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BCs dos EUA e da eurozona podem levar tempo para reagir à inflação

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Nos últimos meses, dados vindos da eurozona e dos Estados Unidos mostram que a inflação está ganhando força nas duas regiões, alimentando apostas de que os bancos centrais locais em breve precisarão adotar medidas para conter o avanço dos preços e evitar que uma inflação muito acima da meta no futuro exija um aperto monetário brusco e potencialmente nocivo à economia. Essas medidas, porém, podem demorar um pouco mais do que o mercado prevê.

Nos Estados Unidos, dados divulgados na semana passada mostraram que o índice de preços ao consumidor do país em janeiro subiu 0,6% em ante dezembro – maior alta desde fevereiro de 2013 – e aumentou 2,5% em 12 meses – avanço mais significativo desde março de 2012. Os números sugerem fortalecimento da inflação para níveis superiores à meta de 2% ao ano buscada pelo Federal Reserve, o banco central do país.

É importante lembrar, porém, que a medida preferida de inflação do Fed é o índice de preços ao consumidor medido via gastos com consumo, o chamado índice de preços PCE, cuja leitura mais recente, referente a dezembro, ainda aponta inflação de 1,6% em 12 meses – maior nível desde julho de 2014, mas ainda abaixo daquele considerado satisfatório pelo banco central.

Diante disso, é preciso interpretar com cautela os comentários da presidente do Fed, Janet Yellen, em audiências recentes no Congresso dos Estados Unidos, indicando que o banco central está firme em seu propósito de elevar as taxas de juros nos próximos meses se os indicadores continuarem apontando uma situação de pleno emprego e aceleração da inflação no país.

É verdade que os preços seguem acelerando o ritmo de alta, mas ainda há um caminho a ser percorrido antes que os membros do banco central tenham confiança de que essa trajetória não será revertida. A próxima leitura do índice de preços PCE, referente a janeiro, será divulgada em 1 de março, duas semanas antes do anúncio da próxima decisão de política monetária do Federal Reserve, o que dará ao mercado uma chance de avaliar novamente as chances de alta de juros no curto prazo.

Na eurozona, a alta do índice de preços ao consumidor nos 12 meses até janeiro atingiu 1,8%, uma aceleração brusca em relação ao aumento de 1,1% observado em dezembro e triplicando o avanço de 0,6% registrado em novembro. O avanço, porém, foi amplamente motivado pelos preços do petróleo, que estavam cerca de duas vezes mais altos que um ano antes.

Desconsiderando esse fator, a alta do índice de preços ao consumidor teria sido de 1,1%, apenas levemente maior que a de 1,0% observada em dezembro e a de 0,8% registrada em novembro – sugerindo uma inflação relativamente mais distante da meta buscada pelo Banco Central Europeu (BCE), de pouco menos de 2% ao ano.

O próprio BCE reconheceu isso na quinta-feira, ao afirmar na ata da reunião de política monetária mais recente que “sinais de uma tendência positiva [nos preços] ainda estão faltando” e que o ritmo de alta converge em direção à meta da instituição. Isso significa que as medidas de estímulo monetário adotadas pelo banco central devem continuar em vigor pelo menos até que outros itens além dos preços da energia comecem a dar mais fôlego à inflação.

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