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Política de Trump é inflacionária, mas pode enfrentar obstáculos

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Na semana passada, os mercados financeiros foram surpreendidos pela vitória de Donald Trump na eleição para a presidência dos Estados Unidos. As pesquisas divulgadas antes da votação mostravam empate técnico entre ele e Hillary Clinton e uma potencial vantagem da candidata do Partido Democrata.

Trump, que gerou manchetes ao longo dos meses de campanha por fazer comentários xenófobos, sexistas e preconceituosos, venceu a disputa com Clinton por causa do apoio de Estados que foram abalados pelo êxodo industrial para a China e o México nas últimas décadas.

Para conseguir a vitória, o candidato do Partido Republicano prometeu reduzir os impostos cobrados de todos os norte-americanos – ricos e pobres – e recuperar a produção industrial dos Estados Unidos, tanto pela taxação de bens importados de outros países quanto aumentando o investimento em infraestrutura, com adoção de incentivos para o uso do aço e outros materiais produzidos localmente.

O mercado reagiu com receio à eleição de Trump por dois motivos: as políticas defendidas pelo presidente eleito dos Estados Unidos rompem com o sistema atual, de promoção da globalização e de tratados de livre-comércio com outras nações, e têm um caráter inegavelmente inflacionário, o que pode levar o banco central norte-americano a elevar os juros antes do que os investidores previam.

Um aperto monetário antecipado nos Estados Unidos seria negativo para investimentos considerados arriscados – como as ações norte-americanas ou qualquer outro tipo de ativo de economias emergentes -, pois estimularia a aplicação em papéis de renda fixa do país, considerados mais seguros. Esta perspectiva colaborou para que o Ibovespa caísse quase 4% na semana, acompanhado por uma valorização de 5% no dólar ante o real.

Alguns analistas, no entanto, ponderam que Trump pode ter dificuldades em executar as políticas prometidas, seja por causa da dependência dos Estados Unidos de bens produzidos no exterior, da oposição que essas medidas podem enfrentar num Congresso controlado pelo Partido Republicano (historicamente mais conservador em relação aos gastos públicos), ou da potencial guerra comercial que pode ser travada após a adoção de políticas protecionistas no país.

Trump só assumirá a presidência dos Estados Unidos em 20 janeiro do ano que vem e, embora possa tomar algumas medidas imediatamente – aplicação de uma tarifa de 15% sobre produtos importados da China, por exemplo -, outras exigirão tempo e negociação com congressistas. Até lá, o mercado só pode especular, sem esquecer que em 14 de dezembro terá de lidar com um provável e esperado aumento na taxa de juros dos Estados Unidos pelo banco central norte-americano.

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