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IPP de Julho de 2015 registra variação de 7,62% nos últimos 12 meses

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Rio de Janeiro, 26 de Agosto de 2015 – Em julho de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação brasileiras variaram, em média, 7,62% quando comparados a julho de 2014. No mês anterior, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apontava para uma variação anual de 6,60%. As quatro maiores variações de preços ocorreram na fabricação de: em outros equipamentos de transporte (30,43%), fumo (29,01%), papel e celulose (22,26%) e madeira (20,56%).

As principais influências para o indicador mês contra mês do ano anterior de julho de 2015 vieram de: alimentos (1,26%), outros produtos químicos (1,19%), veículos automotores (0,92%) e papel e celulose (0,75%).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em Julho de 2015 para elaboração do IPP

A seguir, são analisados detalhadamente os sete setores que, no mês de julho de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor, de acordo com o indicador na comparação com o mesmo mês do ano anterior:

Outros equipamentos de transporte

Em julho de 2015, os preços do setor apresentaram variação positiva de 2,40% em relação ao mês anterior. O resultado nesse indicador é ligado à variação da taxa de câmbio (R$/US$), tanto que, no acumulado do ano, houve uma variação de preços de 16,58%— contra uma variação cambial de 22,1% — e, nos últimos 12 meses, de 30,43%— contra uma variação cambial de 44,9%. Em julho o setor apresentou uma redução de preços, com relação a junho, apenas para o produto ― motocicletas com mais de 50 cm 3‖, sendo que para os índices relativos ao acumulado no ano e acumulado em doze meses houve uma variação positiva de preços. Para os demais produtos nos três tipos de índices analisados (mês contra mês imediatamente anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses) houve uma elevação média nos preços.

Fumo

Em julho de 2015, os produtos do fumo mostraram variação positiva de 2,63% na comparação com o último mês. Já na comparação com igual mês do ano anterior), os preços registram aumento de 29,01%. Este aumento no espaço de doze meses se mostra compatível com as variações na taxa de câmbio (R$/US$) no período, com impacto imediato nos preços em real de fumo processado. De acordo com dados do Banco Central, na comparação entre julho de 2015 e julho de 2014 verifica-

se uma apreciação do dólar de 44,9% e um aumento acumulado no ano de 22,1%. Por fim, observa-se uma variação positiva de 15,00% nos produtos do fumo no acumulado de 2015, que também caminhou no mesmo sentido do dólar, sendo esta a sexta variação positiva no ano e a décima primeira variação positiva nos últimos doze meses. Além disso, outro fator que motiva tal variação positiva em 2015 é a regulamentação estipulada pelo governo que estabelece um preço mínimo para cigarros em 2015, determinado pela Lei 12.546 de 14 de dezembro de 2011.

Papel e Celulose

O setor teve um aumento médio de preços ao produtor de 1,18% em julho de 2015, acumulando 12,58% de aumento ao longo de 2015 e 22,26% na comparação com julho de 2014. Comparado com o índice de junho (2,74%), o de julho caiu 1,56% Mesmo assim, o setor teve o terceiro maior aumento acumulado de preços ao produtor nas indústrias de transformação até julho de 2015, devido, mais uma vez, ao aumento de custos de produção, incluindo mão de obra e matéria prima. A matéria prima sofreu ainda as consequências da variação do dólar. O setor teve a terceira maior influência (0,44%) no aumento acumulado do ano de 3,67% no total das indústrias de transformação, atrás apenas de outros produtos químicos e de alimentos. Os produtos do setor que tiveram maior variação positiva em julho foram―absorventes e tampões higiênicos,―celulose, e papel para uso na escrita, impressão e outros usos gráficos, revestidos de matéria inorgânica. Houve queda nos preços de ―papel kraft para embalagem não revestido. Todavia, os quatro de maior influência responderam por 1,17% (em 1,18%) e não são os mesmos listados antes, uma vez que, ao lado de―celulose e ―papel kraft para embalagem não revestido, aparecem ―papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica (variação positiva de preços) e ―caixas e cartonagens dobráveis de papel- cartão ou cartolina (variação negativa). A influência da variação de preços do setor no índice das indústrias de transformação de julho foi de 0,04%.

Madeira

Em julho de 2015 os preços dos produtos de madeira apresentaram variação de -0,57% na comparação com mês imediatamente anterior, após registrar cinco taxas positivas consecutivas neste tipo de comparação. O resultado no mês se deve, principalmente, aos menores preços de ―madeira compensada, folheada e formas semelhantes, ―painéis de fibras de madeira‖ e ―painéis de partículas de madeira‖. Por outro lado, os preços de ―madeira serrada, aplainada ou polida apresentaram variação positiva, com destaque para os produtos cotados em moedas internacionais. A variação de preços acumulada no ano no setor ficou em 9,58% neste mês— quarta maior taxa verificada nas indústrias de transformação. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor também apresentou a quarta maior taxa das indústrias de transformação em julho: 20,56%, após registrar 20,09% em junho de 2015. O resultado deste indicador dos últimos doze meses mantém a trajetória compatível com a evolução do câmbio (R$/US$) nos últimos meses.

Outros produtos químicos

A indústria química registrou no sétimo mês de 2015 uma variação positiva de preços de 0,34%, o que gerou um acumulado no ano de 7,74% (maior taxa neste tipo de comparação em toda série do IPP) e de 11,02% na comparação com o mesmo mês de 2014. O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais e aos preços da nafta, produto com sensível queda de preços entre dezembro de 2014 e março de 2015, mas com recuperação de preços nos últimos quatro meses. Além do citado aumento da nafta nos últimos quatro meses, o setor apresentou uma elevação de seus custos associados à energia, à compra de matérias-primas e à cotação do dólar (desvalorização do real frente à moeda americana em 44,9% nos últimos 12 meses).Em relação à influência, no mês contra mês anterior, aparecem em destaque três produtos com resultados positivos: ―adubos ou fertilizantes à base de NPK, ―etileno (eteno) não-saturado (ambos também destaques no acumulado e doze meses) e ―borracha de estireno-butadieno. Em contrapartida está ―propeno (propileno) não- saturado, também desta que na influência acumulado no ano e nos doze últimos meses. Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência na atividade representaram 0,79% no resultado de 0,34%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com- 0,45%.

Alimentos

Em julho, os preços do setor variaram em média 1,17%, maior taxa desde março (1,70%). Estes dois pontos têm em comum o fato de ter havido desvalorizações mais fortes do real– 11,5% na comparação março contra fevereiro e 3,6%, julho contra junho (acima da média observada entre agosto de 2014 e julho de 2015, 3,2%, período no qual passaram a ocorrer desvalorizações mais acentuadas). Com o resultado de julho, os produtos alimentares acumularam no ano 2,33% de aumento médio de preços, valor próximo ao que havia ocorrido em março (2,44%)- resultado que recuou por conta de dois meses de variações negativas (abril, -0,76%, e maio, -0,63%), tendo sido, em junho, de 1,50%. Em termos da comparação com igual mês do ano anterior, em julho o resultado foi de 6,41%, maior resultado desde junho de 2014, 6,56%. Oito produtos distintos foram destacados, na comparação com o mês anterior, quatro por conta das variações de preços e quatro por conta das influências. Desses apenas um, “manteiga de cacau”, teve variação negativa de preços, que, por sua vez, não teve influência destacada. Entre os mais influentes, o efeito da desvalorização cambial é nítido, já que os produtos são: “resíduos da extração de soja”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “sucos concentrados de laranja” e “rações e suplementos para animais”. No caso dos derivados de soja, além do câmbio, a entressafra e as condições climáticas adversas dos EUA influenciaram nesse aumento. Vale dizer que a soja é uma das matérias-primas de “rações e suplementos para animais”, que, como se viu, figura entre as maiores influências do mês. O preço de carnes, por sua vez, tem sido influenciado pela recente normalização das exportações para a China. Os quatro produtos de maior influência responderam por 0,93% na variação de 1,17%. Numa perspectiva de mais longo prazo, quer se olhe a influência do acumulado no ano ou nos últimos 12 meses.

Veículos automotores

O resultado positivo de julho contra junho, 0,27%, praticamente anula o negativo de junho contra maio, de 0,25%. Com isso as taxas, tanto a acumulada quanto a obtida na comparação com o mesmo mês do ano anterior, são também próximas daquelas de maio. Assim, se em maio o acumulado era de 3,57%, o de julho é 3,60%; por sua vez, o resultado dos últimos doze meses foi de 8,61% em maio e de 8,33% em julho. Dos produtos de maior contribuição no cálculo do índice do setor, apenas “peças para motor de veículos automotores” tem destaque na comparação com o mês anterior, no caso é a principal influência no resultado. Os demais destaques em termos de influências, todas positivas, foram: “carrocerias para ônibus”, “caminhão-trator para reboques e semi-reboques” e “caixas de marcha para veículos automotores”. Os quatro produtos somaram uma influência de 0,23% (em 0,27%). Na perspectiva do acumulado ou dos últimos doze meses, ainda perdura o efeito, já apontado em relatórios anteriores, dos aumentos mais pronunciados no segundo semestre de 2014 (particularmente em setembro) e início de 2015 no preço do produto de maior contribuição no cálculo do índice: “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”.

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

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