Imóveis devolvidos por inquilinos batem recorde no semestre, aponta Creci-SP

O número de imóveis devolvidos por inquilinos na cidade de São Paulo subiu 26,77% em junho. Os dado é da pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP). Trata-se de um recorde no primeiro semestre deste ano. Segundo o levantamento, mais da metade das devoluções (51,96%) aconteceu por motivos financeiros, um sinal do impacto da crise econômica e do aumento do desemprego.

A Creci também apurou que o mês de junho foi o quarto mês de 2016 em que mais se devolveu do que se alugou imóveis. O percentual de devolução superou o número de novas locações nas imobiliárias pesquisadas em 19,23% em maio; 4,41% em abril e 11,66% em janeiro. Somente em fevereiro e março o número de devoluções foi menor que o de novas locações. Ainda segundo a pesquisa, a locação de imóveis na capital paulista caiu 0,73% em maio e acumula saldo positivo de 15,18% no primeiro semestre.

A inadimplência registrada em junho nas imobiliárias paulistanas foi de 6,64% do total de contratos em vigor, percentual que é 6,61% menor que os 7,11% que estavam inadimplentes em maio.

Venda de imóvel usado registra queda de 5,41%

O levantamento da Creci aponta que a venda de imóveis usados caiu 5,41% em junho na comparação com maio. Apesar da queda mensal, o acumulado do semestre fechou com um saldo positivo de 43,68%. Os preços médios do metro quadrado dos imóveis usados vendidos caíram 2,03% em junho e acumulam
queda de 3,4% em 12 meses.

Entre as negociações de venda apontadas pelas imobiliárias na pesquisa, 54,69% delas foram em apartamentos e 45,31% em casas. A maioria das vendas foi feita à vista (46,88% do total), distribuindo-se o restante entre os financiamentos bancários (43,75%), com financiamento direto dos proprietários (4,69%) e por meio de consórcio (4,69%).

Preços dos imóveis mais simples têm maior alta

O segmento de imóvel que mais subiu de preço foi a casa de padrão simples, com mais de 15 anos de construção e localizada em bairros da Zona C da Capital. O preço médio do metro quadrado aumentou 33,61%, de R$ 3.362,50 em maio para R$ 4.492,75 em junho.

Já a maior queda se deu com os apartamentos de padrão médio, com mais de 15 anos e situados na Zona C da cidade. Nessa faixa, o preço médio baixou 40,27%, de R$ 6.796,88 em maio para R$ 4.060,07 em junho.

Descontos nas vendas caíram em junho

Os descontos na venda de imóveis caíram de 11,78% em maio para 4,25% em junho na média de todas as zonas pesquisadas. Na Zona A, o percentual médio baixou 45,12%, de 5,67% em maio para 3,11% em junho. Na Zona C, a redução foi de 54,04% com o desconto médio caindo de 7,55% para 3,47%. Na Zona D houve a maior queda – de 63,92%. E na Zona E houve redução de 8,33%, com o desconto médio baixando de 12% para 11%.

A Zona C, que agrupa bairros como Mandaqui, Mirandópolis e Mooca, manteve o posto de primeiro lugar na distribuição das vendas pelas cinco Zonas de Valor, segundo a pesquisa do CRECISP. Essa Zona concentrou 46,8% das vendas, distribuindo-se o restante entre as Zonas A e D (ambas com 17,23%), a Zonas B (com 10,92%) e a Zona E (7,82%). Os imóveis mais vendidos em junho foram os de padrão médio (79,69% do total), seguidos pelos de padrão standard (15,63%) e padrão luxo (4,69%).