ADVFN Logo

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for discussion Cadastre-se para interagir em nossos fóruns de ativos e discutir com investidores ideias semelhantes.

IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas acelera e sobe 0,68% em Julho de 2015

LinkedIn

Rio de Janeiro, 26 de Agosto de 2015 – De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE), em julho de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação variaram, em média, 0,68% quando comparados a junho de 2015. Este número é superior ao observado na comparação entre junho de 2015 e maio de 2015 (0,34%). Com isso, o acumulado no ano fica em 3,67%. O acumulado nos últimos doze meses foi de 7,62%.

Entre o sétimo e o sexto mês do ano, dezesseis das vinte e três atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços, contra quinze do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em julho de 2015 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: fumo (2,63%),  outros equipamentos de transporte (2,40%), calçados e artigos de couro (1,64%) e borracha e plástico (1,47%).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em Julho de 2015 para elaboração do IPP

Na comparação entre julho de 2015 e junho de 2015 os itens que mais exerceram influência sobre a leve valorização do IPP foram: alimentos (0,23%), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15%), outros equipamentos de transporte (0,06%) e borracha e plástico (0,05%).

A seguir, são analisados detalhadamente os seis setores que, no mês de julho de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor por apresentarem grande variação acumulada na comparação com o mês anterior:

Calçados e Artigos de couro

Os preços do setor apresentaram a terceira maior variação da indústria de transformação neste mês. O índice de julho foi 1,64%, o que representa uma elevação do mesmo em relação ao mês anterior, que havia sido de 0,25%. O dólar tem forte influência na tendência de elevação dos preços do setor, principalmente no preço do couro. Nesse sentido, o maior índice em julho comparado com junho acompanhou a variação dessa moeda, que foi maior neste mês, 3,6%, comparada com a do mês anterior, 1,63%. O índice acumulado do ano ficou em 8,38%, enquanto o dólar variou 22,1%, e nos últimos doze meses foi de 16,8%, enquanto o dólar variou 44,9%. Em julho, as variações de preço foram todas positivas, revertendo a situação do mês passado, quando, dentre as maiores variações de preço daquele mês, encontravam-se ― calçados de couro masculino – exceto tênis, ―calçados de material sintético montado feminino – exceto tênis ou para uso profissional e ― tênis de material têxtil ou sintético, montado com variações negativas.

Borracha e Plástico

Os preços do setor, quando comparados aos de junho, variaram em 1,47%, maior taxa observada na série desde janeiro de 2014 (1,66%). Por conta desse resultado, o setor se destacou entre todas as atividades que compõem as indústrias de transformação tanto por sua variação quanto por sua influência (ambas como a quarta maior). O acumulado no ano atingiu 4,44%, novamente o maior resultado desde dezembro de 2013 (4,49%). Por fim, a comparação julho 2015/julho 2014 aponta uma variação de 3,97%, que só encontra taxa mais elevada em maio de 2014, com 4,32%. Entre os produtos destacados em termos de influência, apenas um, “pneumáticos novos para caminhões e ônibus”, é proveniente da borracha. Os demais, feitos a partir do plástico, matéria-prima pressionada pela elevação da nafta no período, são: “conexões e acessórios de plástico para tubos”, “filmes de material plástico (inclusive BOPP)” e “tubos, canos e mangueiras de plástico, exceto flexíveis”. A influência dos quatro produtos mencionados foi de 1,13% (em 1,47%). Quando são considerados os indicadores acumulados no ano e contra o mês do ano anterior os produtos de plástico aparecem sistematicamente com influências positivas, ao passo que o único de borracha, “pneumáticos novos para automóveis e utilitários”, com influência exclusiva no mesmo mês do ano anterior, teve destaque por conta de uma variação negativa de preços.

Refino de Petróleo e produtos de Álcool

Ao longo de 2015, o comportamento do setor foi marcado por um início de ano com quedas sistemáticas de preços, que culminou com uma variação de -4,43% no primeiro trimestre (maior resultado negativo da série), mas, a partir de abril – com 1,15%, seguidos de 0,32% em maio, de 0,42% em junho e de 1,43% em julho, os preços começaram a se elevar sem que o acumulado no ano tenha deixado de ser negativo (em julho -1,22%). Esse quadro, na perspectiva do mesmo mês do ano anterior, se traduziu em apenas três resultados positivos até julho: os de janeiro, 0,75%, de junho, 0,50% e os de julho, 1,42%. Os produtos em destaque na comparação com o mês de junho de 2015, tanto em termos de variação quanto de influência, são todos derivados de petróleo, além de serem os mesmos. Juntos, eles responderam por 1,42%, no resultado de 1,43%. Todas as influências foram positivas, com exceção daquela devida à variação de preços de “querosenes de aviação”.

Outros equipamentos de transporte

Em julho de 2015, os preços do setor apresentaram variação positiva de 2,40% em relação ao mês anterior. O resultado nesse indicador é ligado à variação da taxa de câmbio (R$/US$), tanto que, no acumulado do ano, houve uma variação de preços de 16,58%— contra uma variação cambial de 22,1% — e, nos últimos 12 meses, de 30,43%— contra uma variação cambial de 44,9%. Em julho o setor apresentou uma redução de preços, com relação a junho, apenas para o produto ― motocicletas com mais de 50 cm 3‖, sendo que para os índices relativos ao acumulado no ano e acumulado em doze meses houve uma variação positiva de preços. Para os demais produtos nos três tipos de índices analisados (mês contra mês imediatamente anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses) houve uma elevação média nos preços.

Fumo

Em julho de 2015, os produtos do fumo mostraram variação positiva de 2,63% na comparação com o último mês. Já na comparação com igual mês do ano anterior), os preços registram aumento de 29,01%. Este aumento no espaço de doze meses se mostra compatível com as variações na taxa de câmbio (R$/US$) no período, com impacto imediato nos preços em real de fumo processado. De acordo com dados do Banco Central, na comparação entre julho de 2015 e julho de 2014 verifica-

se uma apreciação do dólar de 44,9% e um aumento acumulado no ano de 22,1%. Por fim, observa-se uma variação positiva de 15,00% nos produtos do fumo no acumulado de 2015, que também caminhou no mesmo sentido do dólar, sendo esta a sexta variação positiva no ano e a décima primeira variação positiva nos últimos doze meses. Além disso, outro fator que motiva tal variação positiva em 2015 é a regulamentação estipulada pelo governo que estabelece um preço mínimo para cigarros em 2015, determinado pela Lei 12.546 de 14 de dezembro de 2011.

Alimentos

Em julho, os preços do setor variaram em média 1,17%, maior taxa desde março (1,70%). Estes dois pontos têm em comum o fato de ter havido desvalorizações mais fortes do real– 11,5% na comparação março contra fevereiro e 3,6%, julho contra junho (acima da média observada entre agosto de 2014 e julho de 2015, 3,2%, período no qual passaram a ocorrer desvalorizações mais acentuadas). Com o resultado de julho, os produtos alimentares acumularam no ano 2,33% de aumento médio de preços, valor próximo ao que havia ocorrido em março (2,44%)- resultado que recuou por conta de dois meses de variações negativas (abril, -0,76%, e maio, -0,63%), tendo sido, em junho, de 1,50%. Em termos da comparação com igual mês do ano anterior, em julho o resultado foi de 6,41%, maior resultado desde junho de 2014, 6,56%. Oito produtos distintos foram destacados, na comparação com o mês anterior, quatro por conta das variações de preços e quatro por conta das influências. Desses apenas um, “manteiga de cacau”, teve variação negativa de preços, que, por sua vez, não teve influência destacada. Entre os mais influentes, o efeito da desvalorização cambial é nítido, já que os produtos são: “resíduos da extração de soja”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “sucos concentrados de laranja” e “rações e suplementos para animais”. No caso dos derivados de soja, além do câmbio, a entressafra e as condições climáticas adversas dos EUA influenciaram nesse aumento. Vale dizer que a soja é uma das matérias-primas de “rações e suplementos para animais”, que, como se viu, figura entre as maiores influências do mês. O preço de carnes, por sua vez, tem sido influenciado pela recente normalização das exportações para a China. Os quatro produtos de maior influência responderam por 0,93% na variação de 1,17%. Numa perspectiva de mais longo prazo, quer se olhe a influência do acumulado no ano ou nos últimos 12 meses.

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

Notícias Relacionadas

IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas acelera e sobe 0,68% em Julho de 2015

IPP de Julho de 2015 registra variação de 7,62% nos últimos 12 meses

IPP acumula variação de 3,67% nos sete primeiros meses de 2015

Deixe um comentário