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Ibovespa recua 2,6% com ‘superplanilha’ da Odebrecht e Lula no STF; Braskem cai 11% e dólar sobe para R$ 2,68

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O Índice Bovespa fechou em baixa pelo segundo dia seguido, devolvendo boa parte dos ganhos de segunda-feira, que levaram o principal indicador do mercado brasileiro de ações a atingir 51.170 pontos. Hoje, pressionado por notícias políticas, especialmente uma lista de pagamento de propinas pela empreiteira Odebrecht que envolvia figuras importantes da oposição ao governo Dilma Rousseff, o índice fechou em queda de 2,59%, aos 49.690 pontos, perdendo novamente o nível psicológico dos 50 mil pontos. A queda foi puxada por bancos, Petrobras e Vale, que sofreram com a possibilidade de maior dificuldade de impeachment da presidente ou com o risco de a Operação Lava Jato perder seu fôlego diante de acusações generalizadas contra toda a classe política.

Mais cedo, o mercado já havia ficado desanimado com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, de pedir a volta do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo até que seja julgada a liminar que suspendeu a posse dele como ministro da Casa Civil. A liminar também havia enviado o processo de volta para o juiz Sérgio Moro em Curitiba. Teori suspendeu também a divulgação das escutas telefônicas de Lula por poderem envolver pessoas com foro privilegiado, como ocorreu com a presidente Dilma.

O juiz Moro suspendeu também a divulgação da lista de pagamentos da Odebrecht na Operação Xepa, desdobramento da Lava Jato, depois de constatar que ela citava pessoas com foro privilegiado que só podem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. No fim do dia, o Ministério Público Federal do Paraná divulgou nota negando que a Odebrecht teria já fechado um acordo de delação premiada para detalhar sua participação em casos de corrupção.

Além do cenário político, ajudou na queda forte do mercado o volume menor de negócios, de R$ 6,077 bilhões, abaixo dos R$ 10 bilhões da média desde mês e dos R$ 6,9 bilhões da média do ano. “Em um dia de volume baixo, a pressão de venda derruba mais os preços”, explica Pablo Stipanicic Spyer, diretor de operações da Mirae Asset. A queda do petróleo e das commodities no exterior também ajudou na baixa do Ibovespa.

Com o petróleo desvalorizado no exterior e as pressões das notícias sobre a Lava Jato, Petrobras ON (ações ordinárias, com voto) teve recuo de 5,44%, seguida por suas ações preferenciais (PN, sem voto), 4,07%. Vale ONe PNA perderam 8,49% e 7,08%, respectivamente, com os preços do minério de ferro em baixa na China.

Os estrangeiros, que puxaram a bolsa para cima nas últimas semanas, foram destaque nas vendas hoje, derrubando as ações de bancos. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco caíram 3,18%, enquanto as do Bradesco recuaram 3,25%. As ordinárias do Banco do Brasil perderam 3,73%. Ambev ON, segundo maior peso no Ibovespa, porém, contrariou a tendência e subiu 1,39%.

No fim do dia, o governo anunciou que enviará ao Congresso projeto para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e permitir que a União possa fechar o ano com déficit primário de R$ 96,7 bilhões.

Braskem perde 11% e Ambev sobe 1%

As piores quedas do Ibovespa foram puxadas por Braskem PNA, 11,73%, Vale ON, Gerdau Metalúrgica PN, 8,37%, e Usiminas PNA, 8,33%. Enquanto isso, os maiores ganhos do índice ficaram com Ambev ON, 1,39%, que figura como segundo maior peso do indicador, além de Ultrapar ON, 1,09%, Suzano Papel PNA, 0,79%, e Rumo Logística ON, 0,29%. Braskem sofre por conta do envolvimento de sua controladora, a Odebrecht, nos escândalos políticos da Lava Jato.

EUA perdem e Europa tem trajetórias mistas; petróleo cai 4%

Os investidores americanos repercutiram hoje os dados de vendas de casas novas, que aumentaram 2%, para 512 mil unidades em fevereiro, na comparação mensal. Já os pedidos de hipotecas no país caíram 3,3% na semana até 18 de março, mesmo percentual registrado uma semana antes. Em entrevista à Bloomberg, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de St. Louis, James Bullard, falou sobre a possibilidade de um aumento dos juros na reunião da autoridade monetária de abril. Por lá, o Dow Jones recuou 0,45%, assim como o S&P 500, 0,64%, e o índice da Nasdaq, 1,09%.

Na zona do euro, os principais índices tiveram sentidos mistos, mas ainda fracos. O Stoxx 50, das 50 ações mais líquidas do bloco, recuou 0,29%, como o francês CAC, 0,18%. Na contramão, o britânico Financial Times ganhou 0,10%, seguido pelo alemão DAX , 0,33%. Finalmente, o petróleo WTI, negociado em Nova York, caiu 4,0,3%, para US$ 39,78, como o Brent, de Londres, 3,06%, para US$ 40,51.

Juros avançam; dólar volta aos R$ 2,68

As taxas de juros futuros fecharam o dia em alta. Para 2017, as projeções passaram de 13,72% ao ano para 13,74%. No mesmo sentido, os negócios válidos até 2018 tiveram taxas de 13,44%, contra 13,34% ontem. Por fim, os juros para 2021 subiram de 13,62% para 13,88%. A prévia da inflação oficial mostrou, porém, menor pressão, com o IPCA 15 subindo 0,43%. O desemprego também segue em alta, atingindo 8,2% em fevereiro, o que também segura os preços.

Hoje, o Banco Central (BC) realizou pelo terceiro pregão seguido uma nova oferta de swap reverso, de 20 mil contratos, cerca de US$ 1 bilhão, com vencimentos em julho e outubro. Além disso, a instituição deu continuidade ao seu plano de diminuição da rolagem de swaps cambiais tradicionais.

O BC também informou que as contas externas fecharam o mês de fevereiro com déficit de US$ 1,9 bilhão. Trata-se do menor resultado desde agosto de 2009, quando o saldo ficou negativo em US$ 828,5 milhões. A conta representa as transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações.

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