Vale sobe 9% e leva Ibovespa para perto dos 67 mil pontos; bolsas nos EUA batem recordes

O Índice Bovespa (BOV:IBOV) fechou hoje em alta de 1,28%, aos 66.967, em um mercado onde praticamente só deu Vale. Os papéis da mineradora foram destaque no volume negociado, respondendo por 19% dos R$ 8,443 bilhões negociados na Bovespa. Foram também destaque de alta, com ganhos de quase 10%, compensado as perdas das ações dos bancos. Durante o dia, o índice chegou aos 67.093 pontos, perdeu força, mas fechou bem perto dos 67 mil.

E isso com um bom volume negociado, acima da média do ano, de R$ 7 bilhões, e de 2016, de R$ 7,4 bilhões. Um volume que indica a presença de estrangeiros na compra, revertendo a saída do mês, que até dia 9 estava em R$ 125 milhões. No ano, os estrangeiros trouxeram para o país R$ 6,244 bilhões.

Com a alta de hoje, o Índice Bovespa acumula ganho de 3,55% em fevereiro e 11,19% no ano. Em 12 meses, a alta é de 68,22%.

Minério de ferro sobe 6,5%

Os papéis da Vale subiram sob o impacto da alta do minério de ferro na China, de 6,48% hoje, para US$ 92,23 no porto de Qingdao. A valorização do minério reflete a expectativa de que os Estados Unidos vão cumprir o plano de aumentar os investimentos em infraestrutura e a conversa mais amistosa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na semana passada. Na China, o Índice da Bolsa de Xangai fechou em alta 0,58%, atingindo o maior nível em dois meses.

Vale sobe 9,18%

O papel preferencial (PN, sem voto) série A da Vale (BOV:VALE5) subiu 6,79%, liderando os negócios da Bovespa. Já o ordinário (BOV:VALE3) (ON, com voto) ganhou 9,18% e foi o terceiro mais negociado, deixando para trás os bancos e liderando as altas do Índice Bovespa no dia. Depois de Vale ON, a segunda maior alta do índice foi de Bradespar PN (BOV:BRAP4), com 7,66%, holding não financeira do Bradesco que tem como principal ativo ações da Vale.

Em quarto lugar entre as maiores altas ficou a Rumo Logística ON (BOV:RUMO3), com 4,32%, e CCR ON (BOV:CCRO3), 3,88%.

MRV lidera perdas

Já as maiores quedas foram de MRV ON (BOV:MRVE3), 2%, Cyrela Realty ON (BOV:CYRE3), 1,98%, BR Malls Participações ON (BOV:BRML3), 1,44%, Raia Drogasil ON (BOV:RADL3), 1,19% e BR Foods ON (BOV:BRFS3), 1%.

Bancos em baixa

Já os bancos terminaram o dia em baixa ou com pequenas altas, compensando um pouco a alta de Vale. Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4), recuou 0,47% e Bradesco PN (BOV:BBDC4) subiu 0,28%. A fraqueza dos bancos refletia a realização de lucros dos investidores, depois das fortes altas da semana passada. Além disso, no dia 15, haverá vencimento do mercado de índice futuro, e os bancos, com forte participação no Ibovespa, são usados pelos especuladores para influenciar o referencial, “segurando” uma alta mais expressiva.

Petrobras fechou com alta, de 0,26% no papel PN (BOV:PETR4) e de 1,28% no ON (BOV:PETR3), apesar da queda do petróleo no exterior, impulsionada pela melhora na nota de crédito pela Standard & Poor’s semana passada. O barril do tipo Brent, em Londres, recuou 2,03%, para US$ 55,55.

Ganhos na Europa

Na Europa, as bolsas também fecharam em alta, animadas com as mineradoras e ignorando os problemas políticos da região. O Índice Euro Stoxx 50 ganhou 1,05%. O Financial Times, de Londres, subiu 0,28%, o DAX, de Frankfurt, 0,92% e o CAC, de Paris, 0,92%.

Recordes nos EUA

Já nos EUA, o Dow Jones segue avançando, 0,70%, para 20,412 pontos, novo recorde. Também recorde foi o fechamento do Standard & Poor’s 500, que teve alta de 0,52%, assim como o Nasdaq, também com alta de 0,52%. Até o índice de pequenas empresas, o Russell 2000, bateu recorde de pontos hoje. O mercado avança aguardando o plano “fenomenal” de incentivos fiscais prometido pelo presidente americano Donald Trump. Apple, com alta de 1,2%, foi uma das ações que puxou o mercado americano, também superando seu recorde de preço de US$ 133 de fevereiro do ano passado ao fechar hoje em US$ 134,54.

Bancos também puxaram a alta, com Goldman Sachs e J.P. Morgan subindo 1,6%. As ações financeiras do S&P 500 subiram 1,2%.

Juros recuam e dólar fica estável

No mercado brasileiro, os juros futuros ensaiaram uma pequena alta, mas perderam força no fim do dia. O contrato para janeiro de 2018 fechou projetando 10,65% ao ano, ante 10,665% na sexta-feira. Já o para 2019 caiu para 10,07%, ante 10,10% na sexta. Para 2021, a projeção subiu para 10,23% ao ano, ante 10,26% na semana passada. Assim, o mercado reflete as projeções de que a inflação pode terminar o ano dentro da meta, segundo o relatório Focus de hoje.

No mercado de dólar, a moeda americana subiu ligeiramente, 0,06%, para R$ 3,112 no mercado comercial. Já no turismo, a moeda fechou vendida a R$ 3,26, estável.

O post Vale sobe 9% e leva Ibovespa para perto dos 67 mil pontos; bolsas nos EUA batem recordes apareceu primeiro em Arena do Pavini.