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Investidores tentam lidar com o choque de realidade imposto pelo Fed

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Rio de Janeiro, 20 de Março de 2014 – Janet Yellen, presidente do Federal Reserve já avisou: o programa de estímulo ao crescimento da economia norte-americana patrocinado pelo banco central está próximo do fim. Se a taxa de desemprego continuar em queda e a taxa de inflação permanecer ao redor de dois por cento ao ano, o programa será encerrado entre setembro e dezembro deste ano; já a taxa básica de juros, estacionada atualmente entre 0,00% e 0,25%, poderia ser elevada cerca de seis meses depois.

Foi um choque de realidade no mercado, que terá que conviver em um ambiente de liquidez diminuta e baixo crescimento econômico. O apetite dos investidores por ativos de risco diminuirá e a cotação do dólar continuará a subir frente as demais moedas.

 

Meu tesouro tesourinho

 

Antecipando as possíveis consequencias provocadas pelo fim do pacote de estímulos patrocinado pelo Fed, os investidores brasileiros voltaram a apostar nos títulos indexados pela inflação. As Notas dos Tesouro Nacional, que vinham tendo um desempenho tímido ao longo da semana, dispararam. Destaque para a NTN-B Principal 150535, que subiu 1,33%. Os títulos pré-fixados também tiveram bom desempenho.

 

Choque de realidade

 

As principais bolsas de valores asiáticas fecharam com fortes perdas nesta quinta-feira, acompanhando o clima de incerteza que se instalou no mercado financeiro mundial após o Federal Reserve anunciar que pode começar a elevar as taxas de juros americanas mais rapidamente do que se esperava anteriormente.

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou em baixa de -1,65%, cotado a 14.224 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu -1,78%, para 21.117 pontos. Em Xangai, o índice SSE Composite perdeu -1,40%, para 1.993 pontos. Já em Mumbai, o índice Sensex teve desvalorização de 0,42%, fechando cotado em 21.740 pontos.

O índice Nikkei sofreu um impacto ainda maior quando dados divulgados pela Bolsa de Valores de Tóquio mostraram que investidores estrangeiros venderam um recorde de 1,09 trilhão de ienes (US$ 10,7 bilhões) em ações japonesas na semana passada.

 

Ecos da Crimeia

 

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s revisou nesta quinta-feira a perspectiva de risco de investimento na Rússia de estável para negativa. A agência também confirmou o rating em moeda estrangeira do país em BBB.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou novas sanções contra cidadãos russos proeminentes, incluindo aliados próximos ao presidente Vladimir Putin.

 

Não é por acaso

 

A confiança demonstrada pelo Fed quanto à recuperação da economia norte-americana é bem fundamentada.

Nesta quinta-feira, foram divulgados alguns dados sobre o mercado de trabalho, a atividade industrial e a venda de moradias nos Estados Unidos.

O Federal Reserve de Filadélfia informou que seu índice de atividade empresarial acelerou em março, indicando que a economia está se recuperando do recente arrefecimento provocado pelo clima. O indicador, que afere a atividade industrial na região centro-leste dos EUA, recuperou-se para 9,0% em março, ante -6,3% registrado em fevereiro. Qualquer leitura acima de zero indica expansão na manufatura da região.

Em outro relatório, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que apenas 320.000 pessoas entraram com pedidos de auxílio-desemprego na semana passada – 5.000 pessoas a mais do que o registrado na semana anterior e 5.000 pessoas a menos do que o projetado pelos economistas. Foi um dos menores crescimentos semanais dos últimos três meses.

Ambos indicadores mostram que a economia do país está se recuperando do recente arrefecimento provocado pelo clima.

Em outro indicador, a Associação Nacional de Corretores informou que as vendas de moradias usadas recuaram 0,4% no último mês, atingindo o ritmo anual de 4,60 milhões de unidades. Foi o menor nível desde julho de 2012 e o segundo mês consecutivo de queda no índice.

 

Choque de realidade arrefecido

 

A quinta-feira nos mercados europeus tiveram dois momentos bastante distintos.

Pela manhã, os principais índices de ações caíram vertiginosamente, computando nos preços das ações o resultado da última reunião do Fed.

Pela tarde, os índices se recuperaram, animados com os últimos indicadores sobre a atividade industrial e o mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Em Londres, o índice Financial Times (FTSE 100) fechou em baixa de 0,47%, cotado a 6.542 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX (DAX 30) subiu 0,21%, para 9.296 pontos. Em Paris, o índice CAC (CAC 40) ganhou 0,46%, para 4.327 pontos. Já em Milão, o índice Ftse Mib (FTSE MIB) teve valorização de 0,56%, fechando cotado em 21.094 pontos.

 

Eles ainda estão por aqui

 

O dólar comercial fechou em queda de 0,95% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,327 na venda e a R$ 2,3249 na compra. É o menor valor desde 06 de março, quando a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 2,321.

Dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos geraram otimismo no mercado, fazendo com que os investidores preferissem aplicar em negócios de maior risco, colocando dinheiro no Brasil. Entradas de dólares no país fazem com que a moeda norte-americana fique mais barata em relação ao real.

Além disso, o Banco Central (BC) brasileiro manteve sua política intervencionista no mercado de câmbio, ofertando contratos de swap cambial, equivalentes à venda futura de dólares.

 

É tetra

 

O Ibovespa fechou em alta pelo quarto pregão consecutivo, totalmente alheio às declarações da presidente do Federal Reserve sobre o fim do programa de estímulos à economia norte-americana, que reduzirá drasticamente a liquidez de dólares no mercado financeiro e o apetite dos investidores pelo risco.

Além do bom desempenho de ações de peso no índice, como Petrobras e Vale, o Mercado Bovespa confortou-se com a alta das bolsas de valores dos Estados Unidos após a divulgação de resultados positivos sobre o desempenho da economia do país.

 

Mudança de foco

 

As ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta quinta-feira (20), após série de dados econômicos sinalizarem melhora na economia e com investidores reavaliando declarações da chair do Federal Reserve, Janet Yellen.

O índice Dow Jones avançou 0,67%, para 16.331 pontos. O índice Standard & Poor’s 500  valorizou-se 0,60%, para 1.872 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq Composite subiu 0,27%, para 4.319 pontos.

As ações do setor financeiro, que são ligadas ao ritmo do crescimento econômico, estiveram entre as maiores altas desta quinta. O grupo financeiro do S&P subiu 1,7%. Os papéis do JPMorgan Chase ganhou 3,1%, para US$ 60,11, subindo acima do nível de US$ 60 pela primeira vez desde abril de 2000. O Citigroup avançou 2,6%, para US$ 50,22.

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