São Paulo, 05 de Dezembro de 2013 – Não adianta teimar, xingar ou fazer beicinho. Definitivamente, a caderneta de poupança é a aplicação favorita do brasileiro, cada vez mais um povo poupador. Cada vez mais um povo conservador.

Em novembro, a entrada de recursos na caderneta de poupança continuou batendo recordes. De acordo com as últimas informações divulgadas pelo Banco Central (BC), no mês passado, os depósitos superaram as retiradas em R$ 6,38 bilhões, o maior valor já registrado em meses de novembro. A série histórica da autoridade monetária para este indicador começa em 1995.

O resultado dos onze primeiros meses deste ano também representa novo recorde histórico para o período. De janeiro a novembro de 2013, o ingresso líquido de recursos na mais tradicional modalidade de investimentos do país somou R$ 59,84 bilhões. Isso representa crescimento frente ao mesmo período do ano passado (de R$ 40,5 bilhões) e também na comparação com todo o ano de 2012 – quando R$ 49,71 bilhões ingressaram na poupança.

Depósitos  e Retiradas na Caderneta de Poupança em Novembro


Em novembro, de acordo com o BC, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 120,82 bilhões, ao mesmo tempo em que as retiradas de recursos totalizaram R$ 114,44 bilhões. Já o volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores somou R$ 3,09 bilhões no mês passado.

Com o ingresso de recursos em novembro deste ano, junto com o rendimento creditado na conta dos poupadores, o volume total de recursos aplicados na caderneta de poupança atingiu R$ 583 bilhões no fim do mês passado. No fechamento de 2012, o estoque de recursos na poupança totalizava R$ 496 bilhões e, em outubro, atingiu a marca dos R$ 574 bilhões.

Dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), consolidados pelo Banco Central, mostram que a caderneta de poupança continua atraindo milhões de pessoas. No fim de 2012 (último dado disponível), 108,9 milhões de pessoas possuíam valores depositados na caderneta de poupança.

Rentabilidade atual da Caderneta de Poupança

Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros da economia brasileira para 10% ao ano na semana passada, passou a haver um maior equilíbrio entre a rentabilidade da poupança e dos fundos de renda fixa.

Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% (o que acontece desde agosto), é fixo em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial.

Caso a taxa de juros esteja igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento é de 70% da aplicação, mais a Taxa Referencial. As regras de remuneração da nova poupança foram mudadas em maio do ano passado, para aplicações feitas de 4 de maio de 2012 em diante.