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Mercado tende a um pregão positivo, porém cauteloso.

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Mercados Globais

As bolsas da Ásia operam em alta, repercutindo o pregão de ontem, que encerrou positivo em quase todos os mercados. Nos EUA, as bolsas repetiram novos recordes e, independentemente do que se avalie sobre política fiscal ou monetária, o fim de ano promete ser de euforia acionária.

A produção industrial da Alemanha subiu 0,3%, bem abaixo das expectativas, de 0,8%, após ter caído -1,8% em setembro. Começa o quarto trimestre mais fraco, em um mundo que deve crescer menos do que se esperava alguns trimestres atrás.

Apesar disso, as bolsas na Europa têm um pregão de fortes altas, em função das renovadas certezas de que o BCE manterá os juros inalterados e, mais importante, sinalizará a extensão do programa de estímulos até o meio do semestre que vem. Com juros baixos e liquidez ampla, o caminho para um rally está aberto. Aumenta a confiança e a certeza de que o novo governo italiano correrá em socorro do banco Monte dei Paschi, que está se arrastando há meses e não seria socorrido pelo Primeiro Ministro renunciante Matteo Renzi.

Com o reforço da confiança no resto do mundo, as moedas estão se recuperando frente ao dólar, com destaque para o euro que está negociado a US$ 1,0726. Com a desvalorização do dólar, é natural que as commodities deem uma realizada no forte movimento de alta.

O destaque do dia é a divulgação, às 13:30, dos estoques de petróleo e derivados nos EUA.

Brasil

No Brasil, continua a se desenrolar a crise política. Ontem ela apresentou um viés positivo para os mercados, produzindo um resultado otimizado: Renan fica, com a ajuda do Planalto e de boa parte do plenário do STF. Tomando as manchetes dos principais jornais e pelas análises de seus principais colunistas, o que se depreende é que se formou um consenso em torno da necessidade de votar-se imediatamente a PEC do teto e a reforma previdenciária. Estariam nesse esforço o presidente, as lideranças do Congresso e os ministros mais importantes do STF. Se essa tese, de fato, é real, então a euforia dos mercados está mais do que justificada. Ontem o Ibovespa retomou os 61 mil pontos, fechando com alta de 2,10%.

Hoje será divulgado o IGP-DI que mostrará a forte queda dos alimentos como principal fator do movimento recente dos preços e ainda não sinalizará os impactos importantes da alta dos preços da gasolina,  diesel e derivados para o varejo e o atacado.

O momento político é surpreendentemente favorável ao governo e suas propostas de votação e, a se valer pelas manchetes e notícias dos principais diários, Marco Aurélio Mello teve a inesperada capacidade de unir os três poderes, mesmo após as manifestações de domingo. Renan Calheiros, da posição de inimigo número um, sai como a estrela em ascensão na Praça dos Três Poderes. Isso depois de o STF supostamente usurpar as prerrogativas do Senado (ao afastar Renan) e o Senado responder ignorando solenemente essa ordem judicial.

O que importa, ao menos por enquanto, é que os mercados estão eufóricos com a possibilidade de votação no STF da manutenção de Renan na presidência do Senado e, na terça que vem, do segundo turno da PEC do teto.

Ações: drivers macro e corporativos 

Os destaques no mercado acionário são, sem dúvida JBS (BOV:JBSS3) e Braskem (BOV:BRKM5). A primeira, em cuja estrutura acionária está o BNDES como sócio, foi indicada por várias casas e pode ter revertido o enorme desconto que sofreu depois do recrudescimento das ações judiciais contra seus principais controladores e executivos e pela manutenção de uma postura agressiva do BNDES contra a reorganização societária. O BTG Pactual deu um call de compra para as suas ações, vendo um potencial de alta de mais de 80%. Leve-se em conta, ainda, que as ações são influenciadas positivamente pelo dólar, que está em alta há semanas e vai impactar positivamente os seus resultados.

Braskem, por sua vez, está subindo fortemente após a assinatura do  acordo de delação premiada da Odebrecht. Ele diminui o desgaste da imagem e da confiança que a empresa sofreu após as denúncias sobre o grupo, e as prisões de seus principais executivos. As perspectivas, a despeito de seus problemas judiciais, continuam amplamente positivas para a empresa, dado sua posição de mercado. O papel já subiu 22%, e pode continuar a subir, à medida que o grupo Odebrecht avance em seus acordos com a justiça.

Petrobrás (BOV:PETR4) continua a apresentar espaço para alta com as perspectivas positivas para o petróleo, em termos globais, e com a execução dos planos de ajuste da empresa. O petróleo opera em ligeira queda no mercado global, mas a empresa continua a se beneficiar do reajuste da gasolina, diesel e derivados.

Vale (BOV:VALE5)  mantêm o viés positivo com a manutenção dos preços do minério de ferro na faixa do US$ 75.

O mercado tende a um pregão positivo, acompanhando o resto do mundo. Mas, por cautela, vale esperar pela votação, no plenário do STF, da “questão Renan Calheiros”. Afinal, muitas vezes o que parece um consenso claro e irremovível acerca de uma questão, pode se mostrar o contrário. Na atual crise política dos poderes, não vale a pena manter certezas e convicções.

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