Com 44.914 pontos, o Índice Bovespa registrou hoje perdas de 0,29%. O principal indicador da bolsa foi pressionado pelas baixas dos papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco, de 3,18%, e dos papéis ordinários (ON, com voto) da Ambev, segundo maior peso no índice, com -1,55%. O volume financeiro do pregão somou R$ 7,2 bilhões, ante uma média de R$ 6,8 bilhões em 2015.
Sem contar o banco, as piores perdas do índice eram das ações ordinárias (ON, com voto) da TIM, 3,35%, Gerdau Metalúrgica PN, 3,13%, CSN ON, 3,13%, Fibria ON, 3,02%.
Com forte peso no indicador, Bradesco PN recuou 0,05%, enquanto Petrobras PN ganhou 0,40% e suas ações ON subiram 2,49%, apesar da forte queda do petróleo no exterior. Vale PN e ON subiram 0,19% e 0,78%, respectivamente.
Do lado positivo, as maiores altas do Ibovespa estavam com Estácio ON, 8,26%, Marfrig ON, 5,14%, Cyrela ON, 4,79%, com as units da Klabin, 4,62%, e Eletrobras ON, 4,53%. Hoje, os investidores refletiram o recuo de 3,4% do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na passagem de outubro para novembro deste ano.
Na novela do BTG Pactual, as atenções se voltaram para a tentativa de acalmar os investidores com a transferência do controle do banco de André Esteves para os sete principais executivos da instituição. Além disso, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota do banco de grau de investimento para especulativo. A nota (rating) de crédito do banco caiu dois degraus: passou de Baa3, última nota de grau de investimento, para Ba2, segunda nota do grau especulativo. As units do BTG caíram 1,5%, cotadas a R$ 20.
Mercados Internacionais
Na Europa, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, recuou 0,32%, seguido pelo alemão DAX, 0,63%, e o francês CAC, 0,18%. O britânico Financial Times, por sua vez, ganhou 0,40%. Próximo do fechamento do mercado nos Estados Unidos, o Dow Jones caía 0,85%, acompanhado pelo S&P 500, 1,11%, e pelo índice da Nasdaq, 0,66%. A presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, em depoimento ao Congresso, deu novos sinais de que a instituição está se preparando para subir os juros neste mês, mas que o processo será gradual. Hoje, os dados de emprego da consultoria ADP indicaram a criação de 217 mil vagas no setor privado americano em novembro, acima do esperado pelo mercado, outro sinal de que os juros devem subir em breve.
O petróleo WTI, negociado em Nova York, caiu 4,28%, para US$ 40,06, e o Brent, de Londres, recuou 4,19%, para US$ 42,58. Os estoques de petróleo subiram na semana passada em 1,17 milhão de barris. Além disso, há a proximidade com a próxima reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) na sexta-feira.
Dólar e Juros
O dólar comercial fechou com queda de 0,54%, para R$ 3,83 na venda, enquando o dólar turismo ganhou 0,24%, vendido a R$ 4,07. As taxas de juros futuros para 2016 ficaram em 14,15% ao ano, contra 14,14% de ontem. Para 2017, as projeções passaram de 15,74% para 15,66%. Por fim, 2021 teve taxas de 15,71%, ante projeção anterior de 15,75%.
