IGP-M: inflação do aluguel desacelera em Fevereiro de 2015

Rio de Janeiro, 27 de Fevereiro de 2015 – A inflação do aluguel, medida mensalmente pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), fechou o segundo mês do ano com 564,004 pontos, após registrar valorização mensal de 0,27%. No mês anterior, o índice oscilou 0,76%. Nos últimos doze meses, o indicador acumula valorização de 3,86%. Nos dois primeiros meses do ano, o indicador acumula uma valorização de 1,04%.

Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M é um indicador inflacionário de abrangência nacional, que mede a variação dos preços no período compreendido entre os dias 21 (vinte e um) do mês anterior e 20 (vinte) do mês de referência. O indicador é utilizado como referência para a correção de valores de contratos de energia elétrica e aluguel de imóveis.

A desaceleração moderada do IGP-M em fevereiro ocorreu mesmo após a retração do Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado (IPA-M), que tem peso de 60% na composição do indicador e mede a evolução dos preços no setor atacadista brasileiro. Em fevereiro, o IPA-M fechou com variação de -0,09%, queda de -0,65 em relação à variação de janeiro (0,56%). O grupo formado por Produtos Agropecuários registrou variação negativa de -0,06% em fevereiro e 1,35% em janeiro – forte desaceleração de -1,41% na comparação mensal. Já o preço dos itens que compõem o grupo Produtos Industriais oscilou -0,10% em fevereiro. No mês anterior, a taxa de variação tinha sido de 0,26%, configurando uma leve desaceleração (-0,36%) na comparação mensal.

As maiores influências positivas para a variação do IPA-M em fevereiro foram: ovos (de 2,03% para 23,84%), mandioca (de 12,67% para 10,94%), feijão em grão (de 23,55% para 14,36%), álcool etílico hidratado (de 2,93% para 6,14%) e tomate (de 7,97% para 14,50%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPA-M em fevereiro foram: soja em grão (de -0,74% para -6,39%), minério de ferro (de -5,62% para -3,52%), farelo de soja (de -2,96% para -5,53%), suínos (de 0,21% para -13,08%) e querosene para aviação (de -1,86% para -12,61%).

Com peso de 30% na composição do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) registrou variação de 1,14% em fevereiro – baixa de -0,21% em relação ao patamar de 1,35% alcançado em janeiro. Das oito classes de despesa que compõem esse índice, quatro registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para a aceleração dos preços aferidos no grupo Transportes (1,48% para 2,60%).

As maiores influências positivas para a variação do IPC-M em fevereiro foram: tarifa de ônibus urbano (de 5,38% para 4,77%), gasolina (de -0,39% para 4,25%), tarifa de eletricidade residencial (de 7,29% para 3,68%), refeições em bares e restaurantes (de 0,67% para 1,31%) e automóvel novo (de 0,95% para 1,77%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPC-M em fevereiro foram: passagem aérea (de -8,09% para -22,59%), leite tipo longa vida (de -1,51% para -3,94%), perfume (de -0,66% para -1,20%), show musical (de 1,95% para -1,98%) e protetores para pele (de -0,67% para -1,91%).

Também com aceleração de preços, o Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) registrou alta de 0,50% em fevereiro, ante valorização 0,70%, no mês anterior – retração de -0,20 ponto percentual. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acumulou variação de 0,77% em fevereiro, contra 0,62% registrado em janeiro. O índice Mão de Obra, por sua vez, registrou variação de 0,26%, ante 0,77% do período anterior.

As maiores influências positivas para a variação do INCC-M em fevereiro foram: vale transporte (de 5,64% para 4,83%), esquadrias de alumínio (de 0,82% para 2,21%), servente (de 0,72% para 0,41%), refeição pronta no local de trabalho (de 0,18% para 1,51%) e ajudante especializado (de 0,82% para 0,15%). Já a maior influência negativa sobre a variação do INCC-M em fevereiro foi: pedra britada (de 0,00% para -0,05%).

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