De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação do país entre 15 de janeiro e 14 de fevereiro de 2017 foi de 0,54%. Analisando todos os itens que participam da composição do indicador, o grupo Educação (5,17%) registrou a variação mais elevada, enquanto Vestuário (-0,31%) e Alimentação e Bebidas (-0,07%) encerraram o período em queda.
A alta de 5,17% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,94%. Esta alta gerou o maior impacto individual sobre o índice do mês (0,21 ponto percentual). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre 4,94% (São Paulo) e 10,13% (Salvador). A exceção foi Fortaleza, onde não foi apropriado nenhum aumento, devido à diferença no período de reajuste.
Além do grupo Educação (5,17%), o IPCA-15 foi pressionado pelas tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram 3,24% e 3,84%, respectivamente. A alta de 3,24% nos ônibus urbanos foi consequência das variações apropriadas nas seguintes regiões: Fortaleza (17,05%), que refletiu os reajustes de 16,36% nas tarifas cobradas de segunda a sábado e de 17,80% nos dias de domingo, em vigor desde 14 de janeiro; Recife (13,46%), onde ocorreu reajuste de 14,28% no dia 15 de janeiro; Belém (11,85%), que refletiu o reajuste de 14,81% vigente a partir do dia 19 de janeiro; Brasília (7,09%), refletindo o reajuste de 25% nas tarifas, que voltou a vigorar a partir de 28 de janeiro; Belo Horizonte (6,02%), refletindo o reajuste de 9,40%, em vigência a partir de 03 de janeiro; Salvador (5,36%), onde o reajuste foi de 9,09% a partir de 02 de janeiro; Curitiba (5,10%) a partir de 6 de fevereiro, onde ocorreu reajuste de 14,86% de segunda a sábado e de 70,00% nos domingos, pois foi extinto o desconto dominical.
Nos ônibus intermunicipais (3,84%), as variações mais elevadas ficaram com o Rio de Janeiro (12,30%), devido ao reajuste médio de 12,00% em vigor desde 14 de janeiro; Curitiba (6,77%), onde ocorreu reajuste médio de 13,00% a partir de 6 de fevereiro; Belo Horizonte (4,57%), refletindo o reajuste médio de 9,46% desde o dia primeiro de janeiro; Salvador (2,47%), devido ao reajuste médio de 8,42%, que vigora desde 26 de dezembro.
Com o aumento das tarifas dos ônibus, o grupo Transportes ficou com variação de 0,66%, apesar da queda de 12,45% nas passagens aéreas.
Os alimentos (-0,07%), por outro lado, contribuíram para conter o índice do mês, após terem aumentado 0,28% em janeiro. Ainda que os preços do óleo de soja (4,42%), das hortaliças (4,00%) e de outros produtos tenham se mostrado mais caros de um mês para o outro, vários deles ficaram mais baratos. Alguns se destacaram pelas quedas expressivas, como o feijão-carioca (-14,68%), a batata-inglesa (-7,63%) e o tomate (-6,62%).
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Variação mensal dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA-15
Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA-15 de fevereiro de 2017.
Mês (%) | Ano (%) | 12 Meses (%) | |
Índice Geral | 0,54 | 0,85 | 5,02 |
Alimentação e Bebidas | -0,07 | 0,21 | 5,56 |
Artigos de Residência | 0,34 | 0,11 | 2,52 |
Comunicação | 0,84 | 1,33 | 1,64 |
Despesas Pessoais | 0,37 | 1,13 | 7,07 |
Educação | 5,17 | 5,36 | 8,10 |
Habitação | 0,18 | -0,04 | 2,35 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,83 | 1,32 | 10,73 |
Transportes | 0,66 | 1,37 | 3,13 |
Vestuário | -0,31 | -0,49 | 2,78 |