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IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas caiu 1,21% em Março de 2016

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De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE), em março de 2016, os preços coletados nas indústrias de transformação variaram -1,21%. Este número é inferior ao observado na comparação entre fevereiro/16 e janeiro/16  (-0,63%). Com isso, o acumulado de 2016 fica em -1,17%. Nos últimos doze meses, o índice variou 5,25%.

Na comparação com o mês anterior, oito das vinte e quatro atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços, contra dez  do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em março de 2016 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: Indústrias extrativas (6,56%), outros equipamentos de transporte  (-4,86%), fumo  (-4,86%) e  outros produtos químicos (-4,11%).

Confira a performance dos grupos de indústria avaliados pelo IBGE para elaboração do IPP

Já itens que mais exerceram influência sobre a valorização do índice foram: produtos químicos (-0,43 %), alimentos (-0,34%), papel e celulose (-0,15 %) e Indústrias extrativas (0,15%).

A seguir, são analisados detalhadamente esses seis setores que no mês de março de 2016 encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor por apresentarem grande variação na comparação com o mês anterior:

 

Papel e Celulose

O setor de fabricação de celulose, papel e produtos de papel apresentou, em março, a maior queda no índice de preços ao produtor desde o início da medição, em janeiro de 2010, da ordem de -4,04% em relação ao mês anterior, fevereiro. Essa é a segunda queda no IPP do setor desde janeiro de 2016, e a quarta queda dos últimos doze meses. Com o índice de março, o setor acumula uma queda de -2,58% em 2016, mas mantém uma variação positiva de 8,34% desde março de 2015. Os quatro produtos que mais influenciaram a variação no IPP do setor em março foram: “celulose”; “papel kraft para embalagem não revestido”, “papel, não revestido, para usos na escrita, impressão e outros fins gráficos, não revestidos de matéria inorgânica”; e “caixas de papelão ondulado ou corrugado”. Esses quatro produtos foram responsáveis por -4,06 p.p. dentro da variação de -4,04% do setor.

 

Indústrias Extrativas

Em março, depois de resultados negativos ininterruptos desde novembro de 2015, a variação contra o mês anterior foi de 6,56% (superior a que ocorreu em outubro de 2015, 2,04%). Mesmo com esse resultado positivo, tanto o acumulado no ano (-9,23%) quanto a comparação com o mesmo mês do ano passado (-20,17%) mantiveram-se com variações negativas. Com o resultado de março, o acumulado está próximo daquele do fechamento do ano de 2015 (-9,33%). Vale dizer que a atividade, com esses resultados, está listada entre os destaques em termos de todos os indicadores calculados na análise. O resultado positivo observado no mês se deve às variações em “óleos brutos de petróleo” e “minérios de ferro”, que, por sua vez, são negativas nas demais comparações.

 

Alimentos

Em março, a variação média dos produtos que compõem a atividade de alimentos foi de -1,68%, primeiro resultado negativo desde maio de 2015 (-0,63%) e segundo maior resultado negativo da série (o primeiro foi o de fevereiro de 2013, -2,58%). Com essa variação, o acumulado recuou de 1,95%, em fevereiro, para 0,24%, em março. Há uma interseção de três produtos no conjunto das quatro maiores variações e das quatro maiores influências; são eles: “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “carnes de bovinos congeladas”. Desses, as variações de preços das carnes foram negativas e a do leite, positiva. O quarto produto destacado em termos de influência foi “resíduos da extração de soja”, também com variação negativa. Os quatro produtos de maior influência responderam por -1,19% da variação de -1,68%. O aumento do preço do leite está atrelado a uma menor oferta, explicada em grande parte ao clima, que alternou períodos de fortes chuvas com estiagem e temperaturas altas. No caso das carnes, particularmente as congeladas, a valorização do câmbio (-6,8%) é um fator importante, mas não se pode deixar de lado a redução da renda interna. Por fim, o período de safra da soja garante um produto mais barato nessa época do ano. O câmbio, na comparação com igual mês do ano anterior, teve por sua vez uma valorização de 18,0%, e isso se expressa nos produtos de maior impacto, nos quais sobressaem produtos do grupo de carnes, derivados de soja e açúcar cristal.

 

Outros produtos químicos

Os preços da indústria química registraram no mês de março uma variação negativa de 4,11%, (maior queda no setor, neste tipo de comparação, desde o início da série do IPP em janeiro de 2010), o que gerou uma variação acumulada de preços no ano de -6,35% e de 5,33% em 12 meses. Um ponto a ser destacado é que as principais variações, todas negativas excetuando “sulfato de amônio ou uréia”, ocorreram em produtos que não fazem parte dos que apresentam maior peso de cálculo (ver na coluna dos produtos listados como principais “contribuições”), o que não ocorre entre os de maior influência, onde apenas o “PEAD” não está nesta categoria; são eles “adubos e fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado” e “polipropileno(PP)”, todos os quatro produtos com resultados negativos no mês. “Amoníaco” é o principal insumo para a obtenção dos fertilizantes nitrogenados e tem apresentado queda de preços nos últimos meses (inclusive é um dos destaques de variação negativa), o que explica em parte os resultados para o produto “adubos ou fertilizantes à base de NPK”. O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais, aos custos associados à energia elétrica, à compra de matérias-primas importadas, à cotação do dólar (desvalorização do real frente à moeda americana de 18,0% em 12 meses) e aos preços da nafta, produto com queda de preços entre outubro de 2015 e março de 2016; o que também explica em parte a redução dos preços no último mês. Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior representaram -2,62 pontos porcentuais no resultado de -4,11%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -1,49 ponto porcentual, que é um dos destaques de variação negativa), o que explica em parte os resultados para o produto “adubos ou fertilizantes à base de NPK”. O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais, aos custos associados à energia elétrica, à compra de matérias-primas importadas, à cotação do dólar (desvalorização do real frente à moeda americana de 18,0% em 12 meses) e aos preços da nafta, produto com queda de preços entre outubro de 2015 e março de 2016; o que também explica em parte a redução dos preços no último mês. Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior representaram -2,62 pontos porcentuais. no resultado de -4,11%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -1,49 ponto porcentual.

 

Alimentos

A variação de preços observada entre janeiro e fevereiro foi de 0,33%, menor taxa desde junho de 2015 (0,13%). Com esse aumento, a variação positiva acumulada chegou a 1,95%. Já na comparação com fevereiro de 2015, a variação é de 15,67%. Com esses resultados, em termos de influência, o setor desponta como a principal influência positiva nos três indicadores avaliados: Mensal (0,07 ponto porcentual); Acumulado em 2016 (0,39 ponto porcentual); e no Anualizado (3,00 ponto porcentual). Os produtos em destaque em termos de influência são “resíduos da extração de soja” e “açúcar cristal”.

 

Outros equipamentos de transporte

Em março de 2016, os preços do setor apresentaram variação de -4,86% na comparação com o mês imediatamente anterior, repetindo o sinal da variação de fevereiro (-0,32%). A redução verificada nos preços de “Aviões de peso superior a 2.000 kg” (aderentes à variação cambial – R$/US$) foi o principal responsável pelo resultado no mês. Os outros dois produtos investigados (“Fabricação ou manutenção de embarcações” e “Motocicletas com mais de 50cm3”) apresentaram preços maiores em março na comparação com fevereiro. Com os menores preços de março a variação acumulada no ano reverteu o sinal de fevereiro registrando -1,58%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os preços do setor registraram aumento de 15,22% – segunda maior taxa registrada na indústria geral e maior taxa da indústria de transformação.

 

Fumo

Em março de 2016, os preços da indústria do fumo apresentaram variação negativa de 4,86% na comparação com o mês imediatamente anterior. “Fumo processado” contribuiu para a queda, já que seu preço é ligado diretamente ao dólar, que nesse mesmo período teve uma variação negativa de 6,8%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os preços do setor apresentaram variação de 13,9% – resultado que repete o comportamento histórico de aderência entre os preços do setor e a variação cambial (R$/US$) que nesse período foi de 18,0%. A variação acumulada no ano foi de -1,97%.

 

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

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