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BB prevê aumento da inadimplência; negociações de dívidas têm maior nível desde 2014

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Em meio à divulgação do primeiro balanço do Banco do Brasil (BB) (BOV: BBAS3) em 2016, fortemente prejudicado por perdas com o setor de óleo e gás (identificadas pelo mercado como provisões para a Sete Brasil,  que entrou em recuperação judicial), o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores da instituição, José Maurício Pereira Coelho, afirmou que espera um aumento da inadimplência nos próximos meses.

“É possível que a inadimplência ainda piore, a depender da melhora da economia, de um novo ciclo econômico”, disse.

Em entrevista coletiva à imprensa sobre os resultados do banco, ele explicou que é natural, num cenário de crise como o atual, que essa taxa cresça. Em março deste ano, o índice da inadimplência acima de 90 dias do BB passou para 2,60%, contra 1,84% no mesmo mês do ano passado.

No sistema financeiro nacional, esse indicador cresceu de 2,80% para 3,50% no mesmo período. Ainda com as taxas abaixo da média do mercado, Coelho não quis dizer de quanto pode ser esse aumento da inadimplência. Hoje, o BB anunciou uma revisão para cima das suas provisões com devedores duvidosos de 3,7% a 4,1% para 4% a 4,4%.

Renegociações de empréstimos

A exemplo da concorrência, o vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do BB, Walter Malieni Junior, disse que a instituição está apostando na renegociação de créditos. Ele detalhou que a instituição recuperou R$ 3,75 bilhões em negociações e renegociações de dívidas de pessoa física neste primeiro trimestre, 52% do total pago em dinheiro, o maior valor visto nesse tipo de iniciativa desde dezembro de 2014, segundo ele.

De acordo com Malieni, o número bastante expressivo deixa clara a capacidade do banco em recuperar perdas e a sustentabilidade do relacionamento desenvolvido pela instituição com seus clientes, que em sua maioria utilizam o crédito consignado e o crédito baseado em salários, principalmente entre as pessoas que recebem seus salários pelo banco e clientes há mais de cinco anos.

Em março, o nível de perdas com inadimplência da carteira de pessoa física do banco era de 2,1%, na comparação com as taxas de mais de 4% de seus pares no mercado, de acordo com o executivo.

Crédito alinhado ao mercado

Sobre a concessão de crédito no BB, Coelho disse que o nível de crédito da carteira do banco está muito parecido com o de seus concorrentes, o que também é “natural”.

“Por enquanto não há nenhuma estratégia de aumento ou recuo do crédito em especial, a ideia é rentabilização, crescimento da margem financeira bruta, nas receitas de tarifa e redução de custos, mas sem planos de aumento da participação de mercado”, completa. O executivo ainda disse que as oportunidades de crescimento do banco nesse momento estão em mercados de baixo risco, como exportações, por exemplo.

A carteira de crédito do banco fechou março em R$ 775,6 bilhões, ante R$ 758,3 bilhões há 12 meses, uma alta de 2,3%. A carteira de crédito pessoa física do BB fechou março deste ano com saldo de R$ 185,3 bilhões, um avanço trimestral de 1,5% e de 8,80% em 12 meses. As linhas de menor risco (consignados, conta-salário, financiamento de veículos e imóveis), citadas por Coelho, representaram 75,7% da carteira da instituição.

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