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Crise na Europa: Governo grego aprova lei que extingue empregos

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Atenas, 18 de Julho de 2013 – De nada adiantaram as manifestações populares em frente aos edifícios públicos ou as diversas greves orquestradas pelas forças sindicais. Na madrugada desta quinta-feira, o instável governo de coalizão grego conseguiu aprovar o projeto de lei que permite o corte de milhares de empregos do setor público.

A votação no parlamento grego foi bastante tensa e a aprovação ocorreu por uma pequena margem de votos: 153 dos 293 parlamentares presentes votaram a favor do projeto de lei.

O polêmico projeto inclui a transferência e demissão de 25 mil funcionários públicos, principalmente professores e policiais municipais, que tinham provocado uma semana de marchas, manifestações e greves em quase todos os dias.

 

Por que o governo se empenhou tanto para aprovar esse projeto?

A aprovação do projeto era necessária para desbloquear quase 7 bilhões de euros do plano de resgate grego obtido junto à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional.

 

Por que a aprovação do projeto de lei no parlamento grego foi tão tensa?

Essa votação foi o primeiro grande teste para a nova coalizão partidária de apoio ao primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, desde a perda de importantes aliados após o fechamento abrupto da emissora estatal no mês passado. Atualmente, a base de apoio parlamentar do governo conta com uma maioria de apenas cinco deputados no parlamento de trezentos lugares.

Além disso, cerca de cinco mil pessoas postaram-se à frente do parlamento grego protestando, veementemente, contra o atual governo e as medidas impostas pelas autoridades europeias.

 

Quais serão as consequências desse evento?

Para o povo grego, a votação desta quarta-feira foi mais um duro golpe. Mais vinte e cinco mil pessoas enfrentarão o fantasma do desemprego, que assombra mais de um quarto da população do país.

Para o governo grego, a vitória apertada no congresso pode significar uma fragorosa derrota nas próximas eleições.

Para a Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), o resultado da votação é mais um sinal de que a Grécia pretende continuar na zona do euro e que o governo do país fará de tudo para honrar com os termos do acordo de resgate.

Para o mercado financeiro, o sofrimento do povo grego é apenas mais um triste percalço no longo caminho que a zona do euro terá que trilhar para reobter a tão sonhada estabilidade econômica e política. Uma derrota do governo grego nessa votação significaria novo bloqueio de fundos, que geraria um novo calote e, consequentemente, uma nova velha crise.

 

Resumo da história

No pain… No gain… O governo grego precisa de dinheiro. Além de estar sem opções para buscar ativos, possui um passivo bem pesado. Herança maldita, mas ainda sim herança.

Os credores da Grécia precisam receber, é justo que recebam. A dívida já foi muito maior. Por causa da renegociação da dívida, o Chipre acabou quebrando. Se a Grécia não pagar o que deve, outros quebrarão.

Para receber uma nova parcela do resgate, o governo grego tem que fazer o dever de casa, tem que sanear. Se não sanear, com parcela do resgate ou não, irá quebrar.

Não é mais uma questão de ser bom ou mal, capitalista ou socialista, oposição ou situação. É simplesmente uma questão de sobreviver. Doa a quem doer…

 

Em tempo

Não pensem que o governo assumiu o papel de padrasto do povo. Tal qual no Brasil atual, o governo grego também é adepto do morde e assopra.

Em uma tentativa de aplacar os protestos, Antonis Samaras anunciou, horas antes da votação, o primeiro corte de impostos na Grécia desde o início da crise fiscal no país, há quase quatro anos.

Apesar das dificuldades, coisas importantes e significativas estão acontecendo no nosso país. Não vamos relaxar. Vamos continuar morro acima, vamos chegar ao topo, que não está longe, e dias melhores virão para a nossa gente”, bradou o primeiro-ministro grego, num inesperado pronunciamento de rádio e televisão, anunciando que o imposto sobre o valor agregado (IVA) nos restaurantes, elevado para vinte e três por cento em 2011, será reduzido para treze por cento a partir de agosto.

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