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Comércios atacadista paulista registra em junho a 10ª queda consecutiva de empregos

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O comércio no setor de atacado no Estado de São Paulo perdeu 7.803 vagas de emprego no primeiro semestre de 2016. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o setor registrou nos primeiros seis meses do ano 85.659 admissões e 93.462 desligamentos. Trata-se do o maior saldo negativo já registrado para um primeiro semestre desde 2007.

De acordo com dados da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo, no mês de junho foram fechados 1.199 postos formais no atacado paulista, resultado de 14.164 funcionários admitidos e 15.363 desligados. Com a baixa de junho, o setor atacadista de São Paulo teve o 10º mês consecutivo de diminuição do número de empregos com carteira assinada. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 3,7% no estoque total que atingiu 491.613 trabalhadores ativos em junho – o menor número desde setembro de 2012, quando o setor empregava 489.592 pessoas no regime celetista.

Eletrônicos lideram queda de empregos

Entre as dez atividades pesquisadas em junho, apenas o segmento de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (0,4%) apresentou crescimento no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015. Os piores desempenhos foram vistos em eletrônicos e equipamentos de uso pessoal, com queda de 9,1%, seguido por tecidos, vestuário e calçados (-7,1%) e máquinas de uso comercial e industrial (-7%).

A Fecomercio afirma que o setor atacadista foi impactado no primeiro semestre sobretudo pela queda nas receitas das vendas do varejo e o quadro praticamente inalterado das condições atuais da economia, mais precisamente do consumo das famílias.

Quadro é ruim, mas esboça mudança

Apesar da manutenção dos resultados negativos observados, no comparativo anual, o setor apresentou uma melhora na variação negativa da contraposição do estoque ativo de trabalhadores do setor. Em junho, esse índice foi de -3,7% ante os 3,9% observados em maio. Tanto no atacado como no varejo, apenas o segmento farmacêutico apresentou geração de vagas, seja em junho, no semestre ou no acumulado dos doze meses.

A Federação conclui que, assim como no varejo, a melhoria das expectativas, aliada à inflação futura mais baixa e que dá espaço para queda de juros, pode aos poucos reaquecer o consumo, as vendas, os investimentos e a geração de empregos. É um movimento que começa nas famílias, passa pelo varejo e atinge o atacado. Segundo a entidade, esse é um processo lento, dependente de expectativas melhores e mais consolidadas e da própria política econômica governamental, já que tal caminho passa diretamente pela confiança dos agentes na capacidade da equipe econômica em trazer estabilidade macroeconômica e crescimento.

Cidade de São Paulo tem resultado negativo mais longo

O movimento de queda estadual nos empregos também foi confirmado na capital. Em junho foram eliminados 868 empregos com carteira assinada no comércio atacadista da cidade de São Paulo, resultado de 4.984 admissões e 5.852 desligamentos. Trata-se do 19º mês consecutivo que o atacado da capital registrou saldo negativo. A última vez que houve abertura de postos de trabalho foi em novembro de 2014. Com isso, o estoque total caiu para 203.963 empregados ativos. O saldo acumulado dos últimos 12 meses ficou negativo em 10.311 empregos, o que levou à diminuição de 4,8% do estoque total de trabalhadores na comparação com junho do ano anterior.

Das dez atividades pesquisadas, apenas o segmento de produtos farmacêuticos e higiene pessoal criou empregos em junho, com 26 vagas a mais do que no mês anterior. Os destaques negativos foram observados nos setores de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-166 empregos), máquinas de uso comercial e industrial (-154 empregos) e de papel, resíduos, sucatas e metais (-149 vagas).

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