Rio de Janeiro, 01 de Outubro de 2013 – A empresa do setor de extração de petróleo OGX informou nesta manhã que optou pelo não pagamento das parcelas de juros remuneratórios no valor aproximado de US$ 45 milhões decorrentes de bônus emitido no exterior que venceriam nesta terça-feira.
O não pagamento dos juros referentes à dívida de US$ 1,1 bilhão em bônus com vencimento em 2022, emitidos pela OGX Austria, controlada da OGX, já era amplamente esperado, diante da crítica situação de caixa da petroleira. A OGX disse ainda que os contratos dos bônus garantem à companhia 30 dias para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida.
Entenda por que a OGX optou pelo calote de suas obrigações
A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike Batista, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.
Com pouco dinheiro disponível e fracasso em sua campanha exploratória até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.
Entenda quais são as perspectivas de receita da OGX
A OGX espera completar a venda de uma fatia em blocos de petróleo que possui para a malaia Petronas, para conseguir um alívio no caixa.
A Petronas, porém, aguarda a conclusão da reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio de 850 milhões de dólares com a petroleira brasileira.
No total, apenas em bônus no mercado internacional a OGX tem dívida de 3,6 bilhões de dólares.