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Fed reforça sinais de que juros vão subir em dezembro

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Na quarta-feira, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa referencial de juros do país entre 0,25% e 0,50% ao ano, conforme previa a maior parte dos analistas. Mais importante, porém, foi a sinalização pela entidade de que a política monetária do país deve ficar mais restritiva em breve.

O comunicado com a decisão trouxe vários elementos apontando na direção de juros mais altos: a avaliação de que o nível de criação de emprego vem apresentando um desempenho sólido, o crescimento contínuo nos gastos das famílias e o reconhecimento de que a inflação, embora abaixo do nível pretendido pelo Fed, está acelerando.

Diante disso, o comitê de política monetária do Fed afirmou que “o argumento pela alta na taxa dos federal funds [os juros dos Estados Unidos] continuou a se fortalecer”, o que foi interpretado como um sinal adicional de que a elevação das taxas acontecerá ainda este ano, na reunião do grupo em dezembro.

Outro evento que reforçou essa possibilidade foi o discurso do vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, dois dias depois. Ele disse acreditar que a economia dos Estados Unidos está perto do que pode ser considerada uma situação de pleno emprego e disse que, mantidas as condições atuais, seria preciso criar de 125 mil a 175 mil postos de trabalho por mês para evitar um aumento no desemprego.

O comentário foi feito no mesmo dia em que dados divulgados pelo governo norte-americano mostraram a geração de 161 mil empregos no paós em outubro – menos que os 175 mil esperados por analistas, mas o suficiente, dentro da lógica de Fischer, para justificar que um dos objetivos do Fed – a busca pelo pleno emprego da mão de obra – foi cumprido.

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