De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a economia brasileira iniciou o segundo trimestre de 2016 praticamente estável, encerrando uma sequencia de quinze variações mensais consecutivas de queda.
A atividade economica brasileira, aferida pelo IBC-Br, apresentou um levíssimo crescimento de 0,03% no quarto mês do ano, em comparação com o mês imediatamente anterior e após a realização dos devidos ajustes sazonais. Passou de 134,41 pontos em Março para 134,45 pontos em Abril. O indicador não registrava uma variação mensal positiva na série dessazonalizada desde Dezembro de 2014, quando cresceu 0,54% ante o mês anterior.
Seria este o limite máximo para a retração economica do país?
Em 2015, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 3,8%. No primeiro trimestre de 2016, o PIB voltou a contrair-se: -0,3%. na comparação com os três meses anteriores, e -5,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. Essa retração da economia brasileira ocorre em meio a um ambiente de taxa de inflação acima do teto da meta prevista pelo governo, de taxas de juros exorbitantes e de taxa de desemprego crescente.
Por outro lado, alguns setores da economia obtiveram resultados positivos em Abril. Tanto a produção industrial quanto as vendas no comercio varejista encerraram o quarto mês do ano no campo positivo, interompendo um longo período de tendência de queda.
Variação Mensal do IBC-Br (sem ajustes sazonais)
Na série observada, ou seja, sem a realização de ajustes sazonais, a variação mensal do Índice de Atividade Econômica do Banco Central foi de queda de 3,44% no quarto mês de 2016, passando de 140,51 pontos em Março para 135,68 pontos em Abril.
Variação Anual do IBC-Br
Quando comparado com o resultado do mesmo mês do ano passado, o IBC-Br aferido em Abril de 2016 registrou uma contração de 4,99%. Neste caso, a comparação foi feita sem a realização de ajustes sazonais, uma vez que refere-se a períodos iguais.
Variação de 12 Meses do IBC-Br
No acumulado dos últimos 12 meses até Abril, ainda de acordo com o Banco Central, o IBC-Br registrou contração de 5,35% (após a realização de ajustes sazonais).
IBC-Br
O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.