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Retomada de investimentos no país depende do corte de juros pelo BC, afirma J.P. Morgan

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O Brasil ainda deve passar por momentos difíceis na economia e a abertura de caminhos para investimentos produtivos é uma das principais saídas para a recessão. A análise é do estrategista do banco J.P. Morgan, Julio Callegari, que em apresentação a clientes, afirmou que o início do ciclo de cortes nos juros básicos na economia está próximo e é visto como peça fundamental para a retomada dos investimentos. O banco projeta um terceiro trimestre ainda de contração econômica no país

Na avaliação do estrategista, o principal fundamento da retomada do crescimento da economia brasileira não deverá partir do setor público, nem balança comercial, e nem da retomada do consumo da população. Para Callegari, o crescimento sustentável virá do fortalecimento do processo de investimentos em infraestrutura do país. Ele afirma que os juros elevados impedem que esse processo se consolide, o que pressiona o Banco Central a agir no sentido de diminuir as taxas. “A queda de juros é essencial para a recuperação brasileira, para que os investimentos ganham espaço”, ressalta.

Apesar da necessidade de corte de juros, Callegari afirma que o ciclo de cortes na taxa só será viabilizado a partir da retomada da confiança fiscal no país. Entre os principais pilares dessa confiança estão a continuidade da aprovação de reformas do governo e a reforma da previdência, que deverá ser votada no ano que vem. “Sem uma consolidação dessas medidas de ajustes do governo e sem o processo de mudança na previdência, o corte de juros não terá espaço”, avalia. Nas expectativas do estrategista do JP Morgan, os juros Selic manterão uma trajetória de queda em 2017, atingindo valores próximos aos 7% ao ano.

Economia em recessão

Diante da reversão do quadro pessimista de confiança na economia brasileira, Julio Callegari afirma que esse movimento é descolado da realidade econômica do país. “O Brasil apresenta hoje um cenário de lenta retomada dos indicadores econômicos. Com a visível melhora da confiança do empresariado, o consumo e o crescimento do país deverão seguir gradualmente uma linha ascendente”.

Callegari frisa que os números do desemprego no país ainda tem espaço para piora. “O mercado de trabalho ainda deve levar um tempo para se recuperar, e a tendência é que a situação piore no próximo trimestre”. Já com relação ao crédito no país, o estrategista do JP Morgan ressalta a cautela dos bancos na hora de aprovar operações. “O risco segue muito elevado, e as instituições financeiras se mantêm com muita cautela na hora de emprestar dinheiro”, completa.

Ratings e investimentos externos

Assim como o corte de juros pelo Banco Central, o processo de recuperação dos ratings do Brasil também está condicionado às reformas propostas pelo governo e uma consolidação da reestruturação das contas públicas do país. “As notas de crédito dependem muito de fatores como confiança na economia do país e, no caso do Brasil, na aprovação das reformas do governo. Sem elas, os caminhos do crescimento se tornam mais conturbados”, avalia Callegari.

Outro ponto positivo que, na visão de Callegari, deverá se concretizar com a confirmação das reformas econômicas do governo é a volta da atração de capitais para o mercado brasileiro. No caso dos investimentos estrangeiros, o estrategista acredita que, com a queda dos juros no país, o fluxo de investimentos estrangeiros no país passará a ter um perfil mais “equity”, ou seja, de compra de empresa.

Em linhas gerais, o JP Morgan vê um cenário favorável para o mercado brasileiro. Mesmo com o aumento dos juros pelo Federal Reserve, esperados para dezembro, Callegari acredita que o país mantém uma trajetória positiva de rating para o próximo trimestre, sustentada por uma conjuntura de investimento favorável.

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