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Mercado de Câmbio

O mercado de câmbio abrange todo o tipo de operação financeira em que há troca ou conversão de valor entre moedas. O fato de a maioria dos países do mundo terem uma moeda própria torna necessárias as operações de câmbio para a realização de transações de comércio exterior, investimento estrangeiro direto, investimentos em ações de empresas ou outros ativos financeiros em países diferentes, empréstimos externos, viagens, transferências financeiras internacionais, remessa de lucros e compras no exterior.

 

Mercado de Câmbio Internacional

No final de 1971, o acordo de Bretton Woods chegou ao fim, encerrando um período de quase três décadas de taxas de câmbio fixas, tendo o ouro como referência. A criação de um mercado futuro de câmbio decorreu do fim dessa paridade, quando passaram a prevalecer as oscilações das taxas de câmbio.

O mercado futuro de moedas foi concebido e implementado pelos economistas norte-americanos, Leo Melamed e Milton Friedman. As negociações iniciaram-se em 16 de maio de 1972, na Chicago Mercantile Exchange (CME), com contratos sobre libra esterlina, dólar canadense, iene, marco alemão, peso mexicano, franco francês e franco suíço. No Brasil, os contratos futuros de dólar começaram a ser negociados em 1986, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).

A partir de 1999, com o fim do regime de câmbio administrado, o mercado de moedas no Brasil passou a apresentar livre flutuação das cotações, reduzindo a previsibilidade de comportamento da taxa, que era, até então, establecida porbandas cambiais. A livre flutuação impõe riscos aos agentes econômicos, ressaltando, assim, a necessidade de utilização do mercado futuro de taxas de câmbio.

Nos EUA, os contratos negociados na CME prevêem a possibilidade de entrega física de moedas no seu vencimento. Na BM&F, por sua vez, não é permitida a liquidação do contrato com entrega física de moedas estrangeiras. A liquidação é financeira, em reais, devido às restrições determinadas pelo regime cambial brasileiro.

 

Mercado de Câmbio Brasileiro

Não há um limite para compra ou venda de moedas estrangeiras no Brasil. No entanto, a legislação brasileira não permite que uma divisa de outro país seja utilizada diretamente como moeda de pagamento na compra de bens ou contratação de serviços dentro do território nacional. Um cidadão brasileiro também não pode abrir uma conta corrente indexada a uma moeda estrangeira em uma instituição financeira que opera no Brasil.

Sempre que quiser ou precisar trocar reais por uma moeda estrangeira, os brasileiros terão que utilizar o mercado de câmbio. Não há um valor máximo para compra ou venda de moeda estrangeira por empresas ou cidadãos, mas, para realizar a conversão do real brasileiro em moeda estrangeira, ou da moeda estrangeira em real brasileiro, é necessário seguir uma série de regras do Banco Central (BC), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Receita Federal, que, juntos, disciplinam essas operações.

A taxa cobrada para a realização do câmbio entre moedas é livremente pactuada no mercado financeiro entre compradores e vendedores, mas está sujeita a interferências externas. O governo brasileiro tem adotado uma política cambial conhecida como flutuação cambial suja, em que o câmbio não é nem fixo nem flutua livremente. O governo federal pode interferir na formação da taxa cambial através do Banco Central, que possui bilhões de dólares em reservas internacionais. Esse dinheiro garante ao BC poder de fogo para levar a cotação do dólar para cima ou para baixo, de acordo com seus objetivos. Ao incentivar a oscilação do dólar para baixo, o governo pode, por exemplo, ajudar o BC a conter a inflação, facilitando a importação de produtos. Já um dólar mais valorizado aumenta a competitividade dos produtos nacionais.