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A taxa SELIC pode começar a cair em outubro

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Após atingir taxas anualizadas superiores a 10% e fazer tocarem as trombetas do apocalipse, a inflação está recuando firmemente e deve encerrar o ano com uma queda perto da projetada pelo BC ainda na gestão Tombini. Não é improvável que, após terminar 2015 em 10,5%, o IPCA fique perto de 7% em 2016 e em torno de 5,5% em 2017. Atingir a meta de 4,5% é desejado por todos, mas a história da inflação no país não nos permite uma aposta tão arrojada como essa, já que temos uma enorme persistência da inflação, em decorrência da forte indexação da economia.

Veja o gráfico abaixo:

A inflação acumulada em doze meses caiu de seu máximo de 10,71% em janeiro para os atuais 8,6% e voltará à região da meta do BC (o teto é 6,5% e o piso é 2,5%) em janeiro próximo. E deve continuar a cair até o fim de 2017, se os alimentos não atrapalharem.

Vale lembrar que a forte elevação da inflação – que saiu de 5% para 10,7% – se deveu à seca que durou mais de dois anos e à desvalorização cambial de mais de 100% no mesmo período. Esses dois CHOQUES fizeram com que os preços de alimentos e das tarifas de água e energia disparassem. Como esses itens têm forte peso direto no IPCA (41% no mês de agosto) e atuam fortemente como custos sobre outros produtos e serviços, a elevação dos preços era inevitável e, em grande medida, ajudou a deteriorar ainda mais o cenário econômico, por reduzir fortemente a renda real das famílias. Os alimentos cumprem sempre esse papel na oscilação da inflação e é bom ficarmos atentos ao seu comportamento. Veja o gráfico:

Em agosto o IPCA ainda tinha uma alta de preços dos alimentos, acumulada em doze meses, próxima de suas máximas, ao redor de 14%, mas os valores mensais estavam em queda. Saíram de 0,78% em maio, para 0,44% em agosto. Nesse mês é possível que os alimentos fiquem em 0% ou muito próximos disso. Ao menos esse é o sinal que temos recebido pelos levantamentos semanais feitos pelo IBRE-FGV e pela Fipe-USP. Na última semana o IPC-S da FGV veio com uma alta de 0,11% dos alimentos e na Fipe eles vieram com 0,03%.

Os preços das tarifas, como energia elétrica e água, devem ficar estabilizados e a gasolina não deve subir tão cedo. Apesar dos boatos sobre uma redução dos seus preços, a queda da inflação não depende tanto assim desse declínio para continuar caindo.

A diretoria do BC, na apresentação do Relatório de Inflação, chamou a atenção para a velocidade reduzida da redução na inflação (o gráfico acima mostra isso), mas ponderou com os fatores positivos: a economia está com um enorme desemprego (que impede os salários e preços livres de subirem), o câmbio contribuiu positivamente e as expectativas estão em queda.

Como resultado desse cenário, passamos a apostar em uma queda da taxa SELIC na próxima reunião, em outubro, da ordem de 0,25%. No ano, a SELIC encerrará em 13,75%.

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