ADVFN Logo

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for discussion Cadastre-se para interagir em nossos fóruns de ativos e discutir com investidores ideias semelhantes.

Aumento da pressão por corte de 0,75 p.p. beneficia Banco Central

LinkedIn

Sentindo que o mercado está fazendo vista grossa ao excesso de palpites sobre o importante futuro da taxa básica de juros, figuras de peso do governo e do próprio mercado parecem estar se sentindo cada vez mais a vontade para dizer (leia-se fazer pressão) o que o Banco Central deveria fazer com a taxa Selic.

A véspera da reunião de dois dias do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), as sinalizações favoráveis ao corte de 0,75 p.p. na taxa básica de juros aumentaram consideravelmente no ambiente doméstico.

A justificativa, em muitos casos, é a de que o recuo da taxa básica de juros ajudará na recuperação econômica. Essa hipótese tem pouca margem de sucesso num quadro dominado pelo ambiente de negócios ruim e desarrumação macroeconômica. Mesmo que no fundo alguns não acreditem nessa justificativa, a bandeira da agressividade no afrouxamento monetário é defendida com rigor, já que a aceleração dos cortes tende a beneficiar posições compradas em títulos pré-fixados, onde aparentemente muitos players nacionais formaram posições com atraso na curva de juros futuros.

Com o clima favorável para corte de 0,75 p.p., o Copom pode se dar ao luxo de atender os pedidos do mercado e derrubar a taxa Selic para 13% ao ano na próxima quarta-feira, ou optar por cortar “apenas” 0,50 p.p., levando a taxa Selic para 13,25% ao ano que, apesar de desagradar alguns, passará a imagem de postura hawkish e mostrará que a autoridade monetária não cede às pressões externas.

Os efeitos a serem criados pelo corte de 0,50 p.p. são tentadores demais para serem descartados pelo Banco Central. Uma fantasia/miragem tende a ganhar força no mercado, pois muitos dirão que o foco da decisão está no combate à inflação, com o Copom mostrando mais “rigor” do que se esperava. Essa avaliação tende a manter o clima positivo no ambiente doméstico, abrindo condições para novos recuos nas taxas de juros futuros.

Deixando de lado o mantra defendido por muitos participantes do mercado, o que se observa é um balanço de riscos para a inflação ainda elevado, o que, em tese, deveria impedir uma intensificação de curto prazo na política de afrouxamento monetário.

O quadro dominante no ambiente externo é de retorno da inflação. Nos Estados Unidos, o FED (Federal Reserve – autoridade monetária local) está preparando o mercado para aumentar o ritmo de elevações da Fed Funds (taxa básica de juros). Na zona do euro, o BCE (Banco Central Europeu), tende acelerar o desembarque gradual dos programas de compras de ativos, já que a inflação do mês passado atingiu o nível mais alto desde setembro de 2013. Até mesmo o BoJ (Bank of Japan), que luta para acabar a deflação no Japão, tende a subir suas projeções de inflação para o ano fiscal de 2017 e 2018.

O Brasil não deve ficar de fora do cenário de retomada da inflação a nível global nos próximos anos, mas esse risco (assim como os indicadores de preços domésticos ainda considerados elevados frente ao atual quadro recessivo) está sendo descartado, pois estamos focados apenas em criar números positivos (e artificiais) no curto prazo.

Com o mercado à espera da decisão do Copom, que sai na próxima quarta-feira, os negócios na Bovespa estão um pouco de lado. Mercado levemente abaixo da principal resistência de curto prazo localizada na faixa dos 62,9k, em tendência de alta.

Ibovespa

Nos Estados Unidos o índice S&P500 segue colado na máxima histórica, sem apresentar novidades.

S&P500

As principais praças europeias também seguem coladas em máximas anuais ou históricas. Destaque para a nova puxada do índice FTSE da bolsa de Londres. O rali jogou a bolsa para a máxima histórica, mostrando otimismo do mercado local com o Brexit.

FTSE

O México voltou a enfrentar nova onda de sell-off com a aproximação da cerimônia de posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A praça mexicana está muito perto de perder o principal piso de curto prazo, o que poderá jogar o mercado para a mínima do ano passado.

MXY

Deixe um comentário