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Ibovespa cai quase 4% e volta aos 57 mil pontos com exterior; dólar sobe 2% e puxa juros

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Em um pregão de fortes quedas no exterior, o Índice Bovespa perdeu 3,71%, de volta aos 57.999 pontos. O volume financeiro da bolsa brasileira somou R$ 8,1 bilhões, mais que a média diária anual de R$ 7 bilhões. O movimento mundial de aversão ao risco foi impulsionado pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de Boston, Eric Rosengren. Considerado um moderado, ele surpreendeu ao afirmar que há motivos razoáveis para um aumento dos juros americanos para evitar o superaquecimento da economia.

A reação dos mercados foi imediata e ampliada pelo receio de que outros bancos centrais também tenham de subir seus juros ou reduzir seus incentivos, como os do Japão e da Europa. Lá fora, os juros de 10 anos nos EUA atingiram o maior nível desde a crise provocada pela decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, em junho, e fecharam em 1,671% ao ano. O índice Standard & Poor’s 500 e o Dow Jones tiveram as maiores baixas também desde o Brexit. O dólar se valorizou diante das demais moedas pela procura por proteção dos investidores. O petróleo e outras commodities caíram. Até o ouro, considerado porto seguro em crises, caiu 0,73% diante do receio de alta dos juros americanos.

Bancos despencam e levam junto o Ibovespa

Com importante peso no Ibovespa e bastante influenciadas pelos investidores estrangeiros, as instituições financeiras registraram baixas significativas. Os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) caíram 3,79%, Bradesco PN (BOV:BBDC4), 5,53%, os ordinários (ON, com voto) do Banco do Brasil (BOV:BBAS3), 5,35%, e as units (recibos de ações) do Santander (BOV:SANB11), 3,52%.

Sob pressão da baixa de 4% do petróleo lá fora, Petrobras ON e PN recuaram (BOV:PETR3) 5,43% e (BOV:PETR4) 4,99% O barril do WTI, negociado em Nova York, caiu 4,14%, para US$ 45,65, acompanhado pelo Brent, de Londres, 4,28%, para US$ 47,85. No mesmo sentido, Vale ON (BOV:VALE3) perdeu 5,23%, como Vale PNA (BOV:VALE5), 4,73%, depois que o minério de ferro teve recuo de 0,62% na China, para US$ 57,78 a tonelada.

Apenas exportadoras em alta no Ibovespa

As piores quedas do índice local ficaram com Cemig PN (BOV:CMIG4), 7,41%, Cyrela ON (BOV:CYRE3), 6,74%, CSN ON (BOV:CSNA3), 6,49%, e Bradesco ON (BOV:BBDC3), 5,53%. Na contramão, os únicos dois avanços do indicador foram de Fibria ON (BOV:FIBR3), 2,90%, e Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 0,93%, impulsionadas pela valorização do dólar, na condição de exportadoras.

Teste nuclear coreano assusta mercados; inflação desacelera na China

As principais bolsas internacionais foram afetadas também hoje pelas notícias do teste nuclear realizado pela Coreia do Norte. Na China, os investidores ainda acompanharam a desaceleração do índice de preços ao consumidor de agosto, de 1,8% para 1,3% na base anual.

Enquanto os presidentes regionais do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ainda divergem sobre a trajetória dos juros do país nos próximos meses, o Dow Jones registrou perdas de 2,13%, o S&P 500, 2,45%, e o índice da Nasdaq, 2,54%. Na zona do euro, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, recuou 0,98%, o britânico Financial Times, 1,19%, o francês CAC, 1,12%, e o alemão DAX, 0,95%.

Na segunda-feira, a diretora do Fed Lael Brainard deve falar durante uma reunião do Conselho de Estudos Internacionais de Chicago. Deve ser o último pronunciamento de um representante do banco central antes do período de silêncio que precederá a reunião de 20 e 21 de setembro do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), que discutirá os juros. O que chamou a atenção é o fato de o pronunciamento ter sido anunciado de última hora, ontem, levantando suspeitas de que o Fed quer passar um recado para os mercados.

Juros avançam e dólar fecha a R$ 3,28

A instabilidade externa afetou os juros ao puxar as cotações do dólar no Brasil, o que pode impactar a inflação no médio prazo e impedir uma redução na taxa básica Selic pelo Banco Central. No fim do dia, os juros futuros na BM&FBovespa com vencimento em janeiro de 2017 passaram de 13,94% ao ano para 13,98%. Para 2018, as projeções subiram de 12,47% para 12,61%, seguidas pelas taxas válidas até 2021, que avançaram de 11,92% para 12,12%.

Hoje, os investidores repercutiram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, que acumulou em agosto taxa de 9,62% em 12 meses. Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,44% em agosto e 8,97% em 12 meses.

Em meio aos fortes solavancos do mercado internacional e após o leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso de US$ 500 milhões do Banco Central (BC), o dólar comercial ganhou 2,10%, para R$ 3,28 na venda, como o dólar turismo, 2,40%, sendo vendido a R$ 3,42.

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