-12,36%),impressão (9,54%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (9,37%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (1,77 ponto percentual), outros produtos químicos (-1,32 ponto percentual), indústrias extrativas (0,95 ponto percentual) e metalurgia (0,44 ponto percentual).

A variação de preços de 1,28% de dezembro frente a novembro repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: 0,05% em bens de capital; 1,92% em bens intermediários; e 0,60% em bens de consumo, sendo que 0,56% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,62% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

As influências das grandes categorias econômicas sobre o IPP de dezembro foram: 0,00 ponto percentual de bens de capital, 1,06 ponto percentual de bens intermediários e 0,22 ponto percentual de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,17 ponto percentual se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,05 ponto percentual nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano (1,71%), as variações entra as grandes categorias econômicas foram: -0,41% a variação de bens de capital (com influência de -0,04 ponto percentual), -0,10% de bens intermediários (-0,06 ponto percentual) e 5,21% de bens de consumo (1,80 ponto percentual). No último caso, o aumento foi influenciado em 0,29 ponto percentual pelos produtos de bens de consumo duráveis e 1,51 ponto percentual, pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Cálculo do Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês. 

Principais Destaques Relacionados ao IPP em Dezembro de 2016

– IBGE: IPP registrou crescimento mensal de 1,28% em Dezembro de 2016

– IPP: Preço de bens de consumo na porta das fábricas sobe 0,22% em Dezembro de 2016

– IPP: 18 das 24 atividades industriais brasileiras apresentaram aumento de preços em Dezembro de 2016

– IPP: Preços avaliados pelo Índice de Preços ao Produtor acumularam crescimento anual de 1,71% em 2016

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