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Apostas para 2017 começam hoje

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O novo ano começa para valer nos mercados financeiros apenas nesta terça-feira, já que os negócios permaneceram fechados ontem nas praças em Nova York, Londres e em grande parte da Ásia. Apesar desse ritmo lento logo no início, 2017 promete ser agitado – dando a sensação de que nem parece que 2016 acabou. Lá fora a novidade fica com o governo Trump, mas aqui o ajuste fiscal e a Lava Jato continuam nas manchetes.

Um dos grandes testes do governo Temer é a Reforma da Previdência, que se anuncia como uma grande batalha da equipe econômica com a opinião pública. O tema exigirá muita habilidade e negociação, com a população e com o Congresso, já que a medida é tida como um trunfo para reequilibrar as contas públicas.

Mas não se espera uma recuperação do quadro fiscal em 2017. A previsão do governo é de fechar o ano com um rombo de R$ 139 bilhões e não sacrificar o ajuste fiscal, independente da crise de calamidade financeira nos Estados e dos desafios políticos a serem colocados em xeque com as delações premiadas.

Sem um plano B para os problemas brasileiros, os investidores querem saber o que esperar do mundo de Trump. Faltando poucos dias para o começo de uma nova era nos Estados Unidos, que deve acelerar os gastos com infraestrutura e demandar um aumento mais intenso dos juros norte-americanos, os mercados internacionais seguem em alta.

Os índices futuros sinalizam que o primeiro pregão do ano em Wall Street será no azul, o que embala a sessão na Europa, um dia após as ações de bancos animarem a sessão nas praças que funcionaram. Na Ásia, os mercados avançaram após o índice PMI industrial na China dar sinais de que a segunda maior economia do mundo está se fortalecendo.

No domingo, o índice PMI oficial do país havia sinalizado uma estabilização da indústria no maior nível desde 2012, apesar da desaceleração a 51,4 em dezembro, sendo que o setor de serviços seguiu robusto. Hoje, o indicador calculado pelo Caixin subiu a 51,9 no mês passado, seguindo em terreno que indica expansão da atividade pelo sexto mês seguido e alcançando o patamar mais alto desde janeiro de 2013.

Em reação, a Bolsa de Xangai subiu 1% e impulsionou as demais praças da região Ásia-Pacífico, com exceção de Tóquio, que permaneceu fechada hoje. A Bolsa da Austrália atingiu o maior nível em um ano e meio, sendo que o dólar australiano lidera os ganhos em relação ao dólar.

A moeda norte-americana perde terreno para os rivais emergentes e de países avançados, como o euro e o iene, o que impulsiona as commodities. O ouro avança pela quinta vez em seis sessões, ao passo que o petróleo é negociado na faixa de US$ 54 por barril, após o corte na produção feito pelo Kuwait. Os metais básicos também exibem ganhos.

Hoje, são esperados números sobre a taxa de desemprego e a inflação ao consumidor na Alemanha, além de dados sobre a indústria britânica. Também serão conhecidos indicadores norte-americanos sobre os setores industrial, de serviços e da construção.

Amanhã, as atenções se voltam para a ata da reunião de dezembro do Federal Reserve, quando se optou por elevar o custo do empréstimo nos EUA em mais 0,25 ponto porcentual, um ano após promover o fim da era de juro zero no país. O documento deve detalhar os motivos que pautaram essa decisão e sinalizar novos movimentos à frente.

Os contratos futuros das taxas de juros norte-americanos indicam que os investidores esperam dois aumentos nos custos do empréstimo nos EUA neste ano. Mas os dados econômicos a serem conhecidos nesta semana tendem a mostrar que a maior economia do mundo está forte o suficiente para suportar esse aperto monetário.

Além do documento do Fed, os dados sobre o mercado de trabalho norte-americano, na quinta e na sexta-feira, também ajudarão a avaliar quando e quais serão os próximos passos em relação aos juros nos EUA. Outro tema a ser observado é a evolução dos preços na zona do euro (amanhã), que pode dar fim aos estímulos sem precedentes do Banco Central da região (BCE).

A agenda econômica do dia está esvaziada no Brasil. Ontem, a Pesquisa Focus do Banco Central trouxe a manutenção da previsão de crescimento econômico neste ano em 0,5%, dando fim a dez semanas seguidas de piora nessa estimativa. A inflação deve desacelerar a 4,87%, abaixo dos 6,38% estimados para 2016, porém mais que os 4,85% previstos uma semana antes.

Se hoje o calendário não reserva novidades, os próximos dias estão repletos de informações domésticas relevantes. Os destaques ficam com a produção industrial em novembro (quinta-feira) e o fechamento anual do IGP-DI (sexta-feira), além dos dados sobre a indústria automotiva (amanhã e depois).

Ou seja, haverá pistas sobre possíveis trajetórias da taxa de câmbio, da inflação e a atividade econômica em 2017, com potencial para influenciar nos preços dos ativos. Afinal, tais elementos são cruciais para aferir o nível adequado da taxa de juros e serão conhecidos na semana que antecede a primeira reunião do BC para decidir sobre a Selic.

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