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Relatório sobre os resultados operacionais e financeiros da Usiminas (USIM3, USIM5 e USIM6) no 2° trimestre de 2015

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No dia 06 de Agosto de 2015, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A – Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) divulgou um relatório sobre seus resultados operacionais e financeiros durante o segundo trimestre de 2015. O relatório destaca a venda de 1,3 milhões de toneladas de aço e a venda de 1,2 milhão de toneladas de minério de ferro no período. Destaca também que a empresa acumulou R$ 227,2 milhões de EBITDA Ajustado (Margem EBITDA de 8,5%) entre janeiro e março de 2015. A empresa siderúrgica também encerrou o trimestre com R$ 2,7 bilhões de capital de giro, mesmo após ter investido R$ 226,1 milhões entre os meses de abril e junho.

As informações financeiras e operacionais contidas nesse relatório, exceto quando indicado de outra forma, são apresentadas em bases consolidadas, em reais brasileiros, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo a Legislação Societária e a convergência às normas internacionais do IFRS. As comparações realizadas neste comunicado levam em consideração o primeiro trimestre de 2015 exceto quando especificado em contrário.

Usiminas

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais – Usiminas S/A, uma das maiores indústrias de siderurgia do Brasil.

A Usiminas atua em quatro áreas de negócio: mineração e logística, siderurgia, transformação do aço e bens de capital. A empresa também opera uma unidade especial de vendas, onde alguns produtos especiais gerados durante o processo da fabricação do aço são colocados à venda.

De um modo geral, a Usiminas extrai o minério de ferro e o transforma em aço. Também processa o produto de acordo com as solicitações do cliente, oferece serviços de transporte rodoviário, ferroviário ou marítimo e entrega produtos acabados, como equipamentos e estruturas metálicas.

Seus produtos são fornecidos para os segmentos da construção civil e de eletrônicos, assim como também para os segmentos de construção naval, tubos, eletrodomésticos, embalagens, máquinas e equipamentos, automóveis e peças para automóveis. Produz chapas grossas, tiras a frio, tiras a quente, revestidos e outros produtos relacionados. A empresa exporta seus produtos para a China, Colômbia, Chile, Tailândia, Estados Unidos e Argentina.

Conjuntura Econômica no 2° Trimestre de 2015

No cenário mundial, os EUA apresentaram o melhor desempenho entre as economias desenvolvidas e os sinais de aceleração do crescimento neste segundo trimestre levaram o Federal Reserve a sinalizar que pretende iniciar o processo de normalização de juros. Enquanto isso, a economia europeia começa a apresentar tendência positiva de crescimento, resultado do programa de injeção de recursos do Banco Central Europeu. Contudo, as recentes instabilidades na Grécia trouxeram volatilidade aos mercados da Zona do Euro associada a uma eventual saída da Grécia do Bloco. Na China, o crescimento continua enfraquecendo apesar das medidas de estímulo do banco central chinês.

Na América Latina, as principais economias continuaram apresentando desempenho misto neste segundo trimestre de 2015. As quedas dos preços de commodities impactaram negativamente o desempenho de várias economias da região e o câmbio mais depreciado – que pressiona a inflação – reduziu a margem para estímulos, limitando, assim, a recuperação. No México, o crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2015 veio abaixo das expectativas do mercado, levando a reduções das perspectivas de crescimento para 2015. Na Colômbia, o consumo continuou suportando o crescimento e, no Chile, a recuperação ocorrida no primeiro trimestre de 2015 perdeu força nos meses subsequentes. Na Argentina, o PIB em 2015 deverá recuar novamente.

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, sinais de atividade econômica muito fraca indicam um aprofundamento da recessão no segundo trimestre de 2015, após recuo de 0,2% no primeiro trimestre de 2015. O cenário de alta de juros, inflação, deterioração do mercado de trabalho e os desdobramentos das investigações da Operação Lava-Jato são alguns fatores que contribuíram para a piora do ambiente econômico com consequente queda das expectativas de crescimento para 2015, que, segundo o Relatório Focus do Banco Central, era de +0,2% no começo do ano e foi para -1,5% ao longo do segundo trimestre de 2015.

Na indústria brasileira, a situação é ainda mais desafiadora. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a Produção Industrial de maio registrou o 15o recuo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e atingiu uma queda de 6,9%, de janeiro a maio deste ano. Diante dos estoques elevados e dos indicadores de confiança de consumidores e empresários em patamares mínimos históricos, não há sinais de uma recuperação iminente. Os setores industriais intensivos no consumo de aço também tiveram quedas expressivas no período. Nos cinco primeiros meses do ano, a produção de bens de capital recuou 20,6% e a de bens duráveis, 16,4%.

Receita Líquida da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A receita líquida da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) no segundo trimestre de 2015 foi de R$ 2,7 bilhões, mantendo-se estável em relação à receita líquida do primeiro trimestre de 2015. O mercado interno foi responsável por 76% da receita líquida do segundo trimestre.

Custo dos Produtos Vendidos pela Usiminas no 2° Trimestre de 2015

O custo dos produtos vendidos pela Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) no segundo trimestre de 2015 totalizou R$ 2,6 bilhões, contra R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre de 2015, representando um aumento de 5,5%.

Margem Bruta da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A margem bruta da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) no segundo trimestre de 2015 atingiu 3,9%, valor bem inferior à taxa obtida no mesmo período de 2014 (10,8%). No primeiro trimestre de 2015, a margem bruta da siderúrgica brasileira foi de 9,1%, representando uma redução de 5,2 pontos percentuais.

Despesas Operacionais da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

No segundo trimestre de 2015, as despesas com vendas da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) foram de R$ 60,5 milhões, contra R$ 51,2 milhões no primeiro trimestre de 2015, uma elevação de 18,3%, devido, principalmente, a maiores custos de distribuição em função do significativo aumento do volume de exportação de aço.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 107,8 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 122,5 milhões no primeiro trimestre de 2015, uma queda de 12,0%, principalmente decorrente da redução nas despesas com mão de obra própria em 14,3% e nas despesas gerais em 29,6%.

No segundo trimestre de 2015, outras despesas operacionais totalizaram R$ 1,0 bilhão, contra R$ 34,5 milhões no primeiro trimestre de 2015, em função do impairment de ativos apurado na Unidade de Mineração. Adicionalmente, no segundo trimestre de 2015, houve despesas com parada temporária de equipamentos no valor de R$ 31,0 milhões e maior provisão de contratos de frete doméstico com condições take or pay, que foi de R$ 31,0 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 8,4 milhões no primeiro trimestre de 2015. Em contrapartida, houve maior receita de venda de energia elétrica excedente que totalizou R$ 40,9 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 27,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, e menores provisões para contingências legais.

Assim, as despesas operacionais líquidas totalizaram R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2015, contra R$ 208,1 milhões no primeiro trimestre de 2015.

Margem Operacional da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A margem operacional da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) no segundo trimestre de 2015 atingiu -40,9%, valor bem inferior à taxa obtida no mesmo período de 2014 (-19,8%). No primeiro trimestre de 2015, a margem operacional da siderúrgica brasileira foi de 1,3%.

EBITDA Ajustado da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

Diante da piora das expectativas quanto ao preço futuro do minério de ferro, a companhia reconheceu redução de R$ 985,0 milhões no valor dos seus direitos minerários. O valor em uso da Unidade de Mineração foi atualizado para refletir as melhores estimativas da administração da empresa sobre o preço futuro do minério, com base em projeções de mercado. Este impairment de ativos impactou o EBITDA – Instrução CVM 527, que totalizou R$ 755,2 milhões negativos no segundo trimestre de 2015.

O EBITDA Ajustado atingiu R$ 227,2 milhões no segundo trimestre de 2015, 40,1% inferior ao apresentado no primeiro trimestre de 2015, que foi de R$ 379,5 milhões, devido principalmente ao menor desempenho das Unidades de Negócio com exceção de Bens de Capital, que seguiu apresentando melhor performance. No segundo trimestre de 2015, a margem de EBITDA Ajustado foi de 8,5% contra 14,2% no primeiro trimestre de 2015.

O EBITDA ajustado é calculado a partir do lucro (prejuízo) líquido do exercício, revertendo o lucro (prejuízo) das operações descontinuadas, o imposto de renda e contribuição social, o resultado financeiro, depreciação, amortização e exaustão, e a participação no resultado de controladas, controladas em conjunto e coligadas. O EBITDA ajustado considera a participação proporcional de 70% da Unigal e outras controladas em conjunto.

Margem EBITDA Ajustado da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A margem EBITDA ajustado da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) no segundo trimestre de 2015 atingiu 8,5%, valor bem inferior à taxa obtida no mesmo período de 2014 (17,7%). No primeiro trimestre de 2015, a margem EBITDA ajustado da siderúrgica brasileira foi de 14,2%.

Resultado Financeiro da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

No segundo trimestre de 2015, as despesas financeiras líquidas da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) foram de R$ 40,6 milhões, contra R$ 360,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, uma redução de 88,7%, principalmente em função da valorização do real brasileiro frente ao dólar norte-americano de 3,3% neste trimestre, que gerou ganhos cambiais de R$ 85,8 milhões, comparado com a desvalorização do real brasileiro frente ao dólar norte-americano de 20,8% no primeiro trimestre de 2015, que gerou perdas cambiais de R$ 390,8 milhões. Este efeito foi parcialmente compensado pelo menor resultado das operações de Swap e maiores despesas financeiras.

Resultado da Equivalência Patrimonial em Coligadas e Controladas da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

No segundo trimestre de 2015, o resultado da equivalência patrimonial em coligadas e controladas da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) foi de R$ 34,0 milhões, contra R$ 12,0 milhões no primeiro trimestre de 2015, um aumento de R$ 22,0 milhões, principalmente devido à maior contribuição da Unigal e da MRS Logística no período.

Lucro (Prejuízo) Líquido da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

No segundo trimestre de 2015, a Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) registrou um prejuízo líquido de R$ 780,8 milhões, superior ao prejuízo registrado de R$ 235,4 milhões no primeiro trimestre de 2015, em função do impairment apurado na Unidade de Mineração.

Capital de Giro da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) encerrou o segundo trimestre de 2015 com capital de giro de R$ 2,7 bilhões, estável em relação ao do primeiro trimestre de 2015. Houve redução de estoques em reais brasileiros de matérias primas e produtos, destacando-se a queda de 13,8% no volume em toneladas de aço, parcialmente compensado pela redução de contas a pagar a fornecedores.

Investimentos (CAPEX) da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

O CAPEX totalizou R$ 226,1 milhões no segundo trimestre de 2015, valor 2,7% inferior quando comparado ao do primeiro trimestre de 2015, que foi de R$ 232,3 milhões. Os principais investimentos realizados foram com sustaining CAPEX e atualização tecnológica das plantas. Aproximadamente, foram aplicados 85% dos investimentos na Unidade de Siderurgia, 8% na Mineração, 6% na Transformação do Aço e 1% em Bens de Capital.

Endividamento Financeiro da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

Em 30 de Junho de 2015, a dívida bruta consolidada da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) era de R$ 7,6 bilhões, contra R$ 7,1 bilhões em 31 de Março de 2015, representando um aumento de 6,4%. Neste trimestre, foi contratado um novo pré-pagamento de exportação no valor de R$ 474,5 milhões para alongar o perfil de vencimento da dívida. A composição da dívida por prazo de vencimento era de 23% no curto prazo e 77% no longo prazo.

O indicador dívida líquida/EBITDA em 30 de Junho de 2015 foi de 3,7 vezes.

A empresa obteve devidamente os waivers de seus credores para os covenants não cumpridos em 30 de Junho de 2015.

Setor de Mineração da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A redução da demanda chinesa e a abundante oferta de minério de ferro continuaram a pressionar negativamente os preços PLATTS, que alcançaram, na média, US$ 58,4/t no segundo trimestre de 2015, contra US$ 62,4/t no primeiro trimestre de 2015 (62% Fe, CFR China), queda de 6,3%. Segundo o CRU Metals, alguns movimentos de saídas de players menores do mercado foram registrados, entretanto ainda há uma grande incógnita quanto à permanência no mercado para os demais que estão registrando perdas.

No segundo trimestre de 2015, o volume de produção totalizou 1,0 milhão de toneladas, 30,9% inferior ao do primeiro trimestre de 2015, em linha com o objetivo de controle de capital de giro e redução de estoques. O volume de vendas registrado foi de 1,2 milhão de toneladas, contra 1,1 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2015, um acréscimo de 5,9%, principalmente devido ao aumento de vendas para produtores locais de gusa.

Desde o início de 2015 evidenciou-se queda significativa dos preços de minério de ferro, em função da diminuição das expectativas com relação ao crescimento global do PIB, decorrente da menor atividade do setor de construção na China, aliado ao aumento significativo da capacidade de produção de minério de ferro, principalmente vindos da Austrália. Após um ano de redução de preços, no 1o semestre de 2015, houve uma queda adicional de 17% nos preços de minério de ferro (62% Fe, CFR China). Diante da piora das expectativas quanto ao preço futuro do minério de ferro, a companhia reconheceu redução de R$ 985,0 milhões no valor dos seus direitos minerários (R$ 868,0 milhões na Mineração Usiminas S.A. e R$ 117,0 milhões na Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.). O valor em uso da Unidade de Mineração foi atualizado para refletir as melhores estimativas da Administração sobre o preço futuro do minério, com base em projeções de mercado. Tal avaliação mantém-se sensível à volatilidade dos preços da commodity e eventuais alterações nas expectativas de longo prazo poderão levar a futuros ajustes no valor reconhecido.

A taxa de desconto aplicada nas projeções de fluxos de caixa futuros representa uma estimativa da taxa que o mercado utilizaria para atender aos riscos do ativo sob avaliação. A taxa nominal em Real utilizada foi de 11,9% ao ano. A companhia considerou fontes de mercado para definição das taxas de inflação e câmbio utilizadas nas projeções dos fluxos futuros. A taxa de inflação brasileira estimada de longo prazo foi de 4,5% ao ano. Para a projeção das taxas anuais de câmbio (real brasileiro/dólar norte-americano), foram consideradas as taxas de inflação norte americana e brasileira de longo prazo. Os preços projetados para o minério de ferro (62% Fe, CFR China) foram entre US$ 57/t e US$ 74/t. Os preços utilizados no cálculo dos fluxos de caixa futuros encontram-se dentro do intervalo das estimativas publicadas pelos analistas de mercado.

A receita líquida totalizou R$ 109,2 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 117,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, inferior em 7,4%. Embora tenha havido uma desvalorização cambial média de 7,1% no período, houve queda de 15,5% no preço PLATTS médio do minério de ferro (62% Fe, CFR China), ajustado para o período de formação de preços de venda da Mineração Usiminas. Adicionalmente, houve maiores deduções da receita bruta relativas a contratos de frete doméstico com condições take or pay, que passaram de R$ 1,2 milhão no primeiro trimestre de 2015 para R$ 11,6 milhões no segundo trimestre de 2015.

No segundo trimestre de 2015, o cash cost por tonelada foi reduzido em 2,5% em relação ao do primeiro trimestre de 2015, principalmente devido a menores custos com arrendamento de direitos minerários e materiais para manutenção. No segundo trimestre de 2015, o CPV por tonelada foi 3,3% acima do apresentado no primeiro trimestre de 2015, em razão, principalmente, da menor diluição de custo fixo, devido à redução de 30,9% na produção do trimestre.

No segundo trimestre de 2015, as despesas operacionais líquidas totalizaram R$ 1,0 bilhão, contra R$ 15,1 milhões no primeiro trimestre de 2015, em função do impairment de ativos apurado no valor de R$ 985,0 milhões. Adicionalmente, no segundo trimestre de 2015, houve maior provisão para contratos de frete doméstico com condições take or pay, que foi de R$ 31,0 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 8,4 milhões no primeiro trimestre de 2015. Em contrapartida, houve maior volume de venda de energia elétrica excedente, que foi de R$ 9,9 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 9,1 milhões no primeiro trimestre de 2015.

O EBITDA – Instrução CVM 527 foi negativo em R$ 980,7 milhões e a margem de EBITDA foi de -898,1% no segundo trimestre de 2015.

O EBITDA Ajustado foi negativo em R$ 5,8 milhões contra R$ 43,0 milhões positivo no primeiro trimestre de 2015. A margem de EBITDA Ajustado foi de -5,3% no segundo trimestre de 2015, contra +36,5% no trimestre anterior.

Os investimentos em mineração no segundo trimestre de 2015 foram de R$ 18,9 milhões contra R$ 24,7 milhões no primeiro trimestre de 2015, relacionados a sustaining CAPEX.

Participação da Usiminas na MRS Logística

A Mineração Usiminas detém participação na MRS Logística através de sua subsidiária UPL – Usiminas Participações e Logística S.A.

A MRS Logística é uma concessionária que controla, opera e monitora a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. A Empresa atua no mercado de transporte ferroviário, interligando os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e seu foco de atividades consiste em logística integrada no transporte de cargas gerais, como minério, produtos siderúrgicos acabados, cimento, bauxita, produtos agrícolas, coque verde de petróleo e contêineres.

No segundo trimestre de 2015, a MRS transportou 41,5 milhões de toneladas, recorde histórico de volume em um segundo trimestre.

Na comparação do segundo trimestre de 2015 com o primeiro trimestre de 2015, houve aumento de 9,2% no volume transportado, devido ao aumento de 7,0% no transporte de minério de ferro, carvão e coque e de 15,9% no transporte de carga geral, com destaque para produtos agrícolas e contêineres, que cresceram 22,5% e 30,3%, respectivamente. O primeiro semestre de 2015 também alcançou recorde histórico de volume em um primeiro semestre, com 79,5 milhões de toneladas transportadas.

Setor de Siderurgia da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

O World Steel Association – WSA prevê que o consumo aparente de aços atinja 1.544 milhões de toneladas em 2015, com alta de 0,5% em comparação a 2014. Para as economias desenvolvidas, o destaque é a expectativa de recuperação com crescimento de 2,1% do consumo na União Europeia e a manutenção do consumo nos EUA, mesmo após o forte crescimento de 11,7% em 2014. Para as economias emergentes, a expectativa é de alta de 2,8%, impulsionada pela Índia, cujo consumo deve crescer 6,2%. A China, maior consumidor mundial com 707,2 milhões de toneladas, deve reduzir seu consumo em 0,5%, a primeira redução desde 1995. O Brasil terá o pior desempenho dentre os emergentes. O Instituto Aço Brasil – IABr prevê queda do consumo aparente no Brasil de 12,8% em 2015, com recuo de 14,0% para aços planos.

O mercado brasileiro consumiu 3,3 milhões de toneladas de aços planos no segundo trimestre de 2015, sendo 81% do volume fornecido pelas usinas locais e 19% por importações. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, o consumo recuou 17,5%, principalmente por causa da retração de 21,1% das vendas das usinas locais, enquanto as importações se elevaram em 1,6%.

A forte queda no consumo brasileiro ocorreu de forma generalizada em todos os segmentos consumidores em decorrência da forte desaceleração da atividade industrial no período. A falta de visibilidade no cenário econômico e os prognósticos menos otimistas acerca da recuperação da economia no curto prazo levaram os clientes a reduzirem compras, ajustarem estoques e postergarem investimentos.

A seguir, estão destacados os principais setores consumidores de aços planos e seu comportamento no mercado brasileiro durante segundo trimestre de 2015:

– Automotivo: A deterioração do cenário econômico brasileiro neste segundo trimestre se refletiu na indústria automobilística que encerrou o segundo trimestre de 2015 com resultados muito aquém do esperado, levando as principais entidades do setor a revisar, pela segunda vez no ano, as expectativas para o fechamento de 2015, aprofundando ainda mais a retração esperada para produção e vendas de veículos. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – FENABRAVE, as vendas de veículos retraíram 4% no segundo trimestre de 2015 frente ao primeiro trimestre de 2015 e 24% quando comparadas ao mesmo período do ano anterior. Os elevados estoques que se formaram, levaram a uma redução maior de produção no segundo trimestre e fizeram com que a produção caísse 8% quando comparada à do primeiro trimestre de 2015, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA. Os veículos pesados seguiram com quedas ainda mais acentuadas em comparação ao primeiro trimestre de 2015: -9% nas vendas e -21% na produção.

– Industrial: A Tendências Consultoria estima que os investimentos tenham recuado 8,7% no segundo trimestre de 2015 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Terá sido a quinta queda consecutiva nessa comparação e a mais intensa. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – ABIMAQ até abril de 2015 confirmaram as graves dificuldades pela qual passa o setor. A desvalorização cambial permitiu avanço de 4,5% no faturamento acumulado no primeiro quadrimestre, mas a entidade prevê que a retração das vendas domésticas deverá reverter o resultado levando o faturamento da Indústria de Bens de Capital Mecânicos ao terceiro ano consecutivo de retração.

– Linha Branca: Segundo dados da Pesquisa Industrial realizada pelo IBGE, o setor de Eletrodomésticos registrou queda de 24,2% na produção nos cinco primeiros meses de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor continuou sendo afetado pelo ritmo mais lento do crescimento do rendimento das famílias e pela menor confiança dos consumidores. No setor eletroeletrônico, o desempenho também foi ruim, apresentando uma queda de 12,5% na produção, considerando a mesma base de comparação.

– Construção Civil: O mercado da construção civil continuou desaquecido no segundo trimestre de 2015 reflexo do baixo desempenho da economia, ajustes fiscais e monetários, queda de confiança e os impactos da investigação na Petrobrás, em especial nas obras de infraestrutura com o envolvimento das principais empreiteiras do país. De acordo com a Tendências Consultorias, a previsão da produção de insumos típicos da construção civil – ICC é de queda de 1,0% no segundo trimestre de 2015 ante o primeiro trimestre de 2015 e de queda de 8,5% na comparação com o segundo trimestre de 2014.

– Distribuição: De acordo com o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço – INDA, as vendas de aços planos na rede de distribuição recuaram 16,4% no segundo trimestre de 2015, na comparação com o primeiro trimestre de 2015, e 21,7%, na comparação com igual período no ano anterior. No primeiro semestre de 2015, as vendas acumularam queda de 18,8%, na comparação com o primeiro semestre de 2014. Já as compras tiveram um recuo de 14,9%. Ao longo do segundo trimestre de 2015, os estoques se mantiveram estáveis em cerca de 1,1 milhão de toneladas, mas o recuo das vendas ao longo do trimestre fez com que o giro dos estoques subisse a 4,2 meses, tomando como base a previsão das vendas de junho.

A produção de aço bruto nas usinas de Ipatinga e de Cubatão foi de 1,3 milhão de toneladas no segundo trimestre de 2015, uma redução de 3,8% em relação à do primeiro trimestre de 2015, com o objetivo de equilibrar produção com vendas.

No segundo trimestre de 2015, as despesas com vendas somaram R$ 40,0 milhões, contra R$ 30,2 milhões no primeiro trimestre de 2015, um aumento de 32,4%, principalmente devido ao maior volume de exportação.

Assim, o EBITDA Ajustado no segundo trimestre de 2015 totalizou R$ 205,5 milhões, contra R$ 337,2 milhões no primeiro trimestre de 2015, uma redução de 39,1%. A margem de EBITDA Ajustado foi de 8,6% no segundo trimestre de 2015 contra 13,2% no primeiro trimestre de 2015, uma redução de 4,6 pontos percentuais.

Os investimentos totalizaram R$ 191,9 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 197,6 milhões no primeiro trimestre de 2015. Os principais investimentos foram em sustaining CAPEX e na reforma da Coqueria em Ipatinga, que entrou em operação em 08 de maio de 2015.

Setor de Transformação do Aço da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A Soluções Usiminas atua nos mercados de distribuição, serviços e tubos de pequeno diâmetro em todo o país, oferecendo a seus clientes produtos de alto valor agregado. A empresa atende diversos setores econômicos, tais como automobilístico, autopeças, construção civil, distribuição, eletroeletrônico, máquinas e equipamentos, utilidades domésticas, dentre outros.

As vendas das unidades de negócios Distribuição, Serviços/Just In Time e Tubos foram responsáveis por respectivos 51%, 41% e 8% do volume total de vendas do segundo trimestre de 2015.

O contexto da distribuição continua sendo de grande concorrência com o aço importado. Com a queda dos preços internacionais do aço, as importações no Brasil cresceram ao longo do segundo trimestre de 2015, principalmente provenientes da China.

No segundo trimestre de 2015, a receita líquida foi de R$ 475,8 milhões contra R$ 539,7 milhões no primeiro trimestre de 2015, 11,8% inferior, devido ao menor volume de vendas e serviços.

No segundo trimestre de 2015, o custo dos produtos vendidos totalizou R$ 463,6 milhões, contra R$ 526,5 milhões no primeiro trimestre de 2015, uma redução de 12,0%, devido ao menor volume de vendas e serviços.

As despesas operacionais somaram R$ 28,0 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 24,4 milhões no primeiro trimestre de 2015, um aumento de 14,5%. Neste período, a Unidade de Campo Limpo Paulista foi paralizada em função de readequações nas plantas da Soluções Usiminas para melhoria de competitividade.

Assim, o EBITDA Ajustado no segundo trimestre de 2015 foi negativo em R$ 8,9 milhões, contra R$ 3,6 milhões negativo no primeiro trimestre de 2015. A margem de EBITDA Ajustado foi de -1,9% no segundo trimestre de 2015 contra -0,7% no primeiro trimestre de 2015.

Setor de Bens de Capital da Usiminas no 2° Trimestre de 2015

A Usiminas Mecânica é uma empresa de bens de capital no Brasil que atua em estruturas metálicas, naval e offshore, óleo e gás, montagens e equipamentos industriais e fundição e vagões ferroviários.

Foram assinados aditivos de contratos para serviços adicionais para a Vale e Anglo American permitindo que sua carteira de pedidos totalizasse R$ 700,0 milhões, mesmo diante do cenário recorrente de falta de investimentos no país.

No segundo trimestre de 2015, a receita líquida foi de R$ 229,7 milhões, contra R$ 210,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, uma elevação de 9,0%, devido ao maior volume fornecido pelas áreas de montagens e equipamentos.

No segundo trimestre de 2015, o lucro bruto foi de R$ 35,6 milhões, contra R$ 25,7 milhões, 38,7% superior ao do primeiro trimestre de 2015, em função da maior rentabilidade de sua carteira de projetos neste período, devido a ganhos de produtividade e redução de custos e despesas.

Assim, no segundo trimestre de 2015, o EBITDA Ajustado foi de R$ 25,8 milhões, contra R$ 14,2 milhões no primeiro trimestre de 2015, um incremento de 81,7%. A margem de EBITDA Ajustado foi de 11,2% no segundo trimestre de 2015, contra 6,7% no primeiro trimestre de 2015, um acréscimo de 4,5 pontos percentuais.

Desempenho da Usiminas na BM&FBOVESPA no 2° Trimestre de 2015

A ação ordinária (USIM3) da Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) encerrou o segundo trimestre de 2015 cotada a R$ 13,26 e a ação preferencial (USIM5), a R$ 4,12. A desvalorização no trimestre da USIM5 foi de 16,6% e a valorização da USIM3 foi de 38,3%. No mesmo período, o Ibovespa registrou uma valorização de 3,8%.

Desempenho da Usiminas na OTC – Nova Iorque no 2° Trimestre de 2015

A Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) tem American Depositary Receipts – ADRs negociados no mercado de balcão americano (denominado OTC – Over-The-Counter): o USDMY, com lastro em ações ordinárias, e o USNZY, com lastro em ações preferenciais classe A. Em 30 de Junho de 2015, o ADR USNZY, de maior liquidez, estava cotado a US$ 1,36 e apresentou uma desvalorização no trimestre de 13,9%.

Desempenho da Usiminas na Latibex – Madri no 2° Trimestre de 2015

A Usiminas (USIM3USIM5 e USIM6) tem ações negociadas na LATIBEX, uma seção da Bolsa de Valores de Madri: ação preferencial XUSI e ação ordinária XUSIO. Em 30 de Junho de 2015, a ação XUSI encerrou cotada a € 1,23, apresentando desvalorização de 16,3% no trimestre. Já a ação XUSIO encerrou cotada a € 3,87, com desvalorização de 38,3% no período.

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