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Entenda por que a crise política em Portugal pode afetar a economia

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Em 2011, após reconhecer o fracasso de sua política econômica, o governo português solicitou às autoridades européias um plano de resgate para sua dívida soberana no valor de € 78 bilhões.

Para honrar com os compromissos firmados junto aos credores do país, o governo teve que adotar uma série de medidas anticrise bastante impopulares, que incluíam cortes de gastos públicos e aumento de impostos.

Junto com as medidas de austeridade, veio a recessão e, em seguida, as manifestações populares.

Na última segunda-feira, o ministro das finanças, Vítor Gaspar, mentor dos cortes de gastos e aumentos tributários exigidos pelos credores, renunciou alegando perda de apoio ao resgate. Ele atuava sem filiação partidária, mas era considerado o membro mais poderoso do governo conservador, e foi substituído por Maria Luís Albuquerque, que era secretária de Estado do Tesouro.

No dia seguinte, foi a vez do ministro de relações exteriores de Portugal e líder do Partido Popular, Paulo Portas, renunciar ao cargo de chanceler.

A renúncia de dois dos principais nomes do governo gerou forte instabilidade política em Portugal. O atual primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, pertence ao Partido Social Democrata (PSD). Ele atualmente governa com maioria no poder legislativo (Assembleia da República) graças a uma coalizão com outros partidos de direita, como o Partido Popular (CDS-PP).

A saída do chanceler Paulo Portas do governo poderia significar também a saída do Partido Popular da coalizão governamental e, consequentemente, a perda da maioria parlamentar. Caso perca essa maioria, o governo deve ter dificuldades para aprovar decisões e manter-se no comando do país. Pode haver necessidade de se convocar novas eleições.

Um novo governo, com novas idéias, preocupado principalmente em atender aos anseios desesperados da população, pode afetar a credibilidade econômica do país e dificultar sua recuperação econômica.

Atualmente, o Partido Socialista, de centro-esquerda e principal voz da oposição ao governo, lidera as pesquisas de uma eventual nova eleição, mas sem a perspectiva de formar maioria parlamentar.

Crise política gera instabilidade na economia

Portugal está submetido a rigorosas restrições econômicas impostas pelo resgate da dívida soberana elaborado junto à União Européia (UE) e ao FMI, firmado em 2011. O país tinha a esperança de voltar aos mercados regulares de títulos públicos, mas a manutenção das medidas anticrise e os últimos acontecimentos políticos põem a credibilidade portuguesa junto ao mercado na berlinda.

Sem solução iminente, ações e rendimentos de títulos portugueses despencaram na última semana. O juro pago a investidores pelo título da dívida com vencimento em dez anos, na última quarta-feira. 03 de julho de 2013, superou 8,1% pela primeira vez desde novembro.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou que Portugal tem que agir rapidamente para reconquistar sua estabilidade política ou corre o risco de prejudicar a recuperação econômica.

“A reação inicial dos mercados mostra o risco óbvio de que a credibilidade financeira recentemente construída por Portugal pode ser afetada pela atual instabilidade política”, disse ele em comunicado.

 

 

 

 

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