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Situação do banco italiano Monte dei Paschi piora e preocupa europeus

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A situação do banco italiano Monte dei Paschi di Siena, um dos mais antigos do mundo, piorou nas últimas semanas. O resgate da instituição fundada em 1472,  calculado em € 5 bilhões, agora é estimado em € 8,8 bilhões, ou US$ 9,19 bilhões, segundo o Banco Central Europeu (BCE). A preocupação com o banco é grande e levou as autoridades a suspenderem a negociação das ações da instituição hoje.

O valor é quase a metade do total que o governo da Itália pretende reunir em um fundo para socorrer outras instituições em dificuldades. O aumento do buraco no Monte dei Paschi ocorreu do mês passado para cá, pela expressiva saída de investidores da instituição temendo sua liquidação, em meio ao esforço do banco para captar recursos para estabilizar seu balanço.

A preocupação é que mesmo após a nacionalização do Monte dei Paschi, os bancos italianos continuem sob risco, uma vez que há estimativas de que os créditos ruins dessas instituições alcancem € 360 bilhões. Há também problemas de eficiência, já que os bancos italianos estão entre os menos rentáveis da Europa.

O BCE havia feito um teste de estresse no banco e detectado a necessidade de baixar como perdas € 30 bilhões em créditos ruins. Além disso, determinou um aumento de capital de € 5 bilhões. Mas o teste foi feito com base em dados do fim de 2015, conforme reportagem do The Wall Street Journal. E de lá para cá a situação piorou bastante.

Já o governo da Itália reluta em lançar um plano de recuperação pois isso exigiria participação dos investidores privados nos prejuízos com a instituição, entre eles dezenas de milhares de pequenos poupadores que compraram títulos do Monte dei Paschi. As regras da União Europeia exigem que todos os investidores participem da divisão dos prejuízos causados pela reestruturação dos bancos.

Na semana passada, o governo finalmente criou um fundo de € 20 bilhões para ajudar os bancos, mas a maior parte já vai ser absorvida pelo Monte dei Paschi.

O banco perdeu € 20 bilhões em depósitos de janeiro a setembro e mais € 2 bilhões neste mês.

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