Rio de Janeiro, 04 de Abril de 2015 – A diminuição de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de janeiro para fevereiro de 2015, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por seis dos quatorze locais pesquisados pelo IBGE, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Rio de Janeiro (-7,1%) e Bahia (-6,4%).
O Rio de Janeiro assinalou a queda mais intensa desde janeiro de 2012 (-12,7%), e a Bahia recuou pelo terceiro mês consecutivo, período em que acumulou perda de 20,7%. Pernambuco (-2,3%) e Minas Gerais (-1,9%) também mostraram recuos mais acentuados do que a média nacional (-0,9%), enquanto Nordeste (-0,7%) e Espírito Santo (-0,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em fevereiro de 2015.
Por outro lado, Pará (3,4%), Goiás (3,2%), Paraná (2,4%) e Amazonas (2,2%) assinalaram os avanços mais elevados: os dois primeiros, com dois meses consecutivos de crescimento, acumularam altas de 3,7% e de 6,0%; os dois últimos reverteram os resultados negativos de janeiro (-6,1% e -1,9%, respectivamente). As demais taxas positivas foram observadas no Rio Grande do Sul (1,6%), Ceará (1,1%), São Paulo (0,3%) e Santa Catarina (0,2%).
Produção Industrial Regional Acumulada em 2015
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou onze dos quinze locais pesquisados e sete deles recuaram com intensidade superior à média nacional (-7,1%): Bahia (-17,5%), Amazonas (-15,5%), Paraná (-13,2%), Rio Grande do Sul (-12,2%), Nordeste (-8,3%), Santa Catarina (-8,2%) e Ceará (-7,7%). Completaram o conjunto de locais com resultados negativos acumulados no ano: Minais Gerais (-7,1%), Rio de Janeiro (-7,0%), São Paulo (-7,0%) e Goiás (-4,4%).
Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, derivados do petróleo, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas), bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis) e bens de consumo semi e não-duráveis (medicamentos, produtos têxteis, vestuário, bebidas, alimentos e gasolina automotiva). Por outro lado, Espírito Santo (21,7%) e Pará (8,2%) assinalaram as expansões mais elevadas, impulsionados em grande parte pelo setor extrativo. Pernambuco (2,8%) e Mato Grosso (1,8%) também apontaram taxas positivas no índice acumulado do ano.
Os sinais de redução no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do último trimestre de 2014 com o primeiro bimestre de 2015 (ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior), em que onze dos quinze locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -4,2% no quarto trimestre do ano passado para -7,1% no índice acumulado nos dois primeiros meses de 2015.
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