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Fed x Trump

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Pode ter vida curta o otimismo nos mercados financeiros que o cenário internacional vinha garantindo neste início de 2017. A “considerável incerteza” apontada pelo Federal Reserve por causa das dúvidas em relação ao governo Trump pode levar o Banco Central dos Estados Unidos a aumentar o ritmo de alta da taxa de juros norte-americana neste ano, se houver uma política fiscal expansionista por parte de Donald Trump.

 A ata da reunião, que detalhou os motivos que levaram ao aperto dos juros em dezembro, revela o tom mais duro (“hawkish”) do Fed em pelo menos dois anos, diante de uma discussão robusta entre os integrantes do colegiado sobre o potencial impacto econômico das medidas de estímulo fiscal prometidas pelo presidente eleito. É fato que o aumento dos gastos públicos com infraestrutura e o corte de impostos tende a acelerar o crescimento.

 Mas essas medidas também podem gerar pressões inflacionárias, levando o Fed a aumentar o custo do empréstimo nos EUA em um ritmo mais intenso neste ano do que o imaginado. Na última reunião de 2016, o Fed decidiu, por unanimidade, elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual (pp) para o intervalo entre 0,50% e 0,75% e estimou três novas elevações em 2017, o que levaria a chamada FFR para o intervalo entre 1,25% a 1,50%.

 E essa perspectiva de aperto monetário mais acelerado na maior economia do mundo torna os ativos de risco, como os emergentes, menos atraentes, por causa da relação “exposição versus retorno”. Porém, nesta manhã, os investidores ainda digerem o documento do Fed divulgado no fim da sessão de ontem, tentando decifrar a equação de expansão econômica versus alta dos preços. Afinal, ainda é muito cedo para saber o que Trump fará.

 Nessa conta, o dólar é o grande perdedor, mas isso não impulsiona o petróleo. A moeda norte-americana registra a maior queda em um mês ante os rivais, com o Dollar Index exibindo perdas acima de 0,5%. Os ganhos do euro em relação ao dólar têm forte influência na composição desse índice, com a moeda única europeia tendo vigor renovado após a inflação na região acelerar em dezembro ao ritmo mais intenso desde 2013.

 As moedas de países emergentes, que oferecem retorno maior, também são beneficiadas. Ontem, o real brasileiro fechou na maior cotação desde novembro de 2016, seduzindo os investidores também por causa das altas taxas de juros no país. Já nas bolsas, o sinal negativo prevalece, com a incerteza dando lugar ao otimismo e abrindo espaço para uma realização de lucros nos mercados acionários que mais se valorizaram, como a Bovespa.

 Na agenda doméstica, o destaque fica com a produção industrial brasileira em novembro. A atividade deve manter o comportamento errático observado nos últimos meses e crescer 1% ante outubro, após recuar 1,1% no período anterior. No confronto com o mesmo mês de 2015, a indústria tem chances de interromper mais de 30 meses seguidos de contração, ficando na estabilidade ou exibindo ligeira alta.

 Os números oficiais serão divulgados às 9h. Depois, às 11h20, merecem atenção os dados da associação da indústria automotiva (Anfavea) sobre a produção, venda e exportação de veículos em dezembro e no acumulado de 2016. No exterior, serão conhecidos novos dados de atividade.

 Pela manhã, saem indicadores sobre o comércio varejista na zona do euro e sobre a indústria e o setor de serviços nos Estados Unidos, todos referentes ao mês de dezembro. Mas o grande destaque lá fora é o relatório da ADP sobre a geração de postos de trabalho no setor privado norte-americano no mês passado (11h15). O documento é tido como uma prévia dos dados oficiais de emprego nos EUA (payroll), amanhã.

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