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É inevitável o anúncio de aumento de impostos hoje, no fim da tarde. A equipe econômica do governo Temer adotará medidas para cobrir o rombo de quase R$ 60 bilhões e a opção será por retirar o benefício fiscal na folha de pagamento de todos os setores, reonerando as empresas, além de dar isonomia na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), elevando o tributo nas operações em que hoje é isento.

Ao fazer assim, o governo consegue cortar menos na “própria carne”, reduzindo os gastos em cerca de R$ 30 bilhões. Do lado da arrecadação, a reoneração deve gerar receitas de R$ 8 bilhões, de um total de R$ 15 bilhões estimado pela equipe econômica em termos de impostos. O restante deve vir de receitas extraordinárias.

Fica nítida, então, a dificuldade em fechar essa conta. Mas estratégia do ministro Meirelles (Fazenda) é mostrar que não se trata de uma medida de alta de imposto e sim de uma retirada de incentivos fiscais que não se sustentam em um momento de necessidade de cumprir a meta fiscal, deficitária em R$ 139 bilhões.

E esse discurso pode agradar ao mercado doméstico. Afinal, ao retirar a desoneração da folha de pagamentos para todos os 54 setores beneficiados, o governo abre caminho para a terceirização da mão de obra, que deve ser assinada pelo presidente Michel Temer em abril.

Porém, o ministro do STF Celso de Mello pediu para que a Câmara explique o projeto de lei que libera um contratação irrestrita por terceiros de todas as atividades, aprovado na semana passada. Por se tratar de uma proposta apresentada em 1998, foi questionada a constitucionalidade da votação na Casa.

Além disso, o fim do incentivo tributário às empresas tende a ter um efeito inflacionário, por causa do aumento dos custos e eventuais repasses nos preços, ao mesmo tempo em que um contingenciamento tende a ser recessivo, deprimindo mais a atividade. Cada vez mais, ganha força a sensação de que está difícil sair desse círculo vicioso que o país entrou…

E o problema é essa combinação reduzir o espaço para a taxa Selic cair. Ainda assim, o cenário de queda de um ponto percentual (pp) no juro básico no mês que vem já está dado. A dúvida que fica é em relação aos próximos passos do Banco Central. Afinal, quantas novas quedas caberão se o corte de gastos e o aumento de impostos pesar na atividade e na inflação?

Assim, os investidores podem começar a olhar com desconfiança a questão do Orçamento, após os ruídos criados em relação à questão da reforma da Previdência. Depois do recuo de Temer em relação aos servidores estaduais e municipais, o assunto deve voltar à pauta, visando melhorar a comunicação. Aliás, o presidente sancionou o novo marco regulatório da radiodifusão, facilitando as concessões para rádios e TVs.

Já no exterior, os mercados internacionais voltaram a se animar com o presidente norte-americano, Donald Trump, após a reversão de parte das regulações ambientais decretadas pelo ex-presidente Barack Obama. Com a medida, os investidores resgatam o otimismo com o crescimento econômico dos Estados Unidos e abrem o apetite por ativos de risco.

As principais bolsas da Ásia fecharam em alta – exceto Xangai (-0,36%) – e o pregão na Europa também abriu no azul. O destaque fica com a Bolsa de Londres, neste dia em que o Reino Unido dá início à saída da União Europeia (UE). Logo cedo, a primeira-ministra britânica, Theresa May, entrega uma carta ao presidente do Conselho Europeu, oficializando o “Brexit”.

As negociações devem se estender por longos dois anos, mas o euro já sente a pressão. A moeda única europeia, da qual o Reino Unido não compartilha, é negociada em baixa, mas a libra esterlina também recua em relação ao dólar. A moeda norte-americana, por sua vez, recupera o terreno perdido nos últimos dias para os rivais, o que não impede uma recuperação das commodities.

O barril do petróleo estende os ganhos, à espera dos estoques semanais da commodity nos EUA (11h30), ao passo que o ouro cai pelo segundo dia, diante da menor busca por proteção em ativos seguros. Entre os metais básicos, destaque para os futuros do minério de ferro, que subiram mais de 5% na China, recuperando-se do tombo de dois dias.

Entre os indicadores econômicos, no exterior, também serão conhecidos novos indicadores sobre o mercado imobiliário nos EUA (11h). Mas o foco está nos discursos dos membros votantes do Federal Reserve Charles Evans (10h20), da distrital de Chicago, e Eric Rosengren, de Boston (12h30). J. Williamns (São Francisco), que não tem direito a voto, fala às 14h15.

No Brasil, destaque para a pesquisa sobre o desempenho do setor de serviços em janeiro (9h) e também para a nota do BC sobre as operações de crédito em fevereiro (10h30). Às 12h30, saem os números semanais do fluxo cambial.

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