Itaú e Vale garantem alta do Ibovespa;  dólar cai para R$ 3,12

O Índice Bovespa (BOV:IBOV) teve mais um dia de oscilações fortes, chegando a subir mais de 1%, mas depois perdeu força e caiu, recuperando-se no fechamento. O principal indicador do mercado brasileiro de ações subiu 0,32%, para 64.198 pontos, puxado para cima pelas ações do Itaú Unibanco, que divulgou seu resultado do quarto trimestre hoje, e por Vale, beneficiada pela alta do minério de ferro. O volume negociado no dia, porém, foi relativamente baixo, R$ 6 bilhões, ante a média de R$ 7,4 bilhões do ano passado.

As ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú (BOV:ITUB4) sozinhas responderam por 12% do volume negociado na Bovespa hoje. O banco divulgou um lucro recorrente de R$ 5,871 bilhões no quarto trimestre, 1,8% acima do ganho do mesmo período do ano anterior e 4% acima do 3º trimestre. O retorno sobre o patrimônio líquido caiu de 22,1% no quarto trimestre de 2015 para 20,7% no ano passado, mas se manteve elevado. O banco ainda anunciou uma bonificação para os acionistas e também que vai aumentar a parcela distribuída dos lucros. O papel fechou em alta de 1,95% e, como seu peso no Ibovespa é de 12%, foi responsável por boa parte da alta.

Já a Vale subiu com a alta de 3,34% do minério de ferro no porto chinês de Qingdao, para US$ 83,29 a tonelada. O papel PNA (BOV:VALE5) da mineradora fechou com ganho de 1,22%  e o ordinário (BOV:VALE3) (ON, com voto), de 1,07%.

Já Petrobras caiu, 1,74% o papel PN (BOV:PETR4) e 1,25% o ON (BOV:PETR3), acompanhando a baixa do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo Brent, negociado em Londres, recuou 1,92%, para US$ 54,65, depois que o Instituto Americano do Petróleo anunciou um aumento nos estoques de gasolina e a expectativa de que a Administração de Informações de Energia divulgue esta semana também um aumento dos estoques do combustível para níveis recordes.

As maiores quedas do dia foram lideradas por Estácio Participações ON (BOV:ESTC3), com 3,39%, Qualicorp ON (BOV:QUAL3), 2,15%, Ecorodovias ON (BOV:ECOR3), 1,74%, Petrobras PN (BOV:PETR4), 1,74% e Kroton ON (BOV:KROT3), 1,53%. A queda de Kroton, que foi o quarto papel mais negociado na Bovespa, e da Estácio está relacionada às dificuldades em aprovar a fusão das empresas no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e com a mudança no teto de financiamento do Fies, de R$ 7 mil para R$ 5 mil ontem.

Já as maiores altas foram de Braskem PNA (BOV:BRKM5), com 4,73%, seguidas de Bradespar PN (BOV:BRAP4), 2,84%, Localiza ON (BOV:RENT3), 2,72%, Natura ON (BOV:NATU3), 2,42% e Cielo ON (BOV:CIEL3), 2,23%.

No exterior, as bolsas na Europa fecharam sem uma tendência única, com o índice Euro Stoxx  caindo 0,08%. O CAC, de Paris, recuou 0,49%, acompanhando a disputa política entre os candidatos de direita e esquerda. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,34%, e o Financial Times 0,20%.

Nos EUA, o Dow Jones subiu 0,19%, enquanto o Standard & Poor’s 500 ganhou 0,02% e o Nasdaq, 0,19%.

No Brasil, o dólar comercial voltou a recuar, 0,15%, e fechou vendido a R$ 3,121. O dólar turismo subiu 0,30%, para R$ 3,27.

No mercado de juros, as taxas projetadas pelos contratos futuros de DI caíram ainda mais com os sinais de inflação mais baixa do IGP-DI de janeiro. O contrato para janeiro de 2018 caiu para 10,77%, ante 10,82% ontem. Para 2019, a taxa recuou para 10,15%, ante 10,24% ontem e, para 2021, para 10,34%, ante 10,44% ontem.

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