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Pedido de recuperação judicial provoca queda de ações da PDG

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A PDG Realty chegou a ser aclamada como uma das maiores construtoras do país, mas devido a problemas financeiros, a empresa divulgou pedido de recuperação judicial esta semana.

O fato não pegou o mercado de surpresa. O setor de construção sofreu forte impacto com a recessão econômica no país e, consequentemente, a companhia foi afetada. Se em 2010 a PDG valia aproximadamente R$ 12,5 bilhões. Agora, a companhia possui valor de mercado diametralmente menor, de cerca de R$ 158 milhões segundo informações da Economatica.

Desde 2012, a empresa já apresentava sinais de que suas finanças estavam prejudicadas. A desaceleração do mercado imobiliário provocou queda nas vendas e colaborou para que a PDG acumulasse dívidas.

No fim de 2016 e início de 2017, a empresa demonstrou intenção de encontrar soluções em relação a seus débitos e evitar uma possível recuperação judicial. Mesmo assim, o mercado manteve a expectativa de que o pedido iria acontecer muito em breve.

A forte probabilidade cooperou para surgisse uma forte movimentação dos ativos. A título de ilustração, no dia 16 de janeiro de 2017 a ação PDGR3 apresentou alta de 26,7% e no dia seguinte, o ativo subiu 34,10%.

Em janeiro, o papel acumulou valorização de aproximadamente 250%, com volume de negócio movimentando mais da metade do valor de mercado da companhia. Com estes dados, as ações da PDG Realty e também da Rossi Residencial e da Viver apresentaram algumas das maiores valorizações na Bolsa de Valores naquele período. Essa alta pode ser explicada em parte pela expectativa de recuperação do setor imobiliário no momento, impulsionada especialmente pela possibilidade de queda da taxa Selic.

Mesmo com o cenário positivo no início deste ano, a PDG ajuizou a recuperação judicial junto ao Tribunal da Justiça de São Paulo. Com dívidas totalizando R$ 7,8 bilhões e com aproximadamente 23 mil credores, a empresa tomou a decisão levando em consideração, entre outros fatores, a queda significativa nas vendas e o aumento de distratos.

Com a confirmação do processo de recuperação judicial, o mercado precificou o pedido de maneira positiva. Em seguida ao comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), as ações da PDG, que não figuram no Ibovespa, subiram mais de 3%.

O pedido de recuperação favorece a manutenção das atividades da empresa e também a preservação de seu caixa. Assim sendo, a maior facilidade de gerenciamento de crise que a empresa pode apresentar a partir de agora foi um dos motivos para essa valorização.

Todavia, a Bovespa chegou a suspender os negócios no ativo por causa da alta brusca. O propósito da medida foi evitar movimentos especulativos mais expressivos sobre os papéis da PDG.

A suspensão dos negócios também teve por objetivo garantir tempo maior para que os investidores fiquem a par do assunto e possam decidir sobre seus investimentos de forma mais consistente a partir de esclarecimentos sobre o fato.

Apesar da alta inicial, a ação PDGR3 fechou o dia 22 de fevereiro, a data de comunicação do fato relevante, com recuo de 10,84% e cotado a R$ 2,88. No dia 23 de fevereiro, a queda foi ainda mais forte. Encerrados a R$ 2,00, os papéis apresentaram recuo de 30,56%.

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