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Trump ataca montadoras no Twitter e mexe com mercados

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Na primeira semana do ano, os mercados financeiros mundiais reagiram a notícias sobre indicadores econômicos, à ata da última reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos e a notícias corporativas, como de costume, mas também tiveram de lidar com os efeitos dos tweets disparados pelo presidente eleito norte-americano, Donald Trump.
Na terça-feira, Trump ameaçou a General Motors (GM) via Twitter com tarifas de importação altas caso a companhia continue a, segundo ele, produzir modelos Chevrolet Cruze no México para distribuição nos Estados Unidos. O preço da ação da companhia caiu logo em seguida, embora tenha se recuperado nos pregões seguintes.
No mesmo dia em que Trump disparou contra a GM, a Ford divulgou que desistiu de construir uma fábrica em território mexicano e que investiria US$ 700 milhões em uma unidade de produção em Michigan, nos Estados Unidos. O presidente da empresa negou que a decisão tenha sido provocada por pressão de Trump. A ação da companhia fechou em alta de 3,8% naquele pregão.
Na quinta-feira, Trump voltou ao Twitter para criticar a montadora japonesa Toyota pela construção de uma fábrica no México que produziria veículos modelo Corolla para venda nos Estados Unidos e também ameaçou a montadora com tarifas de importação elevadas se ela não mudasse de ideia e transferisse a produção para os Estados Unidos.
Como resultado, o preço das ações da Toyota caíram 1,69% na bolsa de Tóquio na sexta-feira, assim como o de outras fabricantes, como Honda (-1,91%), Nissan (-2,21%) e Mitsubishi (-2,64%).
As críticas de Trump à ausência de tarifas de importação comprados do México não são novas. Durante a campanha eleitoral, ele repetiu diversas vezes que considera injusto o arranjo de livre-comércio que os Estados Unidos possuem com o país, afirmando que os mexicanos estão drenando dinheiro e empregos norte-americanos. A novidade, nestes casos recentes, é o direcionamento das críticas a empresas que aproveitam os benefícios deste arranjo.
Os ataques de Trump, porém, precisam ser analisados em contexto. A executiva-chefe da GM, Mary Barra, foi indicada em dezembro por ele para fazer parte de um painel que ajudará o próximo governo a desenvolver políticas de criação de emprego e para impulsionar a economia, o que deixa dúvida em torno da real indignação do presidente eleito sobre a estratégia de produção da montadora.
Além disso, o serviço de pesquisas do Congresso dos Estados Unidos publicou em novembro, dias antes das eleições no país, um relatório apontando que boa parte do livre-comércio com o México é derivado da segmentação da produção de empresas norte-americanas e que isso aumenta a competitividade dessas companhias – ou seja, desfazer este acordo pode significar também acabar com esta vantagem.
“As indústrias dos Estados Unidos, incluindo a automotiva, de eletrônicos, utensílios domésticos e máquinas, todas dependem da assistência das manufaturas mexicanas”, diz o documento, apontando que, segundo um outro estudo, 40% do conteúdo dos bens importados do México na verdade foi produzido nos Estados Unidos.

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