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Caged e IBGE mostram a economia em queda livre

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A despeito de toda a discussão que é feita sobre a sua origem, a queda livre da economia continua, e forte, fortíssima. Ontem o Ministério do trabalho e emprego divulgou o número de empregos formais destruídos em fevereiro e ele veio muito negativo, em -104.584 demissões. E fevereiro é um mês que normalmente é de contratações e não demissões. Mas depois que a crise chegou essa tendência mudou e com violência. Veja o gráfico das vagas criadas/destruídas, feito com base nos dados do M.T.E. ajustados sazonalmente pela Nova Futura:

O IBGE, por sua vez divulgou a Pesquisa Mensal do Emprego, feita em seis capitais do Brasil, e a taxa de desemprego atingiu 8,2% em fevereiro, com destaque para Recife e Salvador, com 10,4% e 12,6% respectivamente. A renda média dessas cidades caiu mais 1,5%, o que vai confirmando a queda contínua do nível de atividades. Com a queda do emprego e da renda, o Consumo das Famílias, que responde por mais de 60% do PIB, continuará a queda livre da economia. O relatório Focus, do BC, indica que o mercado aposta em uma contração de 3,5% da economia, mas mantenho minha projeção de queda de 4,2%. Esses dados completam 2/3 das informações do primeiro trimestre e elas mostram um Brasil cada vez mais à deriva.

Como consequência dessa “pancada” sobre os agentes econômicos, a inflação passou a responder, caindo a cada semana. Depois de atingir 10,5% em 2015, ela tenderá a fechar em 6,7% nesse ano (as estimativas Focus estão em 7,40% ainda). Hoje o IBGE divulgou o IPCA-15, e ele veio em 0,43%, depois de subir 1,42%. Veja a tabela de variação dos preços:

 

Os destaques são alimentação e habitação, que respondem por boa parte da inflação. Após a forte seca de 2013-2015, alimentos e energia elétrica estão devolvendo boa parte das altas que tiveram e a queda do dólar tem ajudado nessa tendência. É a situação inversa à que vivemos ao longo de 2014 e 2015, quando a seca e a desvalorização cambial incendiaram os índices de inflação. O item habitação, que veio em -0,52%, reflete a queda da energia elétrica residencial. Essa queda deve ir até abril e contribuirá de forma importante para trazer a inflação para 6,7%, quase 4% abaixo do que foi no ano passado. Mas não há o que comemorar: essa “desinflação” ocorre em uma economia que está se contraindo fortemente e deve continuar a fazê-lo mesmo depois que o governo Dilma cair, se cair.

É provável que o cenário que tracei em relação à destruição da renda (http://pepasilveira.blogspot.com.br/2015/12/o-brasil-dois-trilhoes-mais-pobre.html ) seja mais severo ainda: a perda de produção e renda poderá superar R$ 2 trilhões ao longo do ciclo de que vai do início ao fim dessa crise.

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