A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).
Operacionalmente, tanto a modalidade Presencial, como Ensino à Distância (EAD), apresentaram o mesmo padrão de forte avanço da receita, devido às incorporações, mas com margem operacional penalizada por menor ticket médio – destaque para a redução de 8,5% em graduação presencial -, custos com aluguéis e elevadas despesas, todas tocantes à Anhanguera. A margem final não mostrou recuperação por conta do cenário de juros mais altos e carregamento da dívida. Ademais, o prazo médio de recebimento da Kroton aumentou 35 dias, para 114, no consolidado, por conta, não apenas de Anhanguera e extensão do prazo Fies, mas também pela adoção do Parcelamento Especial Privado (+8 dias), o PEP, que já contabiliza 20,7 mil alunos. Apesar das dificuldades do período, também é preciso apontar que a companhia superou as expectativas do mercado e apresentou melhoras significativas em relação aos trimestres imediatamente anteriores -, a exemplo da geração de caixa livre de R$ 57,4 milhões, frente consumo de R$ 123,6 milhões no 1T15 -, e que as pressões sobre as margens já eram esperadas. Entretanto, mesmo ressaltando esses pontos, continuamos considerando a Estácio mais bem posicionada para enfrentar o atual cenário conturbado para a educação privada brasileira.
