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Ibovespa sobe apesar de cenário externo; Vale perde 5%; dólar cai e juros sobem

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O Índice Bovespa encerrou o dia em alta de 0,56%, aos 52.552 pontos, na contramão das demais bolsas, que recuaram no exterior. O volume negociado ficou em R$ 7,307 bilhões, bem perto da média do ano.

A alta do índice foi puxada pelos bancos, com grande peso no indicador, e que se beneficiaram do cenário político, com avanço do processo do impeachment no Senado. Hoje, o relator da Comissão do Impeachment, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) apresentou seu relatório defendendo a cassação da presidente Dilma Rousseff, o que abriria caminho para uma mudança na condução da economia e um aumento da credibilidade dos investidores e agentes econômicos.

Votação na sexta-feira

Com isso, o processo segue adiante e, na sexta-feira, o relatório será votado pelos integrantes da Comissão e, se aprovado, por maioria simples, irá para votação no Plenário do Senado, provavelmente na semana que vem. Se aprovado pelos senadores, também por maioria simples. a presidente Dilma será afastada temporariamente, até que o Senado faça o julgamento, o que pode levar alguns meses.

A denúncia do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, contra Dilma, o ex-presidente Lula e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deve pesar ainda mais na decisão dos senadores, apesar de não constar no processo.

Caminho sem volta

É consenso, porém, que, se Dilma for afastada agora, dificilmente ela voltará ao poder no fim do processo. Por isso as atenções do mercado se voltam para as informações do vice-presidente Michel Temer sobre quem seria sua equipe no caso de assumir o poder na próxima semana. A indicação do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles agrada bastante o mercado, que espera que ele tome medidas para reequilibrar as contas públicas, retomando a confiança no governo.

Bancos recuperam perdas e Temer puxa Petrobras

As ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco, de maior peso no Ibovespa, fecharam em alta de 2,46%, depois das quedas fortes de ontem. As PN do Bradesco também subiram, 4,27%, assim como as ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil, 2,15%. As units (recibos de ações) do Santander ganharam 2,39%.

Petrobras também ajudou na alta, com ganhos de 1,43% na ação PN e de 1,09% na ON. A expectativa de mudanças no comando da empresa, anunciadas por Temer em entrevista ao jornal O Globo, com a indicação de um executivo de mercado sem ligações partidárias, agradou os investidores.

Vale perde 5% com multa e minério

Já a Vale puxou o índice para baixo, com a notícia de que o Ministério Público Federal entrou com ação contra a Samarco, a Vale e a BHP pedindo R$ 155 bilhões para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG). Além disso, as mineradoras estão sob pressão em todo o mundo, com nova queda do preço do minério de ferro, de 2,4% no Porto de Tianjin, na China, para US$ 61 a tonelada. A ação PNA da Vale fechou em queda de 5,34% e a ON, de 6,75%.

Gerdau e Ambev, impacto do lucro menor

Já a ação ON da Ambev, segundo maior peso no Ibovespa, encerrou o dia em alta modesta, de 0,05%, após divulgar seu resultado no primeiro trimestre com ligeira queda no lucro. Gerdau, que também divulgou resultado hoje, com queda de mais de 90% no lucro, subiu 3,52%.

JBS lidera altas do índice

As maiores altas do Ibovespa no dia foram de JBS ON, com 5,84%, Usiminas PNA, 5,65%, Rumo Logística ON, 5,36%, Smiles ON, 4,73% e Bradesco PN, 4,26%. As maiores quedas foram das ações da Vale, seguidas das PN das Lojas Americanas, 5,11%, Tim Participações ON, 4,52% e Bradespar PN, 3,75%.

Europa fecha em queda

Na Europa, as bolsas refletiram o resultado do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da região, que se manteve em 53,1 pontos, ante estimativa de 53,2 pontos. Outro dado ruim, as vendas no varejo em março caíram 0,5%, na comparação com fevereiro, o pior resultado mensal desde julho de 2014. Na análise anual, as vendas desaceleraram de 2,7% para 2,1%.

Assim, sem sinais de que a região vai sair tão cedo do atoleiro econômico, o índice Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da zona do euro, perdeu 1,19%, mesmo percentual de queda do britânico Financial Times. O alemão DAX caiu 0,99%, o francês CAC, 1,09%, e o espanhol Ibex, que reflete ainda as dificuldades do governo em formar uma nova coalisão, 1,26%.

Petróleo, sem direção única

Após perdas de mais de 2% ontem com os boatos de aumento da produção, o petróleo fechou sem uma tendência única hoje. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York, subiu 0,92, para US$ 44,05, enquanto o tipo Brent, negociado em Londres, caiu 0,11%, para US$ 44,92.

Nos EUA, emprego e receio com crescimento

Nos Estados Unidos, o mercado refletiu os dados de emprego do setor privado da consultoria ADP, que mostraram a criação de 156 mil vagas em abril, menos do que as esperadas 196 mil. Repercutia também o recuo de 3,4% dos pedidos de hipotecas na semana até 29 de abril, depois de queda de 4,1% na semana imediatamente anterior. O Dow Jones perdeu 0,56%, assim como o S&P 500, 0,59%, e o índice da Nasdaq, 0,79%.

Os americanos acompanham também os últimos lances da corrida presidencial. Hoje, mais um candidato republicano, o governador de Ohio, John Kasich, desistiu de concorrer, tornado o polêmico empresário Donald Trump o único nome para o  partido disputar a eleição. Trump, que fez sua campanha baseada em propostas populistas, com ataques a estrangeiros e imigrantes e defendendo menores concessões a outros países, deve ser nomeado pelos delegados do partido para concorrer à Presidência.

Juros longos sobem e sem BC, dólar cai para R$ 3,54

No mercado de juros, os investidores parecem ter percebido que mesmo com a troca de governo os problemas que mantém as taxas elevadas vão continuar por um bom tempo. Por isso, as projeções dos juros futuros subiram. Nos contratos que vencem em janeiro de 2017, a estimativa era de 13,53% ao ano, ante 13,515% ontem. Para janeiro de 2018, as taxas subiram de 12,76% para 12,83%, assim como os negócios válidos até 2019, de 12,55% para 12,66%. Nos mais longos, para janeiro de 2021, a taxa terminou o dia a 12,64%, contra projeção anterior de 12,47%.

No mercado cambial, sem a intervenção do Banco Central (BC), o dólar comercial caiu 0,78%, para R$ 3,542 na venda, como o dólar turismo, que recuou,80%, vendido a R$ 3,68.

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