Ibovespa tem ligeira queda; Petrobras anuncia venda no Chile; dólar cai e juros sobem

O Índice Bovespa (BOV:IBOV) terminou o dia em baixa, realizando um pouco dos lucros do dia anterior, quando subiu mais de 3%. O índice fechou em baixa de 0,36%, aos 61.589 pontos, apesar da melhora das bolsas no exterior. A ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) animou os investidores em ações por mostrar que a última reunião, apesar de ter indicado mais uma alta dos juros para este ano, de 0,25 ponto, além das duas já previstas, trouxe uma discussão sobre subida gradual dos juros devido à incerteza com relação à política fiscal do futuro presidente Donald Trump.

O volume da bolsa brasileira ficou novamente abaixo da média do ano passado, com R$ 6,147 bilhão, para R$ 7,4 bilhões em 2016.

Petrobras vende operação no Chile

Entre as principais ações do índice, Petrobras PN (BOV:PETR4) (papel preferencial, sem voto) fechou estável, enquanto o papel ordinário (BOV:PETR3) (ON, com voto) caiu 1,19%. A empresa anunciou após o fechamento a venda de sua operação no Chile. A Petrobras Chile foi vendida para o fundo de participações Southem Cross Group por US$ 490 milhões, dos quais US$ 90 milhões em dividendos pagos em 9 de dezembro e mais R$ 380 milhões pagos hoje pelo fundo. Com isso, o total de desinvestimentos da Petrobras de 2015 a 2016 atingiu US$ 13,6 bilhões.

Vale PNA (BOV:VALE5) perdeu 1,91% e ajudou a derrubar a bolsa, junto com Vale ON (BOV:VALE3), que perdeu 1,8%. Entre os bancos, enquanto Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4) subia 0,43% e ajudava a segurar o índice, Bradesco PN (BOV:BBDC4) caiu 0,63% e Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3) perdeu 0,52%.

BTG chama atenção com operações diretas

Ainda falando em bancos, chamou a atenção uma operação direta do banco BTG Pactual (BOV:BBTG11) pela manhã, no valor de R$ 107 milhões, correspondente a 7,6 milhões de units (recibos de ações) compradas e vendidas pela própria corretora, ou 2,8% do capital da instituição. Consultado, o banco não quis comentar as operações. No total, o BTG negociou hoje R$ 152 milhões, ante uma média de R$ 22 milhões por dia, segundo a Economática.

Usiminas lidera altas

As maiores altas do dia foram de Usiminas PNA (BOV:USIM5), 6,06%, Cyrela Realty ON (BOV:CYRE3), 3,68%, BB Seguridade ON (BOV:BBAS3), 3,16%, Sabesp ON (BOV:SBSP3), 2,89% e Marfrig ON (BOV:MRFG3), 2,17%. As maiores quedas foram de Klabin Unit (BOV:KLBN11), 3,71%, Cemig PN (BOV:CMIG4), 2,79%, Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 2,57%, Fibria ON (BOV:FIBR3), 2,40% e WEG ON (BOV:WEGE3), 2,40%.

Alta na Ásia, estabilidade na Europa

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, ajustando-se à animação de ontem na Europa e EUA após dados positivos de atividade industrial na China. O Nikkei, de Tóquio, subiu 2,51% enquanto o Índice da Bolsa de Xangai ganhou 0,73%. Na China, autoridades afirmaram ter planos de emergência para o caso de forte saída de investimentos que leve a um enfraquecimento da moeda, o yuan.

Na Europa, as bolsas fecharam em ligeira alta, com o índice Euro Stoxx 50 subindo 0,08%. O Financial Times, de Londres, ganhou 0,17%, enquanto o DAX, de Frankfurt, e o CAC, de Paris, fecharam estáveis. A inflação na zona do euro acelerou em dezembro, para 1,1% anualizados, o maior percentual desde 2013 e acima da projeção de 1% dos analistas. A alta foi puxada pelo petróleo, mas já pode abrir espaço para a discussão de corte de subsídios. E o índice dos gerentes de compras (PMI) de serviços e composto subiram acima do esperado.

Nos EUA, Dow Jones perto dos 20 mil pontos

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones fechou o dia em alta de 0,30%, aos 19.942 pontos, e segue a caminho do recorde de 20 mil pontos. O Standard & Poor’s 500 subiu 0,57% e o Nasdaq, 0,88%.

No Brasil, dólar no menor nível em 2 meses e juros sobem

No mercado brasileiro o dólar voltou a cair, 1,34%, e fechou vendido no mercado comercial a R$ 3,219. O dólar turismo também caiu, 0,29%, para R$ 3,38 para venda. A cotação é a menor em quase dois meses e indica uma calmaria com relação ao cenário externo.

Já nos juros, o sentimento foi o contrário, com as projeções dos contratos para janeiro de 2018 subindo para 11,495%, ante 11,460% ontem. Para 2019, a taxa subiu para 11,01%, ante 10,97% ontem e, para 2021, a taxa passou para 11,34%, ante 11,24% ontem. Os juros repercutem a aceleração da inflação registrada pelo IPC da Fipe de dezembro, de 0,74%, e também um ajuste depois das fortes quedas das últimas semanas.

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