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Banco Central: Economia brasileira contrai novamente em Julho de 2015

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De acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira, a economia brasileira contraiu 0,02% em julho, na comparação com o mês anterior. Essa foi a quinta retração mensal da economia do país registrada em 2015. No mês anterior. o indicador retraiu 0,73% (valor revisado). O BC utiliza este indicador para tentar antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) e, assim, auxiliá-lo na determinação da taxa básica de juros do país.

São Paulo, 21 de Setembro de 2015 – A economia do país registrou nova retração em julho de 2015, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é calculado pelo BC e busca ser uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto), apresentou decréscimo de 0,02% no mês, na comparação com o mês anterior, após realização de ajuste sazonal (correção que retira do índice variações específicas de um período). Frente a julho de 2014, houve queda de 3,67%.

Este foi o quinto mês no ano em que o indicador registrou retração. Em janeiro, março, abril e junho, o IBC-Br também fechara em baixa. Todos os valores percentuais nos meses anteriores foram revisados, tanto na comparação mensal quanto na comparação anual. De acordo com o Banco Central, o IBC-Br de junho fechou em queda de 0,73% na comparação com maio de 2015 e em baixa de 2,66% na comparação com junho de 2014. Em maio, o indicador registrou alta de 0,06% na comparação com abril de 2015 e baixa de 2,98 na comparação com maio de 2014. Em abril, o índice registrou contração de 1,02% na comparação com março de 2015 e perda de 3,33 na comparação com abril de 2014. Em março, o IBC-Br registrou queda de 1,49% na comparação com fevereiro de 2015 e baixa de 2,58% na comparação com março de 2014. Já no segundo mês do ano, o índice de atividade do BC registrou alta mensal de 0,75% e queda anual de 1,44%. Em janeiro, por sua vez, houve queda de 0,14% na comparação com o último mês de 2014 e baixa de 2,35% na comparação com o primeiro mês do ano anterior. Todos esses valores referem-se ao IBC-Br dessacionalizado, ou seja, já descontando as diferenças sazonais entre os meses de comparação.

No acumulado de janeiro a julho deste ano, ainda de acordo com dados do BC, a prévia do PIB registrou queda 2,74%. Nesse caso, a mensuração foi feita sem o ajuste sazonal – o que é considerado mais apropriado por especialistas, pois, em períodos longos, as variações positivas e negativas que afetam os índices econômicos costumam se equiparar. No acumulado dos últimos doze meses até julho, o indicador (dessazonalizado) registrou contração de 1,89%.

Cálculo do IBC-Br

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos. Esse indicador serve como parâmetro para avaliar o ritmo de crescimento da economia brasileira ao longo dos meses.

Em julho, segundo o IBGE, a produção industrial nacional registrou queda de 1,5% ante junho. Esse foi o quinto resultado negativo da indústria brasileira no ano, período em que já acumula uma perda 6,6%. Já o comércio varejista brasileiro fechou o sétimo mês de 2015 com variação de -1,0% no volume de vendas. A receita nominal voltou a ser positiva, com a variação mensal de 0,1%. Ambas as taxas referem-se à comparação entre as vendas no varejo de junho e julho, após ajuste sazonal dos índices. O setor de serviços, por sua vez, cresceu 2,1% em julho, em relação ao mesmo mês de 2014.

IBC-Br x PIB

O IBC-Br foi criado para tentar ser um antecedente do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.

As projeções de analistas para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2015 pioraram, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central.

A expectativa é de que o PIB registre resultado de -2,70%. Na semana anterior, a projeção era de -2,55%.

IBC-Br x Taxa Selic

O IBC-Br também é uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, entretanto, os juros básicos estão em 14,25% ao ano – o maior patamar em quase nove anos – e a expectativa do mercado, até o momento, é de manutenção deste patamar.

Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado financeiro é que os jurasse mantenham elevados. Segundo analistas, a política de gastos públicos, com dificuldade de ser controlada, e a valorização do dólar, entre outros fatores, tendem a continuar pressionando a inflação este ano.

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