IBC-Br registrou expansão mensal de 0,15% em Setembro de 2016

Pela terceira vez em 2016, o nível de atividade da economia brasileira aferido mensalmente apresentou expansão. De acordo com o Banco Central (BC), o IBC-Br teve alta de 0,15% em setembro de 2016, na comparação com o mês anterior, após a realização de ajustes sazonais. Até o momento, Abril e Junho tinham sido os únicos meses do ano nos quais o indicador registrou expansão econômica mensal.

Segundo os números divulgados pela autoridade monetária, o IBC-Br encerrou o nono mês do ano com 132,93 pontos. Com a realização dos ajustes sazonais, os valores apurados nos meses anteriores foram revisados de 132,78 para 132,73 em agosto, de 134,00 para 134,08 em julho, de 134,25 para 134,32 em junho, de 133,89 para 133,97 em maio, de 134,52 para 134,61 em abril, de 134,28 para 134,35 em março, de 134,90 para 134,93 em fevereiro e de 135,34 para 135,32 em janeiro.

Avaliando a variação mensal do indicador observado, ou seja, a oscilação de um mês para o outro sem a realização de ajustes sazonais, houve forte retração econômica de 2,98% no Brasil entre agosto e setembro de 2016, quando o indicador passou de 137,32 pontos para 133,23 pontos. Esse é o menor nível do IBC-Br observado desde maio, quando o indicador assinalou 133,33 pontos. Até esse momento, na série observada, apenas os meses de janeiro, abril e maio tinham registrado retração mensal. Nos outros cinco meses, o IBC-Br registrou expansão.

IBC-Br

O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.