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S&P avalia que incerteza impede melhora de ratings, mas voto de confiança ajuda Temer

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A agência de risco Standard & Poor’s avaliou, em relatório divulgado hoje, que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff contribui para o rebaixamento dos ratings de crédito soberanos do Brasil ao aumentar a incerteza política e econômica do país . Segundo a S&P, procedimentos do processo de impeachment, que foram iniciados em dezembro de 2015, ainda fazem parte do complicado e difícil cenário político no Brasil e as incertezas com relação ao futuro do País seguem impulsionando para baixo as perspectivas das agências de risco.

A agência de risco afirma que o elevado grau de incerteza e a natureza fluida das dinâmicas políticas têm suas origens tanto no processo de impeachment quanto nas investigações de corrupção da Operação Lava Jato, que envolvem políticos importantes como o próprio presidente interino Michel Temer. Ambos os casos têm pesado sobre a economia brasileira, o que prejudica a tomada de decisões e reduzindo os investimentos.

A S&P alerta que a mudança dessa perspectiva, de negativa para estável, dos rating brasileiros poderá ser concretizada se as condições políticas melhorarem nas várias instâncias do governo, permitindo que o país volte a ter uma governabilidade mínima. Segundo a agência de risco, as boas condições políticas poderão ser capazes de emplacar projetos que busquem a melhora da condição fiscal do país e a retomada do crescimento.

Governo novo, velhos desafios

A agência de risco alertou também que os desafios do governo Temer são os mesmos enfrentados pelo governo Dilma desde o começo do segundo mandato da presidente. Segundo a S&P, o PIB brasileiro deve recuar 3,6% este ano, ante 3,8% no ano passado, e o déficit nominal deve atingir 10% do PIB. Já o déficit primário, que não inclui os juros da dívida, deve atingir 1,5% do PIB e a dívida pública líquida chegará a 60% do PIB.

Entre as prioridades estão a recuperação da credibilidade política, a retomada do crescimento econômico e a reversão da deterioração fiscal. A grande vantagem de Michel Temer, segundo a S&P, é que seu governo ganhou um voto de confiança do setor privado, o que deve dar uma folga para que Temer consiga emplacar os ajustes necessários.

Parte dessa confiança partiu da formação da equipe econômica do presidente interino, composta por Henrique Meirelles na Fazenda e Ilan Goldfajn no Banco Central. Os dois nomes são bem vistos pelo mercado e podem ajudar Temer a mover as peças importantes para a recuperação econômica. O relatório da agência de risco alerta para o fato de que com o voto confiança vem a sequência de cobranças por resultados.

“Como visto no primeiro ano do segundo mandato de Dilma, a capacidade de execução bem sucedida de políticas depende de um suporte inabalável do presidente, da coesão de seu gabinete , e da capacidade de conseguir o apoio necessário no Congresso”.

A S&P acredita que a representação partidária é diversificada no gabinete de Temer, impulsionada até o momento pela maioria de votos a favor do impeachment na Câmara e no Senado. Porém essa base de apoio pode se enfraquecer por conta da baixa aprovação popular, de uma oposição atuante do PT no legislativo e das investigações de corrupção chegarem a nomes importantes do governo.

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