São Paulo, 06 de Dezembro de 2013 – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira o índice de preços oficial do Brasil referente ao mês de novembro e o resultado até que surpreendeu positivamente. A inflação brasileira desacelerou ao longo do último mês, crescendo a uma taxa inferior ao aumento de preços registrado tanto em outubro deste ano quanto em novembro do ano anterior.
De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, por ser usado como base para as metas do governo, avançou para 0,54% em novembro, após ficar em 0,57% no mês anterior. A taxa também é menor que a registrada em novembro do ano passado, quando ficou em 0,6%.
O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,77% – abaixo dos 5,84% de outubro e dentro da meta de inflação do governo federal, que permite que o IPCA oscile entre 2,5% e 6,5%. No ano, o índice acumula alta de 4,95%.
Entenda por que a inflação desacelerou em novembro
Entre os preços de itens pesquisados pelo IBGE, os alimentos tiveram alta de 0,56% – variação menor do que a verificada em outubro, de 1,03%. Presente nas refeições da maioria dos brasileiros, o arroz (-1,04%) e o feijão (-7,96%) ficaram mais baratos.
Entre os que mostram desaceleração de preços, estão tomate (de 18,65% para 11,58%); farinha de trigo (de 3,75% para 1,67%) e carnes (de 2,23% para 1,46%). Também seguiram a mesma tendência de desaceleração de preços os grupos de artigos de residência (de 0,81% para 0,35%) e de vestuário (de 1,13% para 0,85%).
Na contramão, registraram alta os preços relativos a despesas pessoais (de 0,43% para 0,87%), com destaques para os aumentos de empregados domésticos (0,97%) e cigarro (3,19%). No grupo habitação, que também mostrou variações maiores, de 0,56% em outubro para 0,69% em novembro, as principais influências partiram do aumento de 1,63% nas contas de energia elétrica e de 0,52%, nas de água e esgoto. Os transportes também ficaram mais caros (de 0,17% para 0,36%), puxados pelas passagens aéreas, que apresentaram alta de 6,52% e pelos combustíveis. Foi registrada alta de 0,63% nos preços do litro da gasolina e de 0,94%, nos do etanol.
Houve estabilidade quanto aos grupos de gastos com educação (de 0,09% em outubro para 0,08% em novembro) e saúde e cuidados pessoais (de 0,39% para 0,41%).
Na análise dos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Fortaleza (0,99%) e o menor, de Salvador (0,39%).
Perspectiva do mercado financeiro brasileiro
A previsão do mercado financeiro brasileiro em relação à inflação no país, conhecida por meio do Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, é que a inflação termine o ano em 5,81%, pouco abaixo dos 5,82% previstos na semana anterior.