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O consenso do mercado aponta para o corte de 75 pontos-base na Selic hoje pelo Banco Central na reunião do Copom, às 18h20, o que levaria a taxa a 12,25% ao ano. Após surpreender os economistas na última reunião, ao intensificar o ritmo da flexibilização monetária, agora o BC pode ao menos indicar a possibilidade de um ajuste maior a partir do próximo encontro.
“Em nossa visão, uma possibilidade bastante concreta é o Copom reduzir a taxa Selic em 75 pontos-base na reunião desta semana e discutir abertamente a intensificação adicional do ritmo de flexibilização para 100 pontos-base, sinalizando a intenção de acelerar o ritmo na reunião seguinte (comunicado e notas com tom dovish)”, avalia o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira.
Segundo ele, do ponto de vista técnico, há algumas condições que dão suporte para esta opinião:
1 – convergência da inflação para o centro/abaixo da meta de inflação;
2- grande capacidade ociosa da economia (hiato do produto mais negativo que o imaginado há poucos meses);
3 – redução do prêmio de risco pais associado à diminuição da taxa de juros real neutra da economia brasileira graças ao resgate da boa gestão macroeconômica pelo atual governo.
Com isso, o Fibra reduziu a estimativa de Selic ao final do ano de 9% para 8,5%. “A revisão deve-se ao reconhecimento da menor taxa de juros neutra sinalizada pelos modelos não-lineares, que julgamos, captam corretamente o impacto das mudanças contidas nas hipóteses que utilizamos em nosso cenário prospectivo”, diz Oliveira.
