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Na última reunião realizada pelo Copom em 2015, Taxa Selic segue no maior patamar dos últimos nove anos

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Nesta quarta-feira, 25 de Novembro de 2015, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), decidiu manter a taxa básica de juros (Taxa Selic) inalterada em 14,25% ao ano.  Com a decisão, os juros básicos da economia brasileira mantem-se no maior patamar desde a reunião de 30 de Agosto de 2006, quando o Copom reduziu a Taxa Selic de 14,75% para 14,25% ao ano.

A Taxa Selic é o principal instrumento do BC para tentar manter a inflação oficial do país, aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), o centro da meta de inflação corresponde a 4,50% ao ano, com uma margem de erro de 2,00%, podendo variar entre 2,50% (piso da meta de inflação) e 6,50% (teto da metade inflação).

Ao término da reunião desta quarta-feira, o Copom informou que a decisão de manter a taxa básica de juros em 14,25% ao ano levou em consideração o atual cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação. Ao mesmo tempo, a autoridade monetária também emitiu sinais de que a taxa de juros pode ser elevada acima deste patamar nos próximos meses. Na verdade, foram dois sinais: dois sinais.

O primeiro deles: dos oito votos do colegiado, dois foram a favor da elevação da Taxa Selic já. Em todas as outras reuniões do ano, a decisão do Copom tinha sido unânime.

O segundo sinal veio com a retirada da expressão: “o Copom entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária”, que constava do documento da reunião de outubro.

O que prevaleceu no encontro desta quarta-feira (25 de Novembro de 2015) foi a advertência feita também no comunicado passado: “o Copom ressalta que a política monetária se manterá vigilante para a consecução desse objetivo”. Quando retira de seu compromisso público a manutenção do juros por tempo “prolongado”, o Banco Central se autoriza a mexer na taxa em qualquer uma das próximas reuniões para controlar a inflação. E no cenário atual, só há uma direção possível para os juros no Brasil: para cima.

Neste ano, o IPCA deve ficar perto de 11%, não há mais nada a fazer. O alvo do BC agora é do meio do ano que vem para frente. As previsões para o indicador oficial em 2016 já ultrapassam 6,5%, que é o teto da meta estipulado pelo governo para o limite máximo a ser alcançado pelo Copom. Se não segurar o dragão com tudo, a batalha pode ser perdida muito antes de acabar. E, pelo visto, não há recessão, ou desemprego, ou crise fiscal, ou caos na política que esteja no caminho do BC.

De acordo com o último Relatório Focus, pesquisa semanal elaborada pelo BC junto às principais instituições financeiras do país, divulgado na última segunda-feira (20 de Novembro de 2015), o IPCA encerrará 2015 em 10,33%, bem acima do teto da meta inflacionária. O próprio Banco Central já admite que a inflação deve estourar o teto da meta inflacionária em 2015 e em 2016. A autoridade monetária tem dito que trabalha para evitar a propagação da inflação nos próximos 15 meses e para trazer o IPCA para o centro da meta, de 4,50%, até o final de 2017. Os analistas financeiros consultados pelo BC para elaboração do Boletim Focus apontam que o IPCA encerrará 2016 em acumulada em 6,64%.

Embora auxilie no controle dos preços, o aumento da Taxa Selic prejudica o crescimento da economia. De acordo com o Relatório Focus, os analistas econômicos projetam retração de -3,15% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2015. Seria a maior retração econômica do país nos últimos 25 anos. Para 2016, o Boletim Focus aponta para uma retração de -2,01% da economia brasileira.

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